Os problemas da economia europeia têm sido sistematicamente combatidos pelos governos com a redução significativa de salários e de direitos, sempre acompanhada por um aumento de impostos.
Até hoje ainda não houve nenhum país onde isto resultasse num aumento de produtividade, ou diminuição do desemprego. Como costuma dizer um amigo meu que é economista, isto é como o doente a quem vão solucionando o mal recorrendo a amputações, que depois o transformam num ser incapaz de se valer a si próprio e incapaz de produzir o que quer que seja.
Os governantes e as suas claques partidárias ficam muito irritados com a indignação e revolta que vai aumentando nos cidadãos, mas não conseguem convencer-nos de que existam no Orçamento de Estado para 2012, medidas que promovam o crescimento e o emprego, condições indispensáveis à melhoria do nível de vida dos portugueses, que deve ser a missão dos políticos.
Os cidadãos querem melhorar as suas condições de vida e necessitam de ganhar esperança no seu futuro, mas o governo só sabe anunciar sacrifícios e não dá nenhuma esperança, nem aponta nenhum horizonte realista para a inversão das políticas recessivas.