Não sou daqueles que considera que mudar de opinião possa ser mau, ou que seja uma fraqueza, porque sempre que descubro que me enganei, trato de corrigir bem depressa, se possível tirando ensinamento do erro.
Mudar de opinião pode ser uma atitude sábia, ou pelo menos correcta, mas há certas mudanças que não passam de hipocrisia e de conveniência momentânea.
Recordar-se-ão todos de afirmações peremptórias de banqueiros da nossa praça, que recusaram em tempos a entrada do Estado na banca, enquanto accionista, dizendo até que o Estado na banca era simplesmente um desastre.
Pois é! O mesmo Estado que seria um desastre enquanto accionista da banca, é agora a tábua de salvação duma banca que se afunda e que não consegue já financiar a economia do país. Esta banca privada que durante décadas amealhou lucros simplesmente pornográficos, está de rastos, e é ao Estado (ao nosso dinheiro) que tem de recorrer.
Cuspir para o ar é perigoso, como se sabe, senhores banqueiros. A economia não sobrevive apenas com o capital, precisa e muito do dinheiro que resulta do trabalho, que no fundo é a âncora e a maior riqueza dum povo.
Mudar de opinião não é propriamente o mesmo que mudar de convicções... e se alguns banqueiros mudam de opinião ou se desdizem é pura conveniência e oportunismo. Onde estiver o dinheiro eles vão ao cheiro...
ResponderEliminarcptos
O Estado mau gestor é um excelente accionista, até porque promete ser silencioso.
ResponderEliminarBjos da Sílvia