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sexta-feira, setembro 30, 2022

OS VISITANTES DIFÍCEIS...

A vida dos funcionários de vigilância dos museus é tudo menos fácil, e eis que me proponho a divulgar duas conversas bem elucidativas.

Entram dois casais com um ar distinto, usando aquele palavreado típico que irrita um santo, e depois de debitarem uma série de banalidades, eis que uma das senhoras se dirige a uma peça de porcelana, que até estava em zona de protecção das baias daquela sala, e pega nela virando-a ao contrário. A vigilante da sala dirige-se à senhora:

- Desculpe minha senhora, mas nas peças expostas não se pode tocar.
A resposta da senhora, olhando por cima dos óculos, veio de imediato.

- Eu sei, estava apenas a ver se tinha alguma marca de fábrica.

Outra que por acaso presenciei, foi a do senhor que atravessou o perímetro das baias de protecção de um coche e se preparava para subir para o seu interior, com o filho ao colo, no que foi impedido pelo funcionário, que se lhe dirigiu dizendo:

- O senhor não pode estar nessa zona, nem tão pouco tocar na viatura.

O senhor irritadíssimo, retorquiu:

- Não posso porquê? Onde é que isso está escrito? Isto também é meu, e quem é você para me proibir, e o que é que vai fazer?

Nem toda a gente tem estes comportamentos, mas mesmo assim estas situações são comuns nos nossos museus, infelizmente.
 
Republicação do post do Zé Povinho de 30 de Novembro de 2016


 

domingo, dezembro 13, 2020

DECISÕES NATALÍCIAS

A situação actual obriga-nos a tomar decisões sobre as festividades, nesta época que é de festa da família, e cabe a cada um decidir o que acha mais adequado tendo em conta o que se sabe.

Cá por casa a difícil decisão foi tomada e a noite, bem como o dia de Natal vão ser passados sem a presença de filhos e netos, por muito que isso me custe, mas a prudência aconselha-nos a evitar contactos que possam colocar a nossa saúde em causa.

As decisões são da responsabilidade de cada um, e felizmente os meus filhos entenderam e apoiaram a minha decisão, o que muito me agradou.

Cada um é livre de tomar as suas decisões, tendo sempre em conta que as consequências atingirão todos nós.


 

quinta-feira, fevereiro 28, 2019

PATRIMÓNIO - PREVENÇÃO DE DESASTRES NATURAIS


Passados 50 anos sobre o sismo de 1969, que lançou o pânico um pouco por todo o país, voltou a falar-se da prevenção de desastres naturais, algo em que pouco se pensa.

Já falei aqui da falta de medidas de segurança nos museus, palácios e monumentos, mas parece que não chegou aos ouvidos dos responsáveis da Cultura nem da Protecção Civil.

Recentemente apareceram planos de segurança, novos ou actualizados,  de alguns destes serviços, mas que segundo os trabalhadores mostram falhas graves por nunca terem sido discutidos com o pessoal que está no terreno. Equipas de emergência, meios de comunicação, portas de emergência e simulacros são apenas algumas das falhas mais gritantes.

Nesta como em muitas outras coisas, em Portugal costuma -se chorar sobre o leite derramado, porque prevenir é coisa que fica sempre adiada…



sexta-feira, novembro 09, 2018

AS VIRGENS OFENDIDAS

A senhora deputada Emília Cerqueira disse em conferência de imprensa que “são todos umas virgens ofendidas” (por falarem do caso), depois de revelar que “inadvertidamente” tinha registado a presença do deputado José Silvano, ao ter usado a password do mesmo.

Não sei se a senhora deputada é ingénua ao ponto de julgar normal que nas empresas é prática corrente a partilha de passwords, pessoais e intransmissíveis, que por responsabilizarem os seus proprietários, são obrigatoriamente trocadas depois de algum tempo de uso, por questões de segurança. Não é normal, nem para mim utilizador, nem para qualquer administrador de rede.

Dizer que a partilha de passwords é comum no Parlamento, como se infere das suas declarações, deixa qualquer um preocupado, já que todos sabemos que os deputados têm acesso a informação que devia ser sigilosa, e que pelos vistos esse sigilo está seriamente comprometido com estas práticas.

Também fiquei preocupado com uma afirmação anterior de outro deputado que insinuou que como não existe qualquer consequência prevista para deputados que incorram em incidentes desta natureza, não podiam ser accionados outros procedimentos contra o deputado José Silvano, e depreendo que contra quem partilha a sua password.

Qualquer funcionário público que incorresse neste “pecadilho”, e fosse apanhado, seria sujeito a um processo disciplinar e seria certamente punido, e existem exemplos bem recentes.  


domingo, outubro 28, 2018

FALANDO DE SEGURANÇA DO PATRIMÓNIO


Todos os dias existem atentados à segurança do Património, seja em museus, palácios ou monumentos, ainda que a maioria seja por parte de pessoas que nem imaginam estar a quebrar as regras de segurança mais elementares.

Atravessar as barreiras de segurança, usar os selfie stiks para tirar fotos apesar da sua interdição, comportamentos irresponsáveis por parte de crianças cujos pais ou tutores estão distraídos, são maus comportamentos que se verificam com demasiada frequência, apesar do que se possa pensar, mas ainda assim não são os mais temidos por quem coordena ou coordenou equipas de vigilância, apesar de serem estes os que dão mais origem a reclamações, porque ninguém gosta de ser chamado à atenção, mesmo sabendo que se procedeu mal.

O que mais preocupa quem é responsável pela segurança do Património, é quem apenas pretende vandalizar ou furtar o Património. O seu comportamento é errático em alguns casos, e noutros absolutamente premeditado, o que torna ainda mais difícil a sua prevenção.

Para quem julga que a segurança do Património é algo rotineiro e fácil, está absolutamente enganado, porque há comportamentos que fogem à rotina e à normalidade, e eles acontecem mesmo onde menos se espera.

Leitura aconselhada AQUI


By Antony McCallum

segunda-feira, outubro 22, 2018

A PROPAGANDA E A FALTA DE PESSOAL NOS MUSEUS


Este Governo tem aumentado o número de funcionários públicos, segundo rezam os números divulgados, mas existem sectores em que a falta de pessoal é gritante, e afecta o próprio funcionamento dos mesmos.

Um dos sectores em que a falta de pessoal é aflitiva, é o do Património, onde a falta de vigilantes de museus está a causar dificuldades de funcionamento, que vão desde o fecho de salas, até ao relaxamento dos parâmetros de segurança.

Os anúncios de abertura de concursos são muitos, mas na realidade as admissões são poucas, e não conseguem sequer suprir os lugares abertos por aposentações. Os directores dos museus, palácios e monumentos não se pronunciam publicamente, salvo a honrosa excepção do director do Museu de Arte Antiga, mesmo assim sem resultados concretos.

O público não sabe, nem sonha, que a segurança do Património pode estar em causa, e até a sua própria segurança quando o visita, também corre risco. Pessoal de vigilância insuficiente, meios físicos insuficientes e desactualizados, pessoal com idade demasiado elevada, e falta de acções de formação do pessoal, são um conjunto de factores que deviam preocupar os responsáveis.   

É necessário ouvir quem está no terreno e inverter esta situação, com urgência, porque a propaganda não garante segurança.