terça-feira, março 31, 2020

EMERGÊNCIAS E HOSPITAIS


Ouvimos quase todos os dias falar da criação de hospitais improvisados em edifícios vários com capacidade para tal, para acorrer a uma situação de emergência derivada da infecção crescente pelo vírus Covid-19, e pensamos em situações igualmente extraordinárias que levaram a soluções idênticas.

Em 1916 decorria a I Guerra Mundial, em que Portugal acabou por estar envolvido, quando foi solicitada à Fazenda Pública a cedência de uma parte do percurso museológico do Palácio de Mafra para a instalação dum Hospital provisório que ficaria sob a responsabilidade da Escola de Tiro.

À data já existia um Hospital Militar a funcionar neste monumento, em zonas não visitáveis, mas agora pretendia-se aumentar a sua capacidade, prevendo baixas elevadas no conflito em curso, e foram pedidas as salas situadas entre os aposentos reais (agora aposentos da rainha), e a Biblioteca, causando assim problemas ao funcionamento do monumento.  

As cedências na altura foram autorizadas e não se limitaram a estes espaços, com todos os inconvenientes que daí resultaram, mas os tempos eram de emergência…  



João Ninguém : soldado da Grande Guerra : impressões humorísticas do C.E.P.

sábado, março 28, 2020

O TURISMO


Nos últimos anos foi o turismo e todas as actividades em torno dele que mais contribuíram para a economia e para o emprego neste país.


A chegada do coronavírus parou por completo todas as actividades turísticas e não vai ser nos próximos dias, ou mesmo meses, que as coisas vão voltar ao normal.


Esta verdadeira calamidade chamada Covid-19 há-de passar e, naturalmente, todos iremos procurar voltar às actividades ligadas ao turismo, procurando dar o nosso melhor para recuperar um pouco do muito que se perdeu, mas as coisas vão ser muito mais difíceis do que agora se possa pensar.


As viagens aéreas demoram a começar, as reservas que tinham sido canceladas registam naturalmente imensas desistências pelos mais variados motivos, existe ainda algum receio de viajar para outras paragens, e existe uma grande incógnita no espírito de todos, será mesmo seguro viajar?
 
A questão da segurança que pode parecer pouco importante para alguns, vai ser a chave para o relançamento da actividade. Esperemos que com o reinício dos voos e dos cruzeiros não se verifiquem novos casos de contágio que podem deitar por terra todos os esforços de recuperação.


segunda-feira, março 23, 2020

PINTURA ITALIANA SÉC. XVIII

Encomendas de D. João V 

A Santíssima Trindade de Agostino Masucci

Anunciação - Mosaico de Mattia Moretti a partir de cartões de Masucci (Igreja de S. Roque)

domingo, março 22, 2020

O COVID 19 E OS COMPORTAMENTOS


As autoridades de saúde europeias continuam a dizer que o uso de máscaras de protecção não é recomendada para quem não está infectado, que pode dar uma falsa sensação de segurança que não existe, mas em França (por exemplo) pedem que as máscaras sejam entregues aos hospitais para serem usadas pelos profissionais de saúde. Há limites para a hipocrisia, pois todos sabemos que os países que as usaram intensivamente (no oriente) e seguindo instruções das autoridades de saúde, conseguiram diminuir mais rapidamente as taxas de contaminação. Outra verdade, porventura mais cruel, é que as autoridades não conseguiram ter as reservas necessárias de material de protecção para responder às necessidades dos profissionais de saúde.

Outra asneira de bradar aos céus foi o facto de ser recusado o desembarque dum navio de cruzeiro em Portugal, e de seguida receber uns 90 autocarros com pessoas desse navio que acabou por aportar em Cádiz. O ministro Cabrita não se limitou a este triste espectáculo, pois logo em seguida autorizou que um navio de cruzeiros com destino a Espanha, aportasse em Lisboa, escudando-se no facto de 27 dos passageiros serem portugueses. Senhor ministro, eu obviamente demitia-o.

Neste fim-de-semana muitos portugueses saíram à rua “para apanhar ar e dar uma volta” ignorando as mais elementares regras de segurança, e curiosamente alguns foram contra o estado de emergência. É muito tuga só acatar ordens quando a isso são obrigados.



domingo, março 08, 2020

HIPOCRISIA, COVID19, EXEMPLOS


Os casos de Marcelo Rebelo de Sousa e do Papa Francisco que para alguns são exemplares por causa do exemplo (passe o pleonasmo) dado às populações por terem colocado em primeiro lugar a saúde dos seus seguidores/cidadãos, mostram que os critérios para as pessoas importantes e para o comum dos mortais, é diferente.

 O cidadão comum quando não tem sinais evidentes de poder estar infectado é mandado trabalhar, e só quando provar ter estado em zonas de risco ou em contacto directo com pessoas contaminadas é que será sujeito a exames para despiste do vírus, já as pessoas importantes (como Marcelo ou o Papa) são imediatamente colocados a recato.

Nos países orientais o uso das máscaras de protecção são comuns e recomendadas, como aliás já eram perante uma simples constipação, na Europa tão civilizada, as máscaras são desaconselhadas, excepto aos infectados e ao pessoal do sector da saúde.

Hoje ouvi no Jornal da Noite da SIC que as máscaras servem apenas para evitar a projecção de “gafanhotos” por parte de quem está infectado e não para proteger quem não está ainda infectado, mas a ecepção são os profissionais de saúde. A pergunta que se coloca é se todos os que estão em contacto directo com o público, ou quem usa os transportes públicos, por exemplo, não se devem proteger?

Não vamos ser hipócritas, quem se considera essencial, e está no poder ou é considerado imprescindível, está protegido, mas existem muitos outros que pelos vistos são dispensáveis…

segunda-feira, março 02, 2020

HUMOR

O humor, tal como a publicidade e as bebidas devem tomar-se em doses moderadas...