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sexta-feira, janeiro 21, 2022
sexta-feira, junho 11, 2021
MEDINA O SONSO
A explicação dada por Medina para a partilha de dados de manifestantes com embaixadas estrangeiras não tem qualquer sustentação, porque não houve qualquer base jurídica para o fazer, e também porque já anteriormente o facto tinha sido contestado noutra ocasião anterior e mesmo assim a irregularidade persistiu.
Um dos factos que pode não ter qualquer significado, mas que é curioso, é que os nomes e moradas de manifestantes só foram partilhados com regimes onde a contestação é ferozmente reprimida, como sejam a China, a Rússia, Israel e Venezuela.
Um responsável político não pode nem deve desculpar-se com erros burocráticos dos serviços numa questão desta gravidade, e a atitude mais séria teria sido o pedido de demissão imediato.
A partilha de dados pessoais está perfeitamente
regulamentada, e todos sabem que a partilha de dados pessoais com outros
Estados não é admissível, especialmente com Estados não democráticos. A Lei de
Protecção de Dados deve ser respeitada por todos e nenhum alto responsável
político se pode escudar.
As desculpas evitam-se...
quarta-feira, outubro 02, 2019
REFUGIADOS E/OU EMIGRANTES
Infelizmente a memória de muita
gente é demasiado curta, e é pena , porque se calhar não se ouviam tantas
asneiras sobre refugiados.
Ainda há poucos dias assisti a
umas conversas de café sobre emigrantes e fiquei siderado com o que se dizia,
especialmente porque se generalizava o que era mau e se diabolizavam os que
apenas trabalham para garantir o sustento e conseguir melhorar a vida.
É bom recordar que nos anos 60 do
século passado éramos nós os refugiados na França, e os franceses tinham um
discurso idêntico sobre nós. A cor não era o que nos separava, mas sim o nosso
modo de vida, aquilo a nos sujeitávamos para ganhar dinheiro, e os nossos hábitos.
Curiosamente alguns dos que
teciam os comentários mais ferozes contra os emigrantes/refugiados, são filhos
ou familiares de emigrantes que estiveram por essa Europa fora a fazer pela
vida.
Deixo-vos esta ligação para um
texto que aconselho a todos.
quarta-feira, maio 01, 2019
O PODER DOS MERCEEIROS E O COMODISMO TUGA
Festeja-se hoje o 1º de Maio, Dia
do Trabalhador, e há que constatar que muitos que gozam este dia de feriado, a
que obviamente têm direito, não reconhecem o mesmo direito a outros
trabalhadores que são coagidos a trabalhar, muitas vezes sob a ameaça de despedimento,
que é facilitado pela precariedade do vínculo que os liga à empresa.
Em Portugal temos duas justiças,
a dos grandes e a dos pequenos, e isso ficou patente na abertura dum supermercado em Armação de Pera, que apesar do estipulado pela autarquia,
decidiu abrir as portas contrariando o estipulado. A chamada da GNR apenas
levou ao registo da ocorrência, mas o desrespeito pelas normas continuou.
Talvez dê para perceber aos mais
distraídos a grande quantidade de trabalhadores precários, especialmente em
situações de conflito laboral, que são facilmente manipuláveis, sob pena de
perderem o posto de trabalho se tiverem o atrevimento de se confrontar com a
entidade patronal, mesmo que apoiados pela lei e pela razão.
O que me deixa mais triste ainda
é o egoísmo de muitos de nós, que aproveitam para gozar dos seus direitos, mas
colaboram alegremente com quem os quer diminuir, sem sequer pensarem que estão
a prejudicar outros a quem os direitos estão a ser negados.
Etiquetas:
1º de Maio,
Abuso,
Direitos,
Egoísmo,
Merceiros
terça-feira, abril 23, 2019
POR QUE SOMOS TÃO COMODISTAS?
A nossa sociedade e o nosso modo
de vida tende a tornar-nos cada vez mais comodistas e egoístas, cada vez mais
virados para nós próprios, perdendo-se assim muito a perspectiva do que são os
interesses e necessidades dos outros.
Por estes dias foi anunciada a
intenção de fazer greve por parte dos trabalhadores dos super e hipermercados,
e foi triste constatar nas caixas de comentários dessas notícias a
incompreensão de tanta gente, que não trabalhando aos domingos e feriados, não
reconhece o mesmo direito aos que trabalham naqueles locais. O interesse
próprio está acima da razão na maioria dos comentários.
Sei bem o que é trabalhar quando
quase todos se divertem, descansam ou passeiam, há pelo menos 35 anos, e sei
bem como a vida familiar se ressente deste facto. Existem serviços essenciais,
e aí compreende-se que tenham horários especiais, mas convenhamos que os
supermercados não são serviços essenciais, até porque têm em geral horários
alargados e estão abertos aos sábados, o que dá oportunidade a todos de se
abastecerem.
Foi também muito cínico o
argumento de alguns leitores, que usaram o que foi dito pelos “grandes
merceeiros”, o argumento do emprego. A memória nos nossos dias é bastante
curta, mas na equação do emprego/hipermercados e mercearias, podiam fazer
melhor as contas e veriam que os hipermercados vieram acabar com milhares de
mercearias e outros estabelecimentos afins, que pura e simplesmente fecharam.
Em conclusão, são muitos os que
acham que somos muito avançados e modernos, e que a Suécia (por exemplo) é um
país antiquado e retrógrado, se calhar com uma qualidade de vida pior do que a
nossa.
quinta-feira, agosto 16, 2018
EM TORNO DA IDADE DE REFORMA
Veio agora a lume a intenção do
governo de acabar com a reforma obrigatória aos 70 anos, como está instituído
desde 1926. Pelos vistos a promessa eleitoral de permitir a reforma dos
funcionários públicos com pelo menos 60 anos e 40 anos de serviço, que ainda
não foi cumprida, fica adiada porque a proposta do CDS/PSD é mais importante
para o governo de António Costa.
Foi com um sorriso que vi alguns
senhores, todos ocupantes de altos cargos públicos, falarem da sua vontade de
continuar nas suas funções depois dos 70 anos, e não foi uma grande surpresa.
Ficaria muito surpreendido se fossem subalternos, com carreiras contributivas
de 40 ou mais anos de serviço a manifestar tamanha vontade de continuar a
desempenhar as mesmas funções, depois dos 70 anos.
Não se infira das minhas palavras
que eu seja contra o trabalho depois dos 70 anos, porque não sou contra, mas sou
contra a perpetuação de altos dirigentes em cargos públicos, e acho que a
experiência pode ser aproveitada, na base do voluntariado, quando muito
complementado com uma verba correspondente às despesas acrescidas pelas
deslocações e subsídio de alimentação, para além do valor da reforma.
Já estou naquela idade em que
sinto que os anos pesam, e que apenas a experiência me diferencia dos mais
novos, sendo que me considero perfeitamente capaz, mas também sinto que já
mereço a aposentação por ter ultrapassado o tempo de serviço que me era exigido
quando comecei a trabalhar.
Espero que o Centeno e o Costa
não estejam a usar este tema do trabalho depois dos 70 anos, para legitimar
mais aumentos na idade para a reforma sem penalizações, como se os 40 anos de descontos
para nada contassem.
CARTOON
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