sábado, fevereiro 22, 2020

RACISMO E HIPOCRISIA


Já ouvi dizer que agora tudo é racismo, mas recuso-me a acreditar que tudo seja racismo e que todos os portugueses sejam racistas. Sei que a minha opinião não é politicamente correcta mas recuso-me a aceitar a generalização.


O racismo existe, mas não é um exclusivo de Portugal, e não são só os negros que são alvos de discriminação, que se estende a todas as raças e credos independentemente do local que estejamos a falar.


Os casos Joacine e Marega, lamentáveis em vários aspectos, têm sido empolados na sua vertente de racismo, e tem suscitado muita polémica muitas vezes suscitada por gente muito hipócrita.


No desporto e na política a linguagem ultrapassa muitas vezes os limites do razoável, e é fácil encontrar situações condenáveis, e estes dois casos por serem recentes, têm merecido a atenção dos média.


O que me preocupa é a generalização, e essa é muitas vezes a atitude de gente hipócrita, que não hesita em insultar árbitros, automobilistas, magistrados, professores, auxiliares, médicos, enfermeiros e outros trabalhadores, usando os adjectivos mais ignóbeis sem qualquer rebuço.


A violência verbal (e não só) existe e o racismo é apenas uma dessas facetas, e tudo advém duma sociedade em que o respeito pelo próximo é cada vez mais raro.


Somos todos racistas? Não nos respeitamos uns aos outros? Quem será que vai atirar a primeira pedra?



quarta-feira, fevereiro 19, 2020

SOCIEDADE DE GEOGRAFIA DE LISBOA

Um excerto muito interessante duma publicação da Sociedade de Geografia de Lisboa disponível AQUI 



sábado, fevereiro 08, 2020

PHILIPPUS AUREOLUS THEOPHRASTUS BOMBASTUS VON HOHENHEIM


Creio que muito poucos saberão quem foi este senhor, e em que é que se tornou conhecido pelo mundo inteiro. Quando revelamos o seu pseudónimo, Paracelso, as coisas mudam um pouco e já alguns sorriem.

Não existe unanimidade quanto às áreas que Paracelso revolucionou, embora se saiba que se notabilizou como médico, alquimista, físico, astrólogo e ocultista.

Paracelso não foi em vida uma pessoa que conseguisse reunir consensos à sua volta, e nem depois da sua morte, apesar do muito que ficou da sua vida e da sua obra.

Leituras recomendadas AQUI e AQUI



terça-feira, fevereiro 04, 2020

CURIOSIDADES PESSOAIS


Quando nasci, no início da segunda metade do século passado, em Moçambique, era considerado um branco de segunda, ou português de segunda, por ter pais portugueses e brancos, e eu ter nascido em África. Este tipo de classificação perdurou até à década de 60 e só depois deixei de ouvir falar nela.

Por mais estranho que possa parecer, para quem não viveu a segunda metade dos anos 70 lá pela África Ocidental, após a independência de Moçambique eu fui (e fomos muitos), forçado a escolher uma nacionalidade entre duas opções, ou me registava como português, ou em alternativa moçambicano. A dupla nacionalidade não era opção. Na realidade não foi difícil escolher, pois mesmo sendo moçambicano por nascimento e por direito, a minha cor não era conveniente, pois os brancos eram colonialistas e exploradores por princípio.

Por fim chegado a Portugal descobri que sendo português por direito, era também rotulado de retornado (o que não era rigoroso), e de colonialista e explorador de africanos.

Estas curiosidades nunca me afectaram verdadeiramente, e refiz a minha vida vivendo sempre bem comigo mesmo, continuando a amar África e a considerar-me um português de pleno direito, lamentando apenas que as coisas tenham acontecido deste modo, e que o resultado tenha sido tão prejudicial, especialmente para o povo moçambicano, independentemente da cor da pele.



domingo, fevereiro 02, 2020

O REAL EDIFICIO DE MAFRA E A MÚSICA


Quando um dos carrilhões de Mafra voltou a tocar, depois de 20 anos de silêncio, a festa era inevitável e o público mostrou que não é indiferente a problemáticas ligadas ao Património, acorrendo em massa para ouvir o primeiro concerto depois do restauro dos carrilhões.

Este restauro no valor de 1,7 milhões de euros devolveu à sua função o carrilhão da torre sul, e em conjunto com as obras de restauro/manutenção dos seis órgãos da Basílica, fazem com que os intentos de D. João V (carrilhões) e D. João VI (órgãos da Basílica) estejam a ser respeitados e à disposição/usufruto de todos.

Algumas palavras da senhora ministra da Cultura, quando afirmou que o investimento “insere-se num projecto que, através da música, procura ampliar e potenciar novos diálogos com o património cultural edificado” tornando-o visitável, podem ter tido origem na intenção de finalmente colocar em Mafra o Museu da Música.