sexta-feira, junho 26, 2020

ÉDIPO E O ENIGMA DA ESFINGE

"Um antigo mito grego relata que a esfinge de Tebas estava sempre atenta aos viajantes que passavam naquela cidade. Esta abordava o transeunte com o seguinte enigma: " Qual o animal que de manhã tem quatro patas, ao entardecer tem duas e ao anoitecer tem três patas"? Caso o enigma não fosse respondido correctamente pelo viajante, este era devorado pela esfinge. A resposta pontual era o "homem".

Édipo e a Esfinge de Gustave Moreau

quinta-feira, junho 25, 2020

MUSEUS E FALTA DE PESSOAL


A falta de pessoal de vigilância dos museus, monumentos e palácios vem de longe, originou diversas greves e parece que ninguém prestou atenção ao problema. O nível etário dos que ainda trabalham nessas funções em equipamentos do nosso Património foi aumentando e agora estamos perante dois factos absolutamente naturais, que são a aposentação de muitos e as baixas de outros.

Há tempos houve que me viesse desmentir falando da abertura de alguns concursos, mas quando se perguntou quantos desses admitidos ainda estavam em funções, ninguém veio apresentar os números. É reconhecidamente difícil fixar alguém nessas funções, quer pelos baixos salários praticados, quer pelos horários exigentes sem nenhuma contrapartida de qualquer tipo.

É simplesmente discriminatório que hajam Assistentes Técnicos que não têm oficialmente dias de descanso semanal fixo, o que os prejudica até na atribuição de férias, e sem qualquer pagamento extra por trabalho aos sábados e domingos, enquanto outros funcionários com a mesmíssima categoria têm sábados e domingos como dias fixos de descanso semanal e auferem como trabalho extraordinário o praticado nesses mesmos dias. O que acontece é que quem entra para funções de vigilância depressa muda de serviço para outras funções com melhores horários e possibilidade de progressão nas carreiras, que nos museus não existem.

A falta de pessoal nestas funções é da exclusiva responsabilidade dos directores, da DGPC e do Ministério da Cultura, que deixaram a situação chegar a este extremo, mesmo num monumento como o abaixo retratado que foi recentemente classificado pela UNESCO.

Tenham vergonha!  


quarta-feira, junho 24, 2020

A PRESSÃO DA ECONOMIA


O desconfinamento na maioria dos casos foi ditada pela urgência em retomar as actividades económicas, e isso não foi sequer escondido, ainda que todos soubessem que o perigo do recrudescimento da epidemia era bem real.

Vivemos num mundo em que a mobilidade das populações, as desigualdades sociais e o excesso de optimismo podem deitar tudo a perder, o desconfinamento apressado está a ter maus resultados que comprometem ainda mais a economia.

O excesso de elogios, a pressa e os maus comportamentos fazem-me recordar o ditado CAUTELA E CALDO DE GALINHA NUNCA FIZERAM MAL A NINGUÉM.


sábado, junho 20, 2020

DOS ELOGIOS À BALDA


Sabe-se que é muito fácil passar-se de bestial a besta, e é um pouco isso que se passou com os portugueses, que de exemplo na contenção e disciplina nos primeiros dias de confinamento, depressa passaram a irresponsáveis.

Os tempos parecem estar tão confusos como boa parte dos irresponsáveis que andam por aí sem os cuidados mais elementares. São os politicamente correctos para quem tudo é racismo, querendo botar tudo no mesmo saco, misturando o passado (que não conhecem) com o presente, como se o tempo e as mentalidades não tivessem mudado. Há também os que levam a sua ignorância para o campo da destruição, pretendendo assim obliterar o passado.

Mundo confuso este em que vivemos, em que parece que todos berram, mas poucos discutem serenamente procurando entender o que se passa, para construir um futuro melhor.

Em tempos de crise, sanitária, económica, de valores, e de instabilidade, pedia-se mais aos políticos que bem podiam ser mais assertivos, menos palavrosos, e sobretudo mais firmes na defesa das populações, actuando sempre que uns quantos colocam em causa a ordem e as normas mais elementares de defesa do bem público.

By Tom Curry

sábado, junho 13, 2020

OS IDIOTAS FOFOS


Vejo quase sempre o “Governo Sombra” que agora dá na SIC e até acho que é um programa interessante, leve e com algum humor à mistura o que é sempre agradável. Na noite passada um dos intervenientes, o Ricardo Araújo Pereira acabou por ter uma intervenção (apoiada pelos restantes) bastante infeliz, como os factos vieram a provar.

Na sua primeira intervenção, RAP referiu-se aos cartazes que continham a frase “polícia bom é polícia morto dizendo “quem acha e escreve num cartaz que polícia bom é um polícia morto, é um idiota, mas não é um criminoso, palavras e acções são coisas de natureza diferente, aquele cartaz não causou qualquer dano excepto na reputação de quem o escreveu. Liberdade de expressão implica que os outros digam coisas que nós não gostamos de ouvir “.

Pois é Ricardo (que não conheço pessoalmente), a minha opinião é diferente, e a frase em causa é inequivocamente um incitamento ao ódio, e independentemente da idiotice do seu autor (que também não conheço), deve ser condenada pela sociedade.

A sociedade deve condenar todas as mensagens de ódio, como as que apareceram nessa mesma noite em paredes da capital, e não é coerente condenar umas e desvalorizar outras, consoante a nossa simpatia por movimentos em que elas se tenham inserido. O mesmo é válido para com os vandalismos a estátuas existentes no espaço público.

Desvalorizar estes actos é simplesmente contribuir para que a desordem aumente e entre em descontrolo.

Lamento ser contra o politicamente correcto, mas é isto que penso sobre o que se passa.  


quarta-feira, junho 10, 2020

MUSEUS - A REABERTURA

Os museus, monumentos e palácios vão abrindo um pouco por toda a Europa, por enquanto quase que apenas com os visitantes nacionais, e lá mais para a frente os turistas acabarão por chegar, se a epidemia  de Covid 19 não voltar a colocar em causa a segurança de todos.

Alguns serviços abriram um pouco à pressa, obedecendo à vontade política, outros acabaram por abrir mais recentemente, com todas as condições e com os cuidados todos, depois dum diálogo necessário e precioso entre as direcções, os trabalhadores e as entidades oficiais.

O público é escasso, como era de esperar, mas certas características que já temos vindo a registar, como a das selfies, que faz com que alguns estejam mais vezes de costas para as peças do que de frente para as apreciar, permanecem...

Imagem do El País






sábado, junho 06, 2020

CONFINAMENTO

A arte também pode ter mensagem, ser engraçada e ser actual. A forma de expressão escolhida foi a fotografia da autoria de Alex Grace.