segunda-feira, novembro 21, 2011

CAMINHOS INVERSOS

A consciência social dos povos não é tão diferente como se costuma pintar, e as diferenças residem sobretudo nas classes dirigentes que manipulam a opinião pública e impõem a sua vontade usando todos os estratagemas possíveis e imaginários.

Durante várias décadas assistimos à deslocação da produção de muitos produtos, do mundo Ocidental para o Oriente. A razão invocada era invariavelmente a de conseguir mais baixos custos de produção e consequentemente, produtos mais competitivos.

O que se dizia nos anos 60 e 70 do século XX, sobre a exploração dos trabalhadores, deixou de se ouvir transformando-se os discursos em igualdade de oportunidades, comércio livre e competitividade. A globalização fechou os olhos às condições de trabalho no Oriente, e mesmo a sua aversão aos regimes políticos lá existentes, para alimentar a fúria consumista que era incentivada.

Esta prática acabou por revelar-se desastrosa, e quando a economia começou a vacilar e o crescimento abrandou, o Ocidente começou a sofrer as consequências de depender da produção e da riqueza produzida na outra parte do mundo.

No Oriente as coisas evoluíam de outro modo e a riqueza derivada das exportações começou a mostrar a esses povos que também eles tinham direito a partilhar dos produtos que apenas exportavam, e da riqueza que assim era gerada.

Os problemas da economia Ocidental começaram a ser combatidos com a contracção do consumo, via diminuição dos salários. O problema da dependência das importações permanece mas o consumo interno baixa substancialmente, afectando muito os países sem potencialidades de exportação.

No Oriente as coisas mudaram muito na última década, e os trabalhadores das grande fábricas que produzem produtos muito procurados no Ocidente, começam a perceber que têm agora mais poder reivindicativo, e vão conseguindo melhores salários e mais direitos.

Os povos do Ocidente não poderão, pelo menos nas próximas décadas, competir por via dos preços com o Oriente, por muito que esmaguem os salários, por diversos motivos entre os quais há um que não podemos deixar de evidenciar, a diferença dos números da natalidade, que é fulcral.

««« - »»»
Foto - Solo


««« - »»»
Humor e Faxina

6 comentários:

  1. Estamos a ser transformados nos chinocas da Europa à força toda. Bonita flor.
    Bjos da Sílvia

    ResponderEliminar
  2. Pois é, a situação se está invertendo!

    Será que a lição é aprendida?

    Boa semana.

    ResponderEliminar
  3. Os povos entendem-se, os políticos é que não, com a sua propaganda venenosa tudo corrompem
    Saudações amigas e boa semana

    ResponderEliminar
  4. interessa apostar na qualidade.

    ResponderEliminar
  5. Os iluminados detentores dos "grandes modelos" caiem por terra...

    cptos

    ResponderEliminar
  6. É o mundo se mudando.


    LUIZ

    ResponderEliminar