sábado, dezembro 31, 2016
sexta-feira, dezembro 30, 2016
PORQUE EMIGRAM OS PORTUGUESES?
Quando se ouvem os políticos a
falar das causas da emigração ficamos todos confusos porque todos acusam os
outros e ninguém admite culpas na matéria.
Outro dos flagelos da nossa
sociedade é a baixa natalidade, e também aqui as causas do problema suscitam
divergências entre a classe política, mas o cidadão nacional conhece bem as
causas deste problema.
A precariedade, os baixos
salários, a falta de protecção social, a falta de investimento e um evidente
desequilíbrio entre o factor trabalho e o factor capital não só em termos de
direitos mas também na redistribuição da riqueza produzida, são apenas alguns
dos factores que saltam à vista de qualquer pessoa.
Ainda perguntam porque emigram os
portugueses?...
quarta-feira, dezembro 28, 2016
POBRE JORNALISMO
É cada vez mais deprimente seguir
os meios de comunicação social e dar-lhes o crédito que já mereceram no
passado, porque hoje faz-se, em geral, muito mau jornalismo.
Sabemos que os títulos têm que
ser convidativos, mas nunca nos deviam levar ao engano, nem devem servir para
ocultar a verdade, que deve ser a finalidade mais nobre do jornalismo.
Ler ou ouvir o título “os trabalhadores com rendimentos mais baixos vão ter mais dinheiro disponível já apartir de Janeiro”, e depois chegar-se à conclusão que se referem a 1 ou 2
euros mensais referentes ao fim da sobretaxa do IRS para os escalões de
rendimentos mais baixos, é apenas um exemplo do mau serviço que se presta.
Sem qualquer relevo a mesma
notícia revela que nos escalões mais altos também vão ganhar devido ao aumento
do salário mínimo, que influencia descontos nos impostos, e certamente serão
mais relevantes do que os modestos 1 a 2 euros, mas isso não interessa nada
para o jornalista.
Para que não fique qualquer dúvida sobre a parcialidade
do mesmo jornalista, aqui fica outro título por ele assinada, “salários mais altos do estado com menos um quinto em comparação a 2010”, por causa do aumento
dos impostos e dos descontos para a ADSE, curiosamente os funcionários que
ganham menos também têm hoje um salário líquido menos do que em 2010, mas que
interesse tem isso para opinião pública?
sábado, dezembro 24, 2016
sexta-feira, dezembro 23, 2016
HIGIENIZAR A DEPENDÊNCIA ELECTRÓNICA
Uma das notícias mais curiosas
desta semana terá sido esta: ”Aeroporto do Japão cria papel higiénico paratelemóveis”.
Já estamos todos habituados a ver
gente agarrada aos telemóveis um pouco por todo o lado, é uma verdadeira praga
tamanha dependência, e também é conhecido que estes dispositivos são
verdadeiros ninhos de bactérias, ainda que isso tenda a ser ignorado por quem é
mais dependente.
Os japoneses são conhecidos pelo
seu medo de casos de transmissão de vírus, basta ver como protegem a cara
quando estão constipados, mas agora nisto do papel higiénico para limpeza dos
telemóveis, que é dispensado nas instalações sanitárias parece que foram ainda
mais longe.
Não sei como é que os japoneses
encararam esta novidade, mas parece-me que será mais um convite a demorar mais
um pouco sentado na sanita fazendo uns telefonemas ou consultando algum site,
aproveitando no final o papel para limpeza do telemóvel, que naturalmente será
adequadamente perfumado…
quarta-feira, dezembro 21, 2016
segunda-feira, dezembro 19, 2016
O FMI E A PRODUTIVIDADE
O FMI e os seus “eminentes
economistas” é conhecido por dizer tudo e o seu contrário, e por ser o
prestamista mais cruel a nível internacional, comportando-se como um verdadeiro
agiota sem rosto.
Esta semana um jornalista do Dinheiro
Vivo foi buscar um estudo dessa organização internacional, que parece concluir
que os empregados mais velhos são menos produtivos.
Quem diria que o FMI que defende
o aumento da idade de reforma, especialmente nos países do ajustamento, com os
conhecidos maus resultados para o emprego jovem, viria a concluir isto?
Curiosamente o peso dos trabalhadores com idades entre os 55 e os 64 anos, é
mais baixo nos países ricos, do norte da Europa, e maior no sul, onde até os
horários de trabalho são maiores em termos anuais.
Não se pode dizer que a
produtividade dos mais idosos é mais baixa, e ao mesmo tempo querer que se
trabalhe cada vez mais até mais tarde. Também não acho que as empresas
beneficiem em ter funcionários até mais tarde, em vez de irem renovando os seus
quadros, equilibrando experiência com sangue novo e novas mentalidades. O
problema maior é o da Segurança Social, que pode não ter capacidade para
absorver muita gente com idade (+60 anos) e tempo de descontos (+40 anos), mas
daqui a uns anos será muito pior.
O FMI não tem autoridade nesta
matéria, e com maior produtividade, com trabalhadores mais novos e bem
preparados, com um mercado do trabalho regulado e sem incentivos a um patronato
que se aproveita do desemprego jovem para os explorar sem encargos para a
Segurança Social, todos ganharão a prazo.
sábado, dezembro 17, 2016
A IMPRENSA LUSA - SONDAGENS E NÚMEROS
Todos sabemos que com certas
perguntas se conseguem certas respostas e isso sem se falsearem resultados de
forma grosseira. Não é necessário fazer perguntas apenas a pessoas com pouca
cultura cívica ou pouca informação, como por vezes acontecia no passado, porque
agora as coisas são mais científicas.
Concluir numa sondagem que os
portugueses concordam com os salários elevados na CGD, consegue-se não
revelando o valor dos tais salários, nem os bónus previstos, é relativamente
fácil, e extrapolar que um relatório da OCDE terá registado que Portugal tem
registado na última década das maiores diminuições nas disparidades salariais
nos 35 países da OCDE, é quase que tão arriscado como dizer o diabo vem aí a
partir de Janeiro.
Sou um leitor de jornais, DN e
Expresso, mas tenho que reconhecer que a qualidade da nossa imprensa, escrita e
não só, tem piorado muito nos últimos anos, e que os interesses ditam o que se
noticia, e como se noticia.
quinta-feira, dezembro 15, 2016
POLITICAMENTE INCORRECTO
Começo por declarar que me estou
nas tintas para o politicamente correcto e que ponho acima de tudo a
conservação do Património e a fruição do mesmo em condições aceitáveis.
A medida aprovada, por alteração
legislativa, de permitir a entrada gratuita nos museus portugueses aos domingos
e feriados até às 14 horas, para todos os residentes em território nacional,
não me parece adequada para abranger todos os museus e monumentos nacionais,
muito especialmente para aqueles que já apresentam níveis de visitas que rondam
o limite adequado ao espaço visitável, às colecções expostas e aos meios de
segurança ao dispor dos serviços.
As desculpas da tutela usando
argumentos como a legislação europeia, não colhe de todo e é quebrada em diversos
países e diversos museus, pelo que não será por aí que se encara o problema de
frente.
Toda a gente gostaria de visitar
gratuitamente o nosso Património, isso é indiscutível, mas não é responsável
colocar em causa a segurança dos visitantes e das colecções, só para colher
mais uns votos.
Não terei arranjado muitos amigos
com este post mas, para mim, existem valores maiores do que as borlas. Por
outro lado, e porque acho que os portugueses merecem mais do Estado para o qual
contribuem, não vejo nenhuma incompatibilidade em dar entradas grátis nos meses
de menor afluxo de visitantes, como seja de Outubro a Março, aos sábados,
domingos e feriados.
Torre de Belém
Palácio Nacional de Mafra
terça-feira, dezembro 13, 2016
IMAGENS AO ACASO
Quantas vezes sentimos um impulso que nos leva a tirar o telemóvel do bolso e fazer umas fotos, só porque sim...
Imagem 1*
Imagem 2*
domingo, dezembro 11, 2016
CONSCIÊNCIA CIVICA
Os nossos museus, palácios e monumentos são visitados por diversos tipos de públicos, e nem todos estão devidamente sensibilizados para a conservação do nosso Património, pelo que acho que devia ser feita uma campanha de sensibilização para que cada vez mais exista uma consciência colectiva da importância da preservação do Património.
sexta-feira, dezembro 09, 2016
IMAGENS DE ILUSTRES VISITANTES
Antes da utilização das máquinas fotográficas o modo de registar os motivos de interesse dos viajantes era através dos desenhos, e felizmente Portugal recebeu visitantes ilustres em séculos passados, que não só divulgaram desenhos do que viram, como escreveram livros de viagens que chegaram aos nossos dias.
Este desenho de Albrecht Haupt é um exercício sobre o que o autor pensava estar na cabeça dos arquitectos que conceberam as Capelas Imperfeitas do Mosteiro da Batalha.
quarta-feira, dezembro 07, 2016
VISITAR PALÁCIOS
Quando visito um palácio, procuro
perceber como é que ele foi utilizado e o que faziam os seus proprietários
quando o ocupavam. Em geral antes da visita procuro ler um pouco sobre o local,
recorrendo à minha modesta biblioteca, e só depois à informação dispersa pela
internet, que nem sempre é muito rigorosa.
Muita gente desconhece que a
decoração de muitos palácios tem variado com regularidade, e que muitas vezes
se trocam todos os móveis e outros adereços, chegando-se mesmo a alterar aquilo
que é sugerido como utilidade do espaço.
Não querendo agora discutir se as
alterações são ou não benéficas para se entender a vivência numa determinada
época da utilização, venho hoje desafiar os leitores a descobrir qual das
imagens seguintes é mais antiga, e se algum dos móveis, ou adereços, ainda está
exposto nos nossos dias nesta sala do Paço de Sintra.
By Palaciano
SP23
SP35
segunda-feira, dezembro 05, 2016
UNS FOGEM AOS IMPOSTOS, OUTROS NEM PODEM FUGIR...
Enquanto os órgãos de comunicação social se debruçam sobre a possibilidade de Ronaldo e Mourinho terem fintado o fisco, aqui o José faz contas e mais contas, mas o ordenado não estica.
Quem tem muito dinheiro contrata especialistas em fintar legalmente o fisco, já quem tem pouco faz acordos com alguns patrões para declarações de vencimento inferiores à realidade, ganhando ambos com a marosca.
Nesta equação complicada os funcionários públicos serão os únicos que não têm qualquer hipótese de fugir ao fisco, mas quem é que está interessado nisso? Os funcionários públicos são uns privilegiados, diz-se, mas são aqueles que independentemente da sua vontade, não podem fugir à voracidade da máquina fiscal, e a comunicação social sabe-o, mas nunca fala disso...
sábado, dezembro 03, 2016
ESTADO DÁ MAU EXEMPLO
Uma ida de rotina ao médico de família depois de uma barragem de exames e análises, e eis que surgiram as boas notícias, e afinal estou tão bem quanto as minhas maleitas o permitem
Em conversa com o médico, desabafei que em mais de 40 anos de serviço apenas tinha ido à medicina no trabalho 3 vezes, nos anos em que estive ao trabalho duma empresa com gestão privada. Esperava que o médico mostrasse a sua incredulidade, mas ele também estava exactamente na mesma situação.
O Estado sempre tão lesto na elaboração de leis e de regulamentos, não as cumpre, e no caso da medicina no trabalho existem muitos funcionários públicos que nunca foram avaliados para sua própria protecção e para os serviços terem uma ideia sobre a saúde dos seus funcionários.
Os nossos governantes desconhecem isto? Talvez, mas isso demonstra a falta de interesse dos maiores responsáveis pelos seus funcionários, pelo cumprimento da lei, e pela política de recursos humanos.
quinta-feira, dezembro 01, 2016
POR FALAR EM DITADORES
Existem pessoas a quem é dada uma
tribuna para expressarem as suas opiniões, a que evidentemente têm direito, mas
que não se ouvem a si próprios, para perceberem a sua falta de coerência, que
até tem consequências porque a sua opinião é difundida, em meios de comunicação
social ou equiparados, podendo influenciar terceiros.
Estava eu a ouvir um telejornal
num dos canais nacionais, e o apresentador referindo-se a Cuba diz “… a morte
do ditador…”, e eu fiquei à espera de alguma correcção. Não houve, e o
apresentador passou a outras notícias de âmbito internacional.
Mantive a televisão no mesmo
canal e as notícias seguintes foram sobre Angola e Luaty Beirão, sobre a Rússia
de Vladimir Putin, e sobre a Síria de
Bashar al-Assad. Em nenhum dos casos se ouviu uma só palavra sobre
ditaduras, o que diz muito sobre o jornalista em questão, e sobre a sua
“imparcialidade”.
A liberdade de opinião merece o
meu maior respeito, mas em informação num canal público espera-se ouvir
notícias e não opiniões, a menos que isso seja bastante claro, o que não foi o
caso.
terça-feira, novembro 29, 2016
UMA PERGUNTA …
Foi-me enviada uma fotografia do
quarto onde D. Manuel II pernoitou imediatamente antes de se dirigir à Ericeira
para partir rumo ao exílio, e a pergunta que a acompanhava era: as paredes e
até o tecto dum palácio, como o de Mafra, estavam assim cobertas com tecidos,
normalmente, ou eram pintadas como as vemos agora?
Começo por esclarecer que o
Palácio de Mafra era uma das diversas residências de Verão, e ocasionalmente durante
os dias de caçadas recebia o rei e quem o acompanhava. Não sendo uma residência
permanente, era natural que quando o rei ali se propunha dirigir, as coisas nem
sempre estivessem em óptimas condições, e o recurso à cobertura das paredes com
panos ou tapetes era um expediente utilizado.
No século XVI, por exemplo, era
habitual verem-se tapeçarias a cobrir paredes, até porque ajudavam a tornar o
espaço mais agradável. Não devemos confundir a utilização de sedas cobrindo as
paredes, como se vê em alguns palácios (Queluz é um exemplo), porque nesse caso
trata-se de um adorno decorativo considerado de muito bom gosto.
Como adorno ou apenas como um
expediente de recurso, não era pouco habitual verem-se paredes e tectos
cobertos com tecidos ou tapeçarias, especialmente em residências reais
temporárias, mas não só.
domingo, novembro 27, 2016
MUSEUS - ENTRADAS GRÁTIS
Uma das alterações ao Orçamento
de Estado para 2017, aprovada nestes dias, foi a voltarem a ser gratuitas as
entradas nos museus nacionais aos domingos e feriados até às 14 horas, para
todos os residentes em Portugal, e foi interessante registar que votaram a
favor desta alteração todos os partidos, excepto o PS.
As notícias vindas a público na
comunicação social deixam ainda algumas dúvidas, não só porque dizem que esta
gratuitidade existiu até 2011, mas também porque acrescentam que são para
“todos os cidadãos que residam em território nacional”.
Convém esclarecer que até 2011
vigoravam as entradas gratuitas “para todos”, sem excepção, até às 14 horas,
aos domingos e feriados. É também de registar que a alteração feita a partir de
2011 se verificou com um executivo do PSD, em que na pasta da Cultura estava
Francisco José Viegas.
Para que conste, é difícil determinar
quem tem residência em território nacional, mas para os senhores deputados isso
não passa de um mero detalhe, que vai originar algumas reclamações e uma trocas
de palavras desagradáveis e desnecessárias nas bilheteiras dos museus.
2295
sexta-feira, novembro 25, 2016
O TRABALHO E O DINHEIRO
Uma das coisas que o tempo se
encarregou de me ensinar foi o facto de ninguém enriquecer apenas com os
proveitos do trabalho honrado. Já sei que me chamaram cínico, talvez porque
exista alguém que o conseguiu, mas se virem bem serão bem poucos, e encaixam perfeitamente
na classe das honrosas excepções.
É sabido que os portugueses têm
trabalhado cada vez mais horas, cada vez mais se acumulam funções, e cada vez
mais se penaliza a saúde e a família.
Os salários não esticam e cada
vez mais estão desadequados. Quem se pode admirar que existam cerca de metade
dos portugueses com falta de dinheiro para honrar os seus compromissos?
Quando falamos de riqueza
geralmente referimos o que consta das estatísticas, e portanto à actividade
legal e registada para efeitos fiscais, mas estamos a ignorar toda a economia
subterrânea, que tem uma grande expressão no nosso país, como é sabido.
A redistribuição da riqueza é mal
feita, apesar do que dizem os especialistas, e os políticos, e o resultado está
plasmado nos estudos mais actuais em que se constata que há cada vez mais
ricos, ao mesmo tempo que há mais gente em sérias dificuldades para levar uma
vida decente, mesmo tendo emprego e não tendo hábitos consumistas.
quarta-feira, novembro 23, 2016
MUSEUS E MONUMENTOS BATEM RECORDES DE VISITAS
Este ano de 2016 tem sido muito
bom em termos de turismo, e os museus e monumentos nacionais têm registado um
muito elevado número de visitantes, que em alguns casos são mesmo recordes
absolutos.
É preciso distinguir alguns
números, porque é diferente considerar locais onde as entradas são grátis, e
outros onde as entradas são pagas, ainda que em qualquer dos casos se
verifiquem aumentos substanciais.
O caso do Mosteiro dos Jerónimos,
que registou já o visitante 1 milhão, é de sublinhar, ainda que estejamos
prestes a atingir o limite da capacidade do mosteiro, pelo menos no período do
pico do Verão, o que já aconteceu também na Torre de Belém.
domingo, novembro 20, 2016
CURIOSAS MUDANÇAS
Quem visita nos nossos dias o Paço Real de Sintra, e passa à saída pelo Pátio Central, pode ver a Gruta dos Banhos, os seus azulejos e os tectos trabalhados, em gesso, mas não imaginará com toda a certeza que este espaço já esteve vedado, o que ainda pode ser verificado pelos pontos onde estavam seguras as portas (existem marcas visíveis nas cantarias), e pela foto abaixo, apesar do seu mau estado.
quinta-feira, novembro 17, 2016
quarta-feira, novembro 16, 2016
CULTURA -MAIS PROMESSAS
Não podia deixar passar
despercebido um anúncio da Direcção Geral do Património relativa à revisão dos
planos de segurança de 23 monumentos, porque já aqui falei da falta de
segurança dos funcionários e visitantes do nosso Património.
O anúncio feito no início do mês
por João Seabra Gomes, responsável pelo projecto; “estamos a preparar planos de
emergência actualizados para estes edifícios de acordo com as suas
características específicas, e o objectivo é concluir no início de Janeiro, e
depois iniciar a formação das respectivas equipas para lidar com as situações”,
já é uma boa notícia.
Consultando alguns amigos que
trabalham em museus e monumentos, inteiramente estatais, com gestão privada, ou
totalmente privados, pude concluir que não houve qualquer contacto com os
trabalhadores que estão no terreno diariamente, com o fim de se pronunciarem
sobre questões de segurança no âmbito da feitura dos planos de segurança, e não
tive conhecimento de nenhum serviço onde tenha existido, nos últimos 5 anos,
qualquer formação em situações de segurança, ou simulacros com entidades como
Bombeiros ou Protecção Civil.
A colaboração dos trabalhadores é
essencial, não pode ser tudo planeado em gabinetes, a formação é indispensável
e os simulacros devem ser periódicos e com a colaboração de entidades de
segurança da zona de implementação dos equipamentos culturais.
A segurança no trabalho nunca é demais, e os visitantes dos equipamentos culturais merecem o melhor. Uma falha grave neste campo seria prejudicial para o turismo e esse tem sido o sector que melhor tem conseguido resistir à crise económica.
segunda-feira, novembro 14, 2016
PATRONATO LUSO
Ferraz da Costa, ex-presidente da
CIP, deu uma entrevista ao DN em que desanca no governo, que como se sabe não é
do seu agrado, já que as suas preferências vão muito para a direita, mais
precisamente para o pensamento de Donald Trump, um guru da economia, muito
respeitador das suas obrigações enquanto patrão e contribuinte.
Este senhor que representou o
patronato português, defende que se deve baixar os custo do Estado para se
poder pagar menos imposto, mais objectivamente o IRC das empresas, à semelhança
do que prometeu Trump.
Um Estado mínimo era o sonho
deste tipo de empresários, já se sabe, e também se sabe que foi um defensor da
privatização de muitas empresas que eram detidas pelo Estado, e que agora estão
na mão de privados.
Nesta entrevista tive dificuldade
em entender o pensamento deste iluminado, porque ele não hesitou em falar do
peso excessivo da factura cobrada pela EDP, pela Galp, e pela PT, e essas são
empresas privadas.
O tal Estado de que se queixa
Ferraz da Costa, que detinha as empresas de energia e de telecomunicações, não
pode num mercado liberalizado, como ele defende, interferir nos preços, a menos
que queira arranjar novos encargos.
Quanto aos baixos salários a que
muitos portugueses se têm que agarrar por motivos de sobrevivência, também não
podem aumentar, porque muito patronato “amigo” do senhor Ferraz da Costa, se
opõe a essa medida, como já se viu com o caso do ordenado mínimo nacional para
2017.
Já sabemos bem qual é o
pensamento de Ferraz da Costa, e tudo passa pela desregulação das leis
laborais, e pelos baixos salários, um pouco mais de lei da selva, onde o
patronato dite as leis e o Estado tenha a seu cargo apenas a política
assistencialista, que tanto agrada aos detentores do capital.
sábado, novembro 12, 2016
A CULTURA E AS PROMESSAS
Em períodos de aperto do cinto, a
que muitos chamam crise económica, a Cultura, que já é um parente pobre da
política, é a primeira a sofrer cortes, já que é considerada por muitos
políticos. Incultos obviamente, um luxo dispensável.
Claro que na política há coisas
que não se dizem em público, porque perante testemunhas promete-se muito, mesmo
sabendo que pouco se realizará, porque não há milagres.
Há promessas para todos os
gostos, desde o restauro dos carrilhões de Mafra, que deviam estar operacionais
para o tricentenário, ou uma nova “caranguejola” (elevador) para permitir o
acesso ao monumento por parte das pessoas com mobilidade reduzida, que agora
foi prometida. Nova sinalética? Se for como a dos Coches, estamos falados...
No Museu dos Coches inaugurado em
2015, ainda não está implementado o plano museográfico, com os audiovisuais, e
as barreiras que delimitam o espaço de protecção das carruagens que também
ainda lá faltam hoje.
Não sei o que vai sair de novo
para os lados da Ajuda, e qual a condição em que será explorado o que se
construir, e também não sei se haverá vigilância electrónica no Museu de Arte
Antiga, ou se o número de vigilantes irá aumentar, cobrindo as saídas para
reforma e para outros ministérios do pessoal descontente.
Nada disto é novo, é apenas mais do mesmo...
*
quarta-feira, novembro 09, 2016
terça-feira, novembro 08, 2016
OPINIÕES SOBRE SALÁRIOS
É curioso ler os comentários e as
declarações das pessoas que na comunicação social falam sobre o aumento do
salário mínimo, que não hesitam em afirmar que os aumentos pedidos podem ser
prejudiciais para as empresas e para o emprego, e os argumentos de maior peso
são sempre o da baixa produtividade nacional e o fraco crescimento da economia.
A curiosidade maior é que, os
mesmo protagonistas que criticam o
aumento do salário mínimo, são os defensores dos altos salários dos administradores
da Caixa Geral de Depósitos, alegando neste caso que um bom banqueiro o merece.
Claro que podia exprimir a minha
opinião, mas um cartoon também serve.
domingo, novembro 06, 2016
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