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quinta-feira, junho 30, 2022

O PS DE ANTÓNIO COSTA

O caso do despacho sobre o novo aeroporto de Lisboa e da sua anulação, é um exemplo muito sugestivo do pensamento de António Costa e dos interesses da oposição.
 
Costa não quer assumir sozinho a decisão sobre o aeroporto, até porque a ANA/VINCI é que tem a última palavra sobre a sua construção. A decisão será sempre polémica por ser provisória (Montijo) e Alcochete é mais caro e demora mais tempo, embora mais indicado.
 
Para os partidos da direita a saída imediata de Pedro Nuno é agradável, pois significaria que no futuro o PS viraria mais à esquerda, o que lhes seria benéfico. Marcelo também ficaria agradado, pois Costa ficaria com o menino nas mãos (aeroporto, Tap e Transportes públicos), o que o vai desgastar muito.
 
Uma coisa é certa, com Pedro Nuno as coisas eram decididas de imediato (pelo menos o Montijo), com A. Costa as decisões vão derrapar pelo menos até ao Outono...   


 

quarta-feira, junho 15, 2022

CONJUNTURAL OU ESTRUTURAL

A falta de soluções para os problemas do país, que já vêem de longe, não se encontram porque os diversos governos, nunca mostraram verdadeiramente a vontade de actuar contra os interesses instalados.

Na saúde existiam dois interesses divergentes, o dos privados e os do Serviço Nacional de Saúde, e aí a fractura política foi e é evidente. Com a teoria de que os dois sectores podiam e deviam ser complementares, o investimento na Saúde foi sendo deixado para mais tarde, fazendo primeiro que os equipamentos não fossem substituídos segundo as necessidades, tornando-os obsoletos em muitos casos, e no campo dos recursos humanos o recurso ao trabalho extraordinário passou a ser uma situação normal, e não extraordinária. O trabalho extraordinário veio a ser a única maneira de se alcançarem rendimentos justos.

Podia falar doutros sectores do Estado onde isto também aconteceu, e onde por falta de recursos humanos e materiais se teve que recorrer ao sector privado, e para isso existem sempre verbas.

Uma maneira de nada fazer para encontrar soluções é considerar que os problemas são pontuais, e que se vai constituir um grupo de trabalho ou uma comissão para se encontrarem soluções. Os discursos começam a incluir as palavras “estrutural” e “conjuntural” a cada parágrafo, e encomendam-se estudos aqui e acolá. Tudo fica na mesma, os políticos passam do governo para as empresas, os membros das comissões passam a secretários de Estado, os técnicos que elaboram os estudos passam a ser os técnicos do regime e das televisões.

Enfim, isto é um problema estrutural de Portugal… viram como isto se pega!


 

domingo, maio 09, 2021

VACINA CONTRA A HIPOCRISIA

Há vacinas contra a Covid 19 que servem para uns e não servem para outros, ainda que as autoridades de saúde a nível mundial e europeu garantam que são absolutamente seguras, para todos, e que os extremamente raros casos de efeitos secundários graves são largamente compensados pelos benefícios das mesmas.

Esta realidade serve apenas para sustentar a minha opinião de que as restrições para determinados grupos etários é uma decisão de políticos, apoiados pelos “especialistas” do regime que foram sempre dizendo o que os políticos desejavam ouvir, e que já tinham dito tudo e o seu contrário.

Nunca fui um “negacionista”, como já me chamaram, já tomei dezenas de vacinas, e tomei recentemente a da AstraZeneca, esta imposta pelo Governo, que muito democraticamente não me deu hipótese de escolha, nem acesso livre a qualquer outra. Na minha opinião quem está em negação são as autoridades (portuguesas e europeias), pois o seu discurso sobre este assunto tem sido errático, e confuso.

No caso da AstraZeneca chegou-se mesmo ao extremo de se estar a inocular a primeira dose desta vacina a pessoas, que se sabia à partida que nunca teriam uma segunda dose da mesma porque a União Europeia não iria renovar o contrato de compra da mesma já a partir do mês de Junho.

As razões das mudanças de opinião, sobre as vacinas, sobretudo desta, não são claras. Podem existir razões económicas (que aconselham a sua utilização), razões políticas e até razões de ordem técnica e de saúde (a desaconselhar o seu uso). Tudo isto pode ser verdade, mas os cidadãos deviam ser devidamente informados.

Macro veio agora dar uma nova pista, ou talvez não, mas é cada vez mais, difícil acreditar nos nossos políticos e nos seus “especialistas”.

 


 

domingo, maio 02, 2021

A ESCRAVATURA E A INDIGNAÇÃO

Enquanto alguns de nós escolhem autoflagelar-se com o nosso passado, a exploração, o tráfico de pessoas e a escravatura moderna estão aí bem em frente dos nossos olhos, como ficou bem claro com os problemas em Odemira no final da semana passada.
 
Claro que os que levantaram objecções ao discurso de Marcelo, sobre a nossa História, agora nem sequer se pronunciam sobre estes aspectos, preferindo falar dos inconvenientes para os negócios, nos direitos dos moradores no complexo requisitado pelo Estado, e na inocência dos moradores da região.
 
Os mais desprotegidos não mereceram ser defendidos nem sequer pela Ordem dos Advogados, que nem deram pela sua infeliz situação, com a qual muitos ganham muito dinheiro.
 
 
 



 

segunda-feira, outubro 21, 2019

O PORTUGAL DE SUCESSO


No tempo de Cavaco Silva falava-se do Portugal de sucesso e dos empresários de sucesso, e viu-se o resultado disso quando os dinheiros de Bruxelas começaram a minguar. Nos novos tempos dos governos de António Costa temos uma nova era sem recessão e sem aperto do cinto, mas os rendimentos da maioria dos portugueses não recuperou ainda dos anos maus de 2008 a 2014.

Hoje temos um país envelhecido, com poucos estudos, com uma taxa de natalidade que nos coloca na cauda Europa, e ao mesmo tempo com uma disparidade de rendimentos entre os mais ricos e os mais pobres que coloca o país no fundo da tabela da Justiça Social.

Gastamos mais do rendimento das famílias em cuidados de saúde do que a maioria dos países europeus, em contraste com os baixos salários auferidos, e temos uma taxa negativa no que se refere a óbitos e nascimentos, o que diz muito sobre a falta de optimismo dos jovens quanto ao seu futuro.

Conheço bem o argumento da fraca produtividade, mas será que ainda há quem desconheça qual é a causa da baixa produtividade dos portugueses em Portugal? Porque será que noutras partes do mundo os trabalhadores portugueses são apreciados exactamente pela sua produtividade?

Uma classe de patrões gananciosos, de altas chefias que acham que todos os méritos são deles, de governantes que anseiam por altos cargos nas maiores empresas com salários pornográficos, deitam de rastos a economia de Portugal, mas há quem não queira ver, quem finja que não percebe, e os que andam alegremente enganados…



terça-feira, setembro 04, 2018

O AUMENTO DAS DESIGUALDADES

Continuo a achar estranho que os sindicatos, de todas as tendências, continuem a insistir em aumentos salariais baseados em percentagens, num país onde as desigualdades são gritantes e escandalosas.

Sei que não é popular insistir nesta ideia, mas será que os defensores da classe trabalhadora, e os partidos políticos deste país, que enchem a boca com o tema das desigualdades, nada tenham a dizer sobre os aumentos baseados em percentagens?


quarta-feira, agosto 29, 2018

A UNIÃO EUROPEIA EM DESAGREGAÇÃO


O falhanço da União Europeia no campo económico e no campo político está à vista de todos, e são os políticos os que menos parecem preocupados com os sinais que surgem um pouco por todo o lado.

A falta de solidariedade e de acção atempada quando a crise atingiu em cheio as economias mais fracas da União (Grécia, Portugal, Espanha, e Itália), foi gritante. Os “remédios” aplicados foram uma verdadeira punição, e apesar de parecer existir agora alguma bonança, a verdade é que continuam a existir problemas graves por resolver, quer do lado do investimento, quer do lado da dívida soberana.

Esta falta de solidariedade e de coesão, facilmente verificável quando dois ou três países acabam por determinar as políticas, transformando os restantes em meros espectadores, fomentaram o surgimento dos populistas que mascarados de nacionalistas, começam a proliferar em diversos países, por toda a Europa.

O problema do Brexit, e os nacionalismos ameaçam uma Europa onde pontuam os interesses económicos, e onde os políticos fingem não ver o que se passa na Itália, na Hungria e na Polónia, para nomear apenas alguns dos países que têm estado em foco nos últimos dias com atitudes que deviam envergonhar a Europa.



terça-feira, novembro 28, 2017

MAIS UMA LIÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL

O PS resolveu não aprovar uma contribuição a aplicar às empresas de energias renováveis, pelo que ouvimos, porque a sua aprovação num primeiro momento foi devida a um "erro de comunicação", e porque não é um governo refém de qualquer empresa como de qualquer partido" - e "por mais persuasivo ou loquaz que um ou outro queiram parecer."

Para as empresas de energias renováveis a decisão é justificada e justa, por causa dos contratos assinados por governos anteriores.

No final deste episódio os contribuintes ficam com mais para pagar, e ficam a saber que o Estado não pode rescindir, ou mesmo rasgar, os contratos com as grandes empresas, podendo apenas fazê-lo relativamente aos seus trabalhadores e aos contribuintes em geral.

sábado, outubro 28, 2017

A VERGONHA QUE ESTÃO A FAZER COM A ADSE

A ADSE foi criada para responder às necessidades dos funcionários públicos no que respeita a cuidados de saúde, sendo que neste momento para terem acesso à mesma (podem recusar este subsistema), eles têm que descontar 3,5% do seu salário, continuando apesar de tudo a descontar os mesmos 11% para a SS ou para a CGA, como todos os outros trabalhadores.

Com a intervenção da política e dos políticos, fizeram-se mexidas de fundo na ADSE, já com este governo, e o resultado é desastroso para os contribuintes e beneficiários deste subsistema de saúde.

Sabia-se que a intervenção da política só podia ser uma asneira, e os resultados começam a ficar à vista de todos, com aumentos previstos do preço das consultas em valores simplesmente escandalosos, com comparticipações dos beneficiários cada vez maiores, e isto num sistema que produz excedentes como se sabe.

A ADSE é a âncora dos operadores privados da saúde, e claramente foi capturada por esses mesmos operadores através das manobras políticas que resultaram das recentes alterações. O Estado lava as suas mãos e finge esquecer-se, convenientemente, das suas dívidas ao subsistema, para o qual devia contribuir como fazem os restantes patrões.


Bem sei que sempre se utilizou a inveja para descredibilizar a ADSE e os funcionários públicos, mas nada justifica que o Estado faça de conta que nada tem que ver com este escândalo, pois foi ele que forçou este caminho. 


segunda-feira, maio 22, 2017

A CRISE DEMOGRÁFICA PORTUGUESA

Anda por aí meio mundo a tentar resolver a “grave crise” demográfica em Portugal, e a solução dos “especialistas” e “investigadores” é tão simplesmente a de facilitar a imigração de 75 mil adultos anualmente.

Na realidade não creio que todos estes senhores estejam realmente preocupados com o problema da natalidade, porque a preocupação evidente é a da mão-de-obra, pois todos sabemos que se ela escassear sobem os salários.

A hipocrisia que junta sociólogos, demógrafos e economistas, ao serviço de grandes interesses económicos, que nem se debruçam sobre as causas do problema.


A crise demográfica tem como causas principais o desemprego, os baixos salários e a precariedade, todos o sabem, mas como essa situação interessa a muitos, há que fazer tudo para que se mantenha, e o recurso à imigração é o caminho óbvio.


segunda-feira, dezembro 05, 2016

UNS FOGEM AOS IMPOSTOS, OUTROS NEM PODEM FUGIR...

Enquanto os órgãos de comunicação social se debruçam sobre a possibilidade de Ronaldo e Mourinho terem fintado o fisco, aqui o José faz contas e mais contas, mas o ordenado não estica.

Quem tem muito dinheiro contrata especialistas em fintar legalmente o fisco, já quem tem pouco faz acordos com alguns patrões para declarações de vencimento inferiores à realidade, ganhando ambos com a marosca.

Nesta equação complicada os funcionários públicos serão os únicos que não têm qualquer hipótese de fugir ao fisco, mas quem é que está interessado nisso? Os funcionários públicos são uns privilegiados, diz-se, mas são aqueles que independentemente da sua vontade, não podem fugir à voracidade da máquina fiscal, e a comunicação social sabe-o, mas nunca fala disso...

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