Ferraz da Costa, ex-presidente da
CIP, deu uma entrevista ao DN em que desanca no governo, que como se sabe não é
do seu agrado, já que as suas preferências vão muito para a direita, mais
precisamente para o pensamento de Donald Trump, um guru da economia, muito
respeitador das suas obrigações enquanto patrão e contribuinte.
Este senhor que representou o
patronato português, defende que se deve baixar os custo do Estado para se
poder pagar menos imposto, mais objectivamente o IRC das empresas, à semelhança
do que prometeu Trump.
Um Estado mínimo era o sonho
deste tipo de empresários, já se sabe, e também se sabe que foi um defensor da
privatização de muitas empresas que eram detidas pelo Estado, e que agora estão
na mão de privados.
Nesta entrevista tive dificuldade
em entender o pensamento deste iluminado, porque ele não hesitou em falar do
peso excessivo da factura cobrada pela EDP, pela Galp, e pela PT, e essas são
empresas privadas.
O tal Estado de que se queixa
Ferraz da Costa, que detinha as empresas de energia e de telecomunicações, não
pode num mercado liberalizado, como ele defende, interferir nos preços, a menos
que queira arranjar novos encargos.
Quanto aos baixos salários a que
muitos portugueses se têm que agarrar por motivos de sobrevivência, também não
podem aumentar, porque muito patronato “amigo” do senhor Ferraz da Costa, se
opõe a essa medida, como já se viu com o caso do ordenado mínimo nacional para
2017.
Já sabemos bem qual é o
pensamento de Ferraz da Costa, e tudo passa pela desregulação das leis
laborais, e pelos baixos salários, um pouco mais de lei da selva, onde o
patronato dite as leis e o Estado tenha a seu cargo apenas a política
assistencialista, que tanto agrada aos detentores do capital.
Gostam mais de explorar do que competir.
ResponderEliminarLol
AnarKa
Gulosos é o que eles são, quase todos.
ResponderEliminarBjo da Sílvia