Numa altura em que o turismo está
numa fase de crescimento é lamentável que na Cultura não se esteja atento às
potencialidades dum monumento que poderia ter mais protagonismo na captação de
públicos, como acontece com o Palácio Nacional de Mafra.
Existem boas notícias com o
restauro da Sala de Audiências, resultado do mecenato da Fundação Millenium BCP
no valor de 50 mil euros, que vão resultar na recuperação das pinturas murais
desta sala.
As más notícias são mais,
infelizmente, porque o restauro dos carrilhões ainda não tem datas para
acontecer, as visitas aos terraços também não constam das opções de visitas, as
visitas que já existiram à Cozinha do Convento, à Sala do Capítulo e a outras
zonas que estiveram ao alcance dos visitantes continuam a não existir, apesar
da procura.
Também é estranho que o Museu de
Escultura Comparada, inaugurado na década de 60 do século passado, mas
permanentemente fechado ao público, continue sem poder ser uma opção dos
visitantes.
Este monumento sofre bastante pela partilha de diferentes inquilinos, Câmara Municipal de Mafra, Escola de Armas e Direcção Geral do Património Cultural, e outras que eu nem sei se podem condicionar um melhor funcionamento.
Desde a direcção de Ayres de
Carvalho, o Palácio de Mafra tem sido difícil de gerir pela distância que
sempre teve dos centros de decisão, primeiro os Monumentos Nacionais e depois o
Ministério da Cultura ou os seus substitutos. Pode ser que agora quando
comemoram os 300 anos do lançamento da 1ª pedra deste monumento, as coisas
comecem a mudar.