Segundo o ministro Centeno neste Orçamento de Estado o governo teve que tomar opções, e fez escolhas políticas, o que deixa a justiça social em algum lado, que não dentro das opções tomadas.
Falando apenas da função pública e da continuação do congelamento salarial, bem como das carreiras, a par do aumento pífio do subsídio de alimentação, que nem sequer cobre a inflação esperada para 2016, temos um grande problema que em nada diferencia este governo do anterior.
É fácil colocar uma pergunta embaraçosa ao 1º ministro e aos líderes da esquerda que suporta o governo: visto que o último aumento salarial foi em 2009, e que até hoje os funcionários públicos já perderam 10% dos seus salários, exactamente por opções políticas, quando o executivo ponderar repor alguma justiça nos seus salários, em que percentagem ponderam aumentar quem foi castigado durante quase uma década?
Não há uma resposta justa que qualquer executivo possa dar, que seja aceite pelos restantes cidadãos, exactamente porque a corda foi demasiado esticada, durante demasiado tempo, e isso foi uma opção política, como diz Centeno, mas profundamente errada, por ser discriminatória.
Basta recordar o que se passou com o governo de Sócrates, para se ter uma ideia do que mais cedo ou mais tarde terá que suceder, se a geringonça quiser ser alguma vez corajosa e justa com os funcionários públicos.
Será que os culpados da crise são os funcionários públicos, ou serão os políticos que auferem hoje chorudas pensões que vão ser aumentadas? Os bancos faliram por causa da função pública? Direita e esquerda deviam ter vergonha, uns porque são sempre contra o público, outros porque sendo a favor do público não têm coragem para fazer justiça.
ResponderEliminarBjo da Sílvia
O governo prefere aumentar as reformas de mil, cinco ou dez mil euros e deixa na mesma o ordenado de quem ganha seiscentos euros. Parece-me justo. Nem eu esperava outra coisa de um governo de esquerda. Ou de malucos, sei lá.
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