Os taxistas compraram uma guerra
que não podem ganhar, não só porque não conseguiram convencer a opinião
pública, mas também porque se comportaram muito mal durante o protesto.
A UBER, que é a entidade mais
contestada, não passa de uma plataforma tecnológica que proporciona serviços
alternativos de transporte de passageiros, mas os verdadeiros prestadores de
serviços são os condutores que fazem os transportes, e será que o Estado
consegue fiscalizar todos os pagamentos efectuados na plataforma em Portugal? E
saberá quanto recebeu cada prestador de serviços?
Estas plataformas subsistem
porque há uma grande taxa de desemprego, e porque o mercado de trabalho em
Portugal está desregulado, tornando-se fácil o recrutamento e difícil o
controlo das receitas geradas pelo negócio.
Os diversos sectores dos serviços
estão vulneráveis a plataformas informáticas que proporcionem entregas ao
domicílio ou pequenos serviços de apoio ou reparações, que até já existem em
pequena escala e proporcionados por grandes empresas fornecedoras de bens ou
pequenas empresas de serviços.
Se o desemprego proporciona o
surgimento da “uberização” da economia, e a desregulação do trabalho resulta na
exploração do factor trabalho e na perda de receitas pela dificuldade em em
fiscalizar todos os intervenientes neste tipo de negócios.
Não se trata portanto da
inevitabilidade do progresso e da modernidade, mas sim da incompetência dos
políticos…
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