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sábado, outubro 01, 2016

SOU DESALINHADO EM MATÉRIA DE AUMENTOS



Há já diversos anos que me bato contra a política de aumentos de salários em percentagem, porque acho que é um método injusto e até imoral, num país em que as desigualdades são gritantes.

Ouvir sindicatos, organizações patronais, partidos e governos discutirem mais ponto ou menos ponto percentual é constrangedor.

Se todas as organizações envolvidas na Concertação Social tivessem em atenção as desigualdades que já existem, e os montantes totais de qualquer aumento percentual, veriam que aumentos de valor iguais teriam menor impacto financeiro, resultariam em mais trabalhadores motivados e não haveria nenhum aumento das desigualdades sociais.

Já me chamaram comunista por advogar este tipo de solução em tempos de crise, e aumentos percentuais diferenciados, maiores na base e menores nas posições mais altas, em situações normais, mas como se percebe, estou “quase” sozinho nesta posição, que até é socialmente e economicamente mais racional.  


Vislumbre By Palaciano*

domingo, março 07, 2010

ALINHADOS E DESBOCADOS

Os portugueses desconfiam cada vez mais dos políticos e temem que a Justiça se manifeste inoperante perante os crimes de colarinho branco e de tráfico de influências, seja por falta de meios seja por estarem manietados por má legislação. Este panorama pouco animador tem sido adensado pelos casos que têm vindo a público, envolvendo figuras públicas e suspeitas de favorecimento e condicionamento por parte de políticos e ex-políticos.

Existem diferentes opiniões sobre estas ameaças, o que para alguns significa que existe liberdade de expressão e tolerância perante a diferença de opiniões, mas será mesmo assim?

Reparei, por exemplo, que Miguel Sousa Tavares ficou agastado por o terem acusado de, por ser amigo de José Sócrates, ter tido posturas bem diferentes ao entrevistar o 1º ministro e depois Gonçalo Amaral. Não percebi a sua indignação, muito menos a falta de educação, porque a sua postura foi muito diferente nas duas entrevistas, e a sua amizade com José Sócrates é pública e não foi negada.

Numa entrevista o entrevistador tem o papel de questionar e não de dar, ou deixar implícitas, as suas opiniões, respeitando assim o entrevistado que deve expressar livremente as suas ideias e opiniões. Claro que também haverá quem tenha outro entendimento, mas os casos recentes do jornal de sexta (da TVI) e de Crespo (no JN), deixam alguns opinadores em má situação.

Outra opinião controversa é a de Marinho Pinto que acusa o poder judicial de estar «empenhado em derrubar o primeiro-ministro». Confrontado sobre a gravidade da sua afirmação, acabou por dizer que não generalizava, mas que «uma grande parte deles tem uma agenda política». Acrescenta ainda que «a carne de que eles são feitos não é diferente da da generalidade dos outros cidadãos.».

Bem me parecia que o senhor bastonário reconhecia que «que todos nós temos paixões políticas», porque nós já tínhamos reparado que é um defensor acérrimo de José Sócrates, o que é um direito que lhe assiste.

Será que o direito a ter opinião neste país é limitado? Parece que alguns pensam que sim, já que os outros “que se lixem” pois são “cobardes”, ou então “têm uma agenda política”, sempre que expressem opiniões contrárias às suas.



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