terça-feira, novembro 27, 2018

ROQUE GAMEIRO

Roque Gameiro foi um pintor e desenhador português, especializado na arte da aguarela... mais

A partida de Vasco da Gama para a Índia em 1497

 A chegada de Vasco da Gama a Calecute em 1498

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Algumas imagens da autoria de Roque Gameiro foram utilizadas para ilustrar romances, como estas duas expostas abaixo, retiradas duma revista da época.

domingo, novembro 25, 2018

CURIOSIDADES

Têm a certeza que FIAT significa exactamente "Fabbrica Italiana Automobili Torino", ou "faça-se" em latim, como nos diz a Wikipédia?

Não estejam tão seguros porque parece que alguém se adiantou, como pode constatar nas fotos abaixo...
 

sexta-feira, novembro 23, 2018

PORTUGAL VERSUS CHINA

Por vezes é curioso ver e ouvir o que dizem os nossos empresários, porque isso diz muito sobre a classe empresarial que temos neste pobre país.

O dono da Colunex, Eugénio Santos, afirmou ao Jornal de Negócios: “Andamos embebedados com esta coisa de sermos um país atractivo. Portugal é atractivo porque paga salários de terceiro mundo”. Mais afirmou ainda que na China há costureiras a ganhar mais 30% a 40% mais do que as portuguesas.

Os seus colegas da área dos têxteis, vieram logo dizer que em Portugal as costureiras ganham mais do que na China, mas não acrescentaram em que zonas da China, nem que produtos essas costureiras produzem. Só podemos comparar o que é comparável.

Eugénio Santos denunciou apenas uma parte do problema, porque além dos baixos salários que se praticam em Portugal, temos também muito maus empresários, além de ser um hábito manipularem-se os números para se pagar menos impostos, o que acaba por desvirtuar todos os dados de produtividade que constam das estatísticas oficiais.

Portugal no seu pior...


quarta-feira, novembro 21, 2018

A NATUREZA

A sabedoria da natureza é tal que não produz nada de supérfluo ou inútil.

Nicolau Copérnico

Ramagem 

segunda-feira, novembro 19, 2018

MOTIVOS DE REVOLTA


Depois de uns dias sem se ver ou ouvir uma única notícia sobre a revolta dos franceses perante o aumento dos impostos sobre os combustíveis, eis que se começa a falar do assunto apesar do episódio do poeta amante de touros, das divergências de opinião do governo e da bancada do seu próprio partido, e das greves na justiça.

Terão os portugueses razões para estarem ainda mais revoltados que os franceses? Claro que têm, mas nem sequer estavam informados sobre o que se passava em França, não se percebe bem porquê.

Todos sabem que os portugueses têm salários mais baixos do que os franceses, começando desde logo pelo salário mínimo nacional, mas nem todos sabiam que pagamos a gasolina mais cara do que os gauleses, e os espanhóis, e o mesmo acontece com o gás, especialmente o de bilha, que tem quase o dobro do preço que se pratica para lá da fronteira.

O Governo diz que não tem dinheiro para dar aumentos superiores a 5 euros aos seus funcionários, mas cobra impostos nos combustíveis, superiores aos da maioria dos países europeus. Será que é para investir na saúde, ou na educação? Não, porque esses sectores estão a sofrer com a falta de investimento.

Pagamos como se fossemos ricos, mas temos salários miseráveis, senhor António Costa e senhores dirigentes dos restantes partidos. Devemos revoltar-nos? Evidentemente que sim!



sábado, novembro 17, 2018

COMBUSTÍVEIS E COLETES AMARELOS


A comunicação social portuguesa tem ignorado a contestação existente em França ao aumento previsto para os combustíveis, em França, por via de impostos, e só hoje se começou a falar do caso, talvez porque já há uma vítima mortal.

É curioso que esta contestação que existe um pouco por toda a França, e que já dura há vários dias, seja desprezada dando-se grande importância ao caso de Alcochete, à polémica do IVA das touradas e outros assuntos que interessam a alguns mas que certamente não interessam à comunidade em geral.

Outra perplexidade é que mesmo ao noticiar as manifestações dos “coletes amarelos”, não se esclareceu o público sobre as razões da contestação, sobre o preço actual dos combustíveis em França, limitando-se a transmitir as razões do governo francês.

São opções editoriais, certamente, mas permitam-me que estranhe.



quinta-feira, novembro 15, 2018

MUSEUS E VIGILANTES

Falando de recursos humanos, um dos maiores problemas dos museus, palácios e monumentos dependentes da DGPC é sem dúvida a falta de pessoal de vigilância, que afinal são os profissionais que asseguram a abertura dos serviços.

Nos últimos dias foi notícia a entrada em funcionamento de máquinas automáticas de venda de ingressos, que entraram precisamente hoje em funcionamento, para o Mosteiro dos Jerónimos e para o Museu de Arqueologia e que se vão estender a outros monumentos muito em breve.

Entre outras vantagens citadas pelos responsáveis estará a redução de filas de espera, o que está por comprovar, e também uma melhor gestão dos recursos humanos, ao libertar funcionários das bilheteiras para outras funções.

No que diz respeito a uma melhor gestão dos recursos humanos libertar um ou dois trabalhadores para outras funções pode parecer um avanço, mas há quem o considere apenas um pequeno remendo, pois muito mais se podia fazer.

Numa pequena pesquisa feita há poucos meses, e com o auxílio dos mapas de pessoal da DGPC, e perguntando discretamente quantos vigilantes tinham alguns serviços, chegou-se à conclusão que cerca de 25% dos Assistentes Técnicos e Assistentes Operacionais admitidos para funções de vigilância, estão a desempenhar outras funções, tão diversas como a de telefonista, secretárias de direcção, serviços educativos, e outras, com o consentimento dos directores.

Com as dificuldades conhecidas para a admissão e fixação de profissionais nas funções de vigilância, não sei se a gestão de recursos humanos é a mais correcta, pois todos os trabalhadores que são desviados das suas funções de vigilância para outras, fazem imensa falta e beneficiam de um horário muito mais favorável, com o descanso aos sábados, domingos e feriados, auferindo salários absolutamente iguais aos que auferem os que trabalham nesses dias, e que são sobrecarregados pela diminuição de efectivos na função de vigilância.


Será que a senhora directora-geral da DGPC sabe disto? E a senhora ministra da Cultura?


terça-feira, novembro 13, 2018

JULGAR A HISTÓRIA


Temos constatado cada vez mais, que há quem queira fazer um ajuste de contas com o passado, usando para isso critérios do presente, ainda que isso vá contra tudo o que se aprende nos compêndios e na vida.

Falar das descobertas de rotas marítimas e dos seus autores, é politicamente incorrecto. Os grandes conquistadores são hoje uns verdadeiros demónios, e os impérios são encarados como aberrações civilizacionais.

Sempre me ensinaram que o homem é um produto do seu tempo, e do seu meio, e que o conhecimento da História é importante, para que todos possamos aprender com os erros do passado, mas há quem a pretenda reescrever, se possível omitindo alguns factos ou personagens, justificando os seus intentos com juízos baseados no pensamento actual. 

A verdade histórica é sempre desejável, já a omissão de factos e de personagens por questões morais, é lamentável.



sexta-feira, novembro 09, 2018

AS VIRGENS OFENDIDAS

A senhora deputada Emília Cerqueira disse em conferência de imprensa que “são todos umas virgens ofendidas” (por falarem do caso), depois de revelar que “inadvertidamente” tinha registado a presença do deputado José Silvano, ao ter usado a password do mesmo.

Não sei se a senhora deputada é ingénua ao ponto de julgar normal que nas empresas é prática corrente a partilha de passwords, pessoais e intransmissíveis, que por responsabilizarem os seus proprietários, são obrigatoriamente trocadas depois de algum tempo de uso, por questões de segurança. Não é normal, nem para mim utilizador, nem para qualquer administrador de rede.

Dizer que a partilha de passwords é comum no Parlamento, como se infere das suas declarações, deixa qualquer um preocupado, já que todos sabemos que os deputados têm acesso a informação que devia ser sigilosa, e que pelos vistos esse sigilo está seriamente comprometido com estas práticas.

Também fiquei preocupado com uma afirmação anterior de outro deputado que insinuou que como não existe qualquer consequência prevista para deputados que incorram em incidentes desta natureza, não podiam ser accionados outros procedimentos contra o deputado José Silvano, e depreendo que contra quem partilha a sua password.

Qualquer funcionário público que incorresse neste “pecadilho”, e fosse apanhado, seria sujeito a um processo disciplinar e seria certamente punido, e existem exemplos bem recentes.  


quarta-feira, novembro 07, 2018

PALAVRAS E TOUROS

Afirmar que se não gosta de touradas, e que elas não passam dum espectáculo bárbaro, não é bem aceite por muitos, que dizem que faz parte da sua cultura, , sem nunca reconhecer o sofrimento que é infligido aos touros.

Defender cães, gatos, e outros animais de companhia, é aceite, já defender os touros, ou as lebres, não parece ser aceitável, por alguns.

Não sei se foi por ter sido uma ministra a anunciar que os IVA das touradas não ia baixar para os 6%, ou por falar em civilização, que surgiram as notícias de contestação, mas até o poeta de serviço do PS, Manuel Alegre, decidiu escrever uma carta aberta a António Costa, como se estivesse em causa a liberdade de quem gosta de touradas e de caça.

Não vale a pena tão inflamadas palavras, porque a ministra apenas falou do IVA dos espectáculos taurinos, e não me consta que no Orçamento de Estado esteja inscrito alguma proibição desse tipo de espectáculos, que acabarão naturalmente num futuro próximo, como afirma o colega de Manuel Alegre, Ascenso Simões, num artigo no mesmo jornal e no mesmo dia. 


sábado, novembro 03, 2018

PATRIMÓNIO E MAUS COMPORTAMENTOS

Há coisas que nos entristecem, e nada mais triste para quem trabalha no Património há mais de três décadas, do que ver jovens a comportarem-se como perfeitos ignorantes num monumento.

Hoje repreendi um jovem de cerca de 30 anos por ter ultrapassado o espaço delimitado por cordas, e o jovem atirou prontamente com  a frase "eu é que lhe pago o salário" e que por isso não o devia repreender, porque ele tinha pago a sua entrada e por isso tinha os seus direitos.

Já não tenho idade para aturar tanta ignorância, nem acredito que se consigo suprir a falta de educação de jovens como este de que falo, porque tudo falhou até aqui, pelo menos com este indivíduo, ao qual faltou uma educação familiar adequada, e uma formação académica que foi insuficiente para colmatar as faltas anteriores.

Creio que houve uma geração que não soube dizer NÃO quando era necessário, e de incutir o respeito pelos outros. O jovem é mais um boçal, mas talvez a culpa não seja apenas sua. 



quinta-feira, novembro 01, 2018

TOURADAS E PESSOAS CIVILIZADAS

Eu não sou adepto de touradas, acho que é um espectáculo deprimente, mas gosto muito de cinema, e por isso mesmo acho que é injusto comparar o cinema à tourada, que é o que acontece com a revisão do IVA para os espectáculos culturais.

Não vou entrar em discussões como os adeptos das touradas, mas devo dizer (civilizadamente) que não gostei de ter o mesmo tratamento ao nível de taxa do IRS, senhora ministra da Cultura.