Há coisas que nos entristecem, e nada mais triste para quem trabalha no Património há mais de três décadas, do que ver jovens a comportarem-se como perfeitos ignorantes num monumento.
Hoje repreendi um jovem de cerca de 30 anos por ter ultrapassado o espaço delimitado por cordas, e o jovem atirou prontamente com a frase "eu é que lhe pago o salário" e que por isso não o devia repreender, porque ele tinha pago a sua entrada e por isso tinha os seus direitos.
Já não tenho idade para aturar tanta ignorância, nem acredito que se consigo suprir a falta de educação de jovens como este de que falo, porque tudo falhou até aqui, pelo menos com este indivíduo, ao qual faltou uma educação familiar adequada, e uma formação académica que foi insuficiente para colmatar as faltas anteriores.
Creio que houve uma geração que não soube dizer NÃO quando era necessário, e de incutir o respeito pelos outros. O jovem é mais um boçal, mas talvez a culpa não seja apenas sua.
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