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quarta-feira, março 10, 2021

A VACINA COMO ARMA POLÍTICA

A ciência sempre foi uma arma de dois gumes para a humanidade, pois se por um lado contribui para o progresso e bem-estar, por outro, quando mal usada, pode levar à desigualdade e até à desgraça.

 Podia trazer à baila AlfredNobel e a dinamite, mas existem muitos outros exemplos de cientistas e descobertas que tanto podiam ser utilizadas para o bem como para o mal, e esta diferença foi sempre motivada pela ganância de riqueza ou por motivos políticos.

As vacinas são por definição produtos que servem para nos imunizar contra uma doença, mas são também um negócio muito lucrativo, que também pode ser usado com fins políticos, como aconteceu e está a acontecer agora com a vacina para a COVID-19.

No campo dos negócios veja-se bem o poder das grandes farmacêuticas, que mesmo com a falta de produto que preocupa os governos de boa parte do mundo, ainda est5ão protegidas por patentes, apesar de estarem a morrer milhões de pessoas.

Na política temos a rivalidade latente entre as potências dominantes, com a China, a Rússia e o chamado mundo ocidental a protegerem o que existe nos seus blocos, e a quase proibirem a importação de vacinas de outrem, sem qualquer motivo científico que o justifique.

Tudo isto é em termos globais, mas a nível interno, as vacinas também dependem da vontade política, e a sua administração é determinada consoante as conveniências ou influências dominantes. Os casos vão-se sucedendo, primeiro com os abusos de pequenos poderes que deles abusaram descaradamente, depois dos políticos, que se consideraram indispensáveis (todos eles), como se não vivêssemos numa Democracia onde os mandatos são por tempo definido, e agora temos os professores a passarem para o grupo mais prioritário, apesar de um largo conjunto de investigações que "mostrou que as escolas não são contextos relevantes de infecção e, durante o primeiro período, as medidas sanitárias em vigor nas escolas provaram que o curso da epidemia foi independente das escolas estarem abertas".

Os políticos tentam satisfazer as suas clientelas, e aproveitam-se das situações para o fazer, mas os cidadãos não estão cegos e percebem quando em vez da Justiça prevalecem os interesses, por muito disfarçados que estejam.


 

sexta-feira, novembro 23, 2018

PORTUGAL VERSUS CHINA

Por vezes é curioso ver e ouvir o que dizem os nossos empresários, porque isso diz muito sobre a classe empresarial que temos neste pobre país.

O dono da Colunex, Eugénio Santos, afirmou ao Jornal de Negócios: “Andamos embebedados com esta coisa de sermos um país atractivo. Portugal é atractivo porque paga salários de terceiro mundo”. Mais afirmou ainda que na China há costureiras a ganhar mais 30% a 40% mais do que as portuguesas.

Os seus colegas da área dos têxteis, vieram logo dizer que em Portugal as costureiras ganham mais do que na China, mas não acrescentaram em que zonas da China, nem que produtos essas costureiras produzem. Só podemos comparar o que é comparável.

Eugénio Santos denunciou apenas uma parte do problema, porque além dos baixos salários que se praticam em Portugal, temos também muito maus empresários, além de ser um hábito manipularem-se os números para se pagar menos impostos, o que acaba por desvirtuar todos os dados de produtividade que constam das estatísticas oficiais.

Portugal no seu pior...


sábado, outubro 28, 2017

A VERGONHA QUE ESTÃO A FAZER COM A ADSE

A ADSE foi criada para responder às necessidades dos funcionários públicos no que respeita a cuidados de saúde, sendo que neste momento para terem acesso à mesma (podem recusar este subsistema), eles têm que descontar 3,5% do seu salário, continuando apesar de tudo a descontar os mesmos 11% para a SS ou para a CGA, como todos os outros trabalhadores.

Com a intervenção da política e dos políticos, fizeram-se mexidas de fundo na ADSE, já com este governo, e o resultado é desastroso para os contribuintes e beneficiários deste subsistema de saúde.

Sabia-se que a intervenção da política só podia ser uma asneira, e os resultados começam a ficar à vista de todos, com aumentos previstos do preço das consultas em valores simplesmente escandalosos, com comparticipações dos beneficiários cada vez maiores, e isto num sistema que produz excedentes como se sabe.

A ADSE é a âncora dos operadores privados da saúde, e claramente foi capturada por esses mesmos operadores através das manobras políticas que resultaram das recentes alterações. O Estado lava as suas mãos e finge esquecer-se, convenientemente, das suas dívidas ao subsistema, para o qual devia contribuir como fazem os restantes patrões.


Bem sei que sempre se utilizou a inveja para descredibilizar a ADSE e os funcionários públicos, mas nada justifica que o Estado faça de conta que nada tem que ver com este escândalo, pois foi ele que forçou este caminho. 


quarta-feira, setembro 09, 2015

CAMPANHA, SONDAGENS E COMENTADORES

O “jogo político” devia reger-se pelas normas de fair play, mas infelizmente alguém se esqueceu de ensinar isso a muitos indivíduos que por lá andam.

Esta campanha para as legislativas tem sido precedida por alguns factos curiosos, como o da saída de Sócrates da prisão de Évora há poucos dias, ou a saída duma sondagem, a primeira em que a coligação teria passado o PS nas sondagens, no dia em que terá lugar o único debate entre os candidatos das duas forças.

Este post foi escrito antes do debate entre Passos e Costa, que será comentado largamente durante esta noite, e até aí nada de estranho. O que é estranho é que em duas televisões generalistas privadas, os comentadores habituais sejam ambos favoráveis à coligação PSD/CDS, e que pelo menos um deles nem se exima de fazer campanha, mantendo o seu comentário na estação a que está ligado, mesmo durante este período.

Há quem acredite em isenção, e outros defendem o direito de uma estação privada ter os comentadores que quiser, mas as duas coisas são contraditórias, como é fácil de ver.


Termino com uma informação útil para os meus eventuais leitores: existem mais partidos a concorrer a estas eleições, por isso há mais escolha do que aquela que as televisões e os comentadores parecem indicar, e cabe aos eleitores, e apenas a eles, escolher em quem querem votar!

Lembram-se do que nos prometeram antes das últimas eleições?

sexta-feira, setembro 04, 2015

TANTA HIPOCRISIA



O problema dos refugiados tem causado muitas paixões, e em boa parte vemos muita hipocrisia à mistura, bem como muitos interesses particulares a virem à tona.

É fácil usar imagens chocantes para puxar ao sentimento das pessoas, porque tudo é dramático na situação dos refugiados, desde a miséria, ao desespero, à tragédia das mortes, passando pelos que se aproveitam da desgraça desta gente, mas há demasiadas questões que nunca são abordadas.

Comecemos pela causa directa desta tragédia imensa, que foi a ingerência nos assuntos internos dos países de origem dos refugiados. Onde estão os responsáveis? Quem são os países que lucram com a exploração das suas matérias primas, e com a venda de armamento para essa zona do globo?

O que faz correr os países ricos europeus, que agora pedem a solidariedade dos parceiros para uma melhor “distribuição do fardo” que são os milhares de refugiados?

Quando estes senhores que se mostraram sempre tão implacáveis com os países que atravessavam dificuldades, e com os seus povos, castigando-os por não serem competitivos, onde estava a “solidariedade” que agora reclamam, ao verem que os refugiados, e muito legitimamente, escolhem os países mais ricos e com melhores níveis de vida, e não os mais pobres e endividados, para refazer as suas vidas?

Respeitar os mais fracos e mais desprotegidos é um dever de todo o ser humano, mas não apenas quando isso nos interessa por motivos económicos ou políticos.  

Foto Manipulada



quarta-feira, janeiro 21, 2015

VERDADE OU MENTIRA?

Este governo inculcou nas mentes de muitos portugueses a ideia de que os funcionários públicos não podiam ser despedidos, e que portanto tinham um emprego para a vida.

A verdade é bem diversa, porque naturalmente existem mecanismos que sempre puderam conduzir funcionários públicos ao desemprego, sendo que são necessários motivos válidos para o despedimento com justa causa.

O que se começou a discutir foi o despedimento sem causa justa, embora nunca tenham sido explícitos, e mesmo assim a mentira era mais fácil do que a verdade, e foram muitos os responsáveis políticos que afirmaram que “absolutamente ninguém será despedido”.

Agora veio a ministra das Finanças dizer que alguns trabalhadores em requalificação arriscam o despedimento.

O despedimento é discutível, mas o facto de ao fim de um ano sem colocação se passar a receber apenas 40% do salário, é meio caminho andado para a saída por falta de meios de subsistência.


Quando a ministra disse “não vale a pena fazer mistificações” os portugueses ficaram a pensar se estava a falar para os colegas de governo e para os deputados da maioria, ou estava a dirigir-se aos portugueses que tinham ouvido o contrário de outras bocas…


terça-feira, janeiro 20, 2015

NÚMEROS MARADOS

Um dos nossos jornais económicos decidiu fazer comparações entre os ordenados dos deputados e dos cidadãos do país.

Que os ordenados dos eurodeputados portugueses são pornograficamente maiores relativamente aos ordenados dos cidadãos portugueses, é uma verdade e todos o sabemos, mas depois quando vemos os números constantes da infografia que acompanha a notícia, ficamos com dúvidas quanto a alguns números.

Quando consultei o rendimento médio mensal de um cidadão antes de impostos deparei-me com um número que é, pelo menos, o dobro do que se aufere por cá: 1505€ contra 750€.

Claro que com a correcção deste número temos que um deputado europeu ganha 23 vezes mais do que o trabalhador médio, e um deputado da Assembleia da República ganha 7,5 vezes mais do que o salário médio em Portugal.


Usando este valor que é o razoável em termos de média nacional ficamos a saber que estamos mesmo na cauda da Europa.


terça-feira, dezembro 10, 2013

NÚMEROS E PROPAGANDA



Os números das previsões e das estatísticas podem sempre ter leituras múltiplas, e os nossos políticos já demonstraram ser exímios a fazer propaganda com números de previsões ao invés de se cingirem à realidade.

Os portugueses estão completamente nas lonas, pelo menos a grande maioria, e mesmo assim há uns quantos iluminados, ou deslumbrados, que vêem virtualidades onde elas não existem, e paraísos quando todos se sentem à beira do inferno.

Hoje foi a vez de ouvir uns quantos cantarem hossanas baseados em previsões do Banco de Portugal. Num dos títulos lia-se que a “Economia cresce 0,8% em 2014 e acima de 1% em 2015”, e logo mais abaixo está um gráfico que mostra que se prevê que a economia venha a descer 1,5% este ano.

Outro título dizia que o “consumo das famílias e investimento voltam a terreno positivo em 2014”, e o gráfico anexo diz que a previsão para este ano é de descida de 2% do PIB. Com o investimento é o mesmo, com o título a dizer que o “investimento acelera em 2014”, com um gráfico a mostrar que a previsão para 2013 é de descida de 8,4%.

Com o que se conhece do Orçamento de Estado para 2014, o que é que se pode dizer de quem faz previsões destas?    



terça-feira, fevereiro 14, 2012

FOMENTAR A DIVISÃO

Já se assistiu em Portugal a manipulações grosseiras da opinião pública, fomentadas por indivíduos e até por governantes, visando dividir a sociedade portuguesa.

Nos últimos anos foi notório o ataque cerrado aos funcionários públicos, transformando-os em privilegiados perante os restantes portugueses, tentando-se assim distrair as atenções dos erros monumentais dos governantes.

Sempre que existem greves lá vem o governo e a comunicação social falar dos inconvenientes causados aos restantes trabalhadores, e uns quantos mais “espertos” a dizer que razões para reclamar têm é os desempregados.

Não nos podemos esquecer que a comunicação social ao dar eco a estas coisas, ou anda distraída ou então coopera com quem fomenta a divisão dos portugueses, defendendo interesses inconfessados.

Ao ler um título do Dinheiro Vivo, “Privados vão pagar até mais 2% de IRS todos os meses”, fiquei com a impressão de que estava perante mais uma ofensiva contra os funcionários públicos, mas lendo a notícia lá estava a explicação lógica dessa diferença entre público e privado, que se prende com os cortes dos subsídios de férias e de Natal.

Devo dizer que o título é infeliz, e que pode induzir muita gente em erro, mas não posso afirmar que seja intencional. Fiquei com a pulga atrás da orelha…

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Humor - Renovação