Falando de recursos humanos, um
dos maiores problemas dos museus, palácios e monumentos dependentes da DGPC é
sem dúvida a falta de pessoal de vigilância, que afinal são os profissionais
que asseguram a abertura dos serviços.
Nos últimos dias foi notícia a
entrada em funcionamento de máquinas automáticas de venda de ingressos, que
entraram precisamente hoje em funcionamento, para o Mosteiro dos Jerónimos e
para o Museu de Arqueologia e que se vão estender a outros monumentos muito em
breve.
Entre outras vantagens citadas
pelos responsáveis estará a redução de filas de espera, o que está por
comprovar, e também uma melhor gestão dos recursos humanos, ao libertar
funcionários das bilheteiras para outras funções.
No que diz respeito a uma melhor
gestão dos recursos humanos libertar um ou dois trabalhadores para outras
funções pode parecer um avanço, mas há quem o considere apenas um pequeno
remendo, pois muito mais se podia fazer.
Numa pequena pesquisa feita há
poucos meses, e com o auxílio dos mapas de pessoal da DGPC, e perguntando
discretamente quantos vigilantes tinham alguns serviços, chegou-se à conclusão
que cerca de 25% dos Assistentes Técnicos e Assistentes Operacionais admitidos
para funções de vigilância, estão a desempenhar outras funções, tão diversas
como a de telefonista, secretárias de direcção, serviços educativos, e outras,
com o consentimento dos directores.
Com as dificuldades conhecidas para
a admissão e fixação de profissionais nas funções de vigilância, não sei se a
gestão de recursos humanos é a mais correcta, pois todos os trabalhadores que
são desviados das suas funções de vigilância para outras, fazem imensa falta e
beneficiam de um horário muito mais favorável, com o descanso aos sábados,
domingos e feriados, auferindo salários absolutamente iguais aos que auferem os
que trabalham nesses dias, e que são sobrecarregados pela diminuição de
efectivos na função de vigilância.
Será que a senhora
directora-geral da DGPC sabe disto? E a senhora ministra da Cultura?
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