quinta-feira, novembro 15, 2018

MUSEUS E VIGILANTES

Falando de recursos humanos, um dos maiores problemas dos museus, palácios e monumentos dependentes da DGPC é sem dúvida a falta de pessoal de vigilância, que afinal são os profissionais que asseguram a abertura dos serviços.

Nos últimos dias foi notícia a entrada em funcionamento de máquinas automáticas de venda de ingressos, que entraram precisamente hoje em funcionamento, para o Mosteiro dos Jerónimos e para o Museu de Arqueologia e que se vão estender a outros monumentos muito em breve.

Entre outras vantagens citadas pelos responsáveis estará a redução de filas de espera, o que está por comprovar, e também uma melhor gestão dos recursos humanos, ao libertar funcionários das bilheteiras para outras funções.

No que diz respeito a uma melhor gestão dos recursos humanos libertar um ou dois trabalhadores para outras funções pode parecer um avanço, mas há quem o considere apenas um pequeno remendo, pois muito mais se podia fazer.

Numa pequena pesquisa feita há poucos meses, e com o auxílio dos mapas de pessoal da DGPC, e perguntando discretamente quantos vigilantes tinham alguns serviços, chegou-se à conclusão que cerca de 25% dos Assistentes Técnicos e Assistentes Operacionais admitidos para funções de vigilância, estão a desempenhar outras funções, tão diversas como a de telefonista, secretárias de direcção, serviços educativos, e outras, com o consentimento dos directores.

Com as dificuldades conhecidas para a admissão e fixação de profissionais nas funções de vigilância, não sei se a gestão de recursos humanos é a mais correcta, pois todos os trabalhadores que são desviados das suas funções de vigilância para outras, fazem imensa falta e beneficiam de um horário muito mais favorável, com o descanso aos sábados, domingos e feriados, auferindo salários absolutamente iguais aos que auferem os que trabalham nesses dias, e que são sobrecarregados pela diminuição de efectivos na função de vigilância.


Será que a senhora directora-geral da DGPC sabe disto? E a senhora ministra da Cultura?


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