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domingo, outubro 30, 2022

RETRATO DE PENSIONISTA ÀS COMPRAS

Com os aumentos dos preços dos bens de 1ª necessidade uma ida às compras dos pensionistas é um martírio...


 

segunda-feira, dezembro 03, 2018

OS PROTESTOS INORGÂNICOS

A má qualidade de muitos políticos, tanto no poder como na oposição, tem conduzido as sociedades ocidentais a problemas difíceis, se não impossíveis, de controlar, que têm marcado a política um pouco por todo o lado.

Muitos enchem a boca com os perigos dos populismos que vão surgindo por aí, outros criticando os eleitores por fazerem más escolhas, ou escolhas menos informadas, e os diversos poderes (políticos e económicos) a assobiar para o lado clamando pela repressão, ou boicote dos protestos.

O poder económico não assume culpas pelos maus salários nem pela precariedade, nem o poder político aceita o seu falhanço na redistribuição da riqueza gerada, por inépcia ou poe conluio com o poder económico.

Sem poder recorrer aos políticos, nem aos sindicatos que perderam força e credibilidade, só restam os movimentos cívicos, que pela sua natureza são vulneráveis a infiltrações de extremistas que tornam todos os protestos em tremendas confusões e perturbações da ordem pública.


Os movimentos de protesto inorgânicos são perigosos pela sua vulnerabilidade, mas são o único recurso dos cidadãos que acham que as coisas têm de mudar por serem já insuportáveis.


sábado, dezembro 01, 2018

A FRANÇA E O ABISMO


O que se passa neste momento em França, com os protestos dos “coletes amarelos” é apenas mais um dos sinais dos grandes problemas sociais que as democracias enfrentam nos nossos dias.

As instituições democráticas, os partidos e os políticos, têm ignorado o que sentem os povos, as suas necessidades, e os seus anseios, e por isso têm aberto o caminho ao populismo, e também aos protestos inorgânicos (não enquadrados politicamente), que depressa se transformam em fenómenos incontroláveis.

Lá fora ou cá dentro, são cada vez mais as pessoas que não se sentem representadas pelos partidos políticos, ou pelos sindicatos, ou outras organizações da sociedade civil, e transformam-se assim em potenciais apoiantes de movimentos ou indivíduos que se apresentem como possíveis aglutinadores da vontade de mudança, e que condenam apenas o que existe, sem nunca apresentarem um projecto estruturado para o futuro.

Sociedades insatisfeitas são facilmente instrumentalizadas, e os maus políticos que são cada vez mais numerosos, parecem não perceber o barril de pólvora que se está a criar…


segunda-feira, novembro 19, 2018

MOTIVOS DE REVOLTA


Depois de uns dias sem se ver ou ouvir uma única notícia sobre a revolta dos franceses perante o aumento dos impostos sobre os combustíveis, eis que se começa a falar do assunto apesar do episódio do poeta amante de touros, das divergências de opinião do governo e da bancada do seu próprio partido, e das greves na justiça.

Terão os portugueses razões para estarem ainda mais revoltados que os franceses? Claro que têm, mas nem sequer estavam informados sobre o que se passava em França, não se percebe bem porquê.

Todos sabem que os portugueses têm salários mais baixos do que os franceses, começando desde logo pelo salário mínimo nacional, mas nem todos sabiam que pagamos a gasolina mais cara do que os gauleses, e os espanhóis, e o mesmo acontece com o gás, especialmente o de bilha, que tem quase o dobro do preço que se pratica para lá da fronteira.

O Governo diz que não tem dinheiro para dar aumentos superiores a 5 euros aos seus funcionários, mas cobra impostos nos combustíveis, superiores aos da maioria dos países europeus. Será que é para investir na saúde, ou na educação? Não, porque esses sectores estão a sofrer com a falta de investimento.

Pagamos como se fossemos ricos, mas temos salários miseráveis, senhor António Costa e senhores dirigentes dos restantes partidos. Devemos revoltar-nos? Evidentemente que sim!



sexta-feira, abril 06, 2018

FUNCIONÁRIOS AINDA MAIS DESMOTIVADOS

Este Governo e os partidos que o sustentam defraudaram os funcionários públicos com o anúncio feito hoje, segundo o qual ainda não será em 2019 que os trabalhadores verão os seus salário aumentados, o que já não acontece desde 2009.

O ministro Centeno que fez o anúncio público, e que não quis dar detalhes sobre o Programa de Estabilidade, não hesitou em usar dinheiros públicos para "capitalizar" um fundo descapitalizado da responsabilidade de bancos privados, que serve para resolver imparidades de outros bancos.

Para o Governo e para quem o apoia os bancos privados, são mais importantes do que os funcionários públicos, demonstrando assim as suas prioridades.

A degradação dos serviços públicos vai aumentar, não só por falta de pessoal, por falta de meios, mas também porque a desmotivação vai ser cada vez mais evidente, porque 10 anos... é muito tempo!  


segunda-feira, janeiro 18, 2016

BEM-ESTAR E PRODUTIVIDADE



Os grandes empresários portugueses usam sistematicamente os dados (aldrabados) da produtividade, que são baixos, para justificar os salários de miséria praticados na maioria das empresas nacionais. Fugas aos impostos, economia informal e o recurso aos alçapões permitidos pela lei mascaram resultados que as grandes empresas têm, mas que não são os tornados públicos.

Além do que ganham e não é tributado cá dentro, ainda temos os incentivos ao emprego que conseguem através das ajudas estatais, que à custa da exploração dos empregados e das isenções fiscais ainda aumentam mais o seu pecúlio, já de si muito substancial.

O bem-estar dos trabalhadores é uma miragem para a qual os grandes empresários se estão nas tintas. Na verdade, quanto maior for a multidão de pessoas em risco de pobreza extrema, maiores são as oportunidades destes vampiros conseguirem força de trabalho ao mais baixo custo.

Há quem se admire da insatisfação dos trabalhadores portugueses, quem se diga admirado com a cada vez maior desigualdade existente neste país, ou com o aumento dos trabalhadores que vivem em estado de pobreza, mas o que é que está a ser feito para obviar estas realidades?
 
Que mais será preciso para obrigar os nossos governantes a olhar para este problema com olhos de ver? Se as alternativas de cidadania falharem, como tem acontecido, o que poderá acontecer? 


quarta-feira, abril 30, 2014

ALDRABÕES



O governo acabou de apresentar o DEO e logo se desmascarou, porque a promessa feita ainda há poucos dias de que não haveria aumento de impostos, desceu pela sanita.

A taxa normal de IVA vai aumentar 0,25% em 2015, passando assim para os 23,5%, o que se bem percebem está cada vez mais perto de ¼ do valor do que se adquire.

O aumento do IVA não será o único, porque também teremos o aumento da TSU dos trabalhadores, que em tempos foi abandonada, em mais 0,2%, passando agora para os 11,2%.

O aumento da TSU acontece em oposição à descida do IRC das empresas, o que mostra que este governo nunca desistiu da intenção de tirar aos rendimentos do trabalho para dar ao patronato.

As promessas de baixar o IRS do ministro Pires de Lima, foram um engodo, como a diminuição do preço do gás natural.

Os funcionários públicos terão que esperar até 2020 para recuperar os salários de 2010, ideia peregrina de quem não estará no governo nessa data, mas só se a conjuntura ajudar.

Governantes que faltam à verdade, que dizem uma coisa e fazem outra, são uns ALDRABÕES, a menos que o dicionário tenha sofrido alguma alteração que eu desconheça.


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Humor e Aldrabices
Eu sou mais aldrabão do que tu...

sábado, março 08, 2014

A RUA PODE SER A ÚNICA SOLUÇÃO

O descontentamento dos portugueses é mais do que notório e justificado, contudo a sua voz parece não chegar aos ouvidos do poder político, excepto quando existem grandes manifestações populares.

O caso da manifestação das forças de segurança é o exemplo perfeito da falta consideração do poder perante o descontentamento que é comum a todos os sectores da população.


Os sucessivos cortes nos salários e pensões e nos direitos sociais estão a empobrecer quem vive do seu trabalho ou das suas pensões, tendo sido atingido um nível que já é insuportável, e se as coisas não pararem por aqui e o governo não mudar a sua estratégia, a solução que nos resta é a de fazer cair o poder nas ruas, porque todos os outros caminhos já se mostraram ineficazes.

Quando a Democracia é incapaz de oferecer soluções que satisfaçam o povo a Revolução é a única via possível para fazer com que a vontade popular prevaleça. 


quinta-feira, maio 09, 2013

A HARMONIZAÇÃO E O DISPARATE



Se há quem defenda a harmonização e a igualdade, quando se fala dos trabalhadores dos sectores público e privado, tem sido o governo, que nunca conseguiu descortinar as diferenças que são evidentes nos outros países parceiros da União Europeia. Digo isto referindo-me apenas ao discurso e ao aproveitamento das pequenas invejas que o executivo tem sabido fomentar desde que chegou ao poder.

É neste quadro que saliento o que disse o secretário de Estado da Administração Pública, a propósito do direito que os funcionários públicos teriam ao subsídio de desemprego. Segundo Hélder Rosalino os funcionários públicos não têm direito a esse subsídio.

Este membro do governo, alega que “os trabalhadores ao entrarem no sistema de requalificação têm uma de duas opções” ao final de 18 meses. “passar para uma licença sem vencimento tendo prioridade no recrutamento” ou “receber uma indemnização por cessação objectiva de contrato” sem direito a subsídio de desemprego”. Acrescenta ainda que o subsídio de desemprego só está garantido para os trabalhadores que forem despedidos por justa causa e apenas para quem tem contrato individual de trabalho.

Hélder Rosalino nem sequer pensou bem no absurdo das suas palavras, que configuram a negação absoluta da Justiça. Não creio que haja um só funcionário que esteja a pensar em solicitar entrar para o sistema de requalificação e que de livre vontade queira pedir uma licença sem vencimento. Já quanto à indemnização, o factor idade que querem introduzir, é a negação absoluta dos direitos por tempo de trabalho.
 
O secretário de Estado não consegue descortinar, que sendo os funcionários privados de salário por determinação legal, ao fim dos 18 meses no sistema de requalificação, ficarão em situação de despedimento por justa (?) causa? Será que Hélder Rosalino acha que afinal estamos perante despedimentos sem justa causa?