terça-feira, dezembro 30, 2008

ACABA 2008, VIVA 2009

Não tenho qualquer costela monárquica, mas esta frase podia aplicar-se no final deste ano, assim ainda haja esperança para este país.

2008 Foi um ano terrível, pior do que o ano que o precedeu, que já tinha sido de aperto de cinto. Na Saúde as melhoras foram nulas, pelo menos aqui pelo interior, porque a assistência médica está mais longe, os centros de saúde só funcionam durante o dia e fecham aos fins-de-semana. Falem-me nas ambulâncias bem equipadas e nos helicópteros que foram contratados, e eu atiro-vos já à cara com o vídeo com a confusão do INEM ou do centro de atendimento que andou aos papéis.

No ensino todos vemos a confusão que por aí vai, com professores descontentes, alunos descontentes, e com comportamentos cada vez piores, e pais cada vez mais preocupados. A propaganda é outra e até há por aí um representante (?) de alguns pais que apoia a senhora ministra, mas até já faz parte do anedotário.

A economia é o que se vê, com falcatruas que somos obrigados a pagar, por causa da crise (?), empresas a fechar e a lançar mais uns milhares para o desemprego, e os liberais que agora já admitem que o Estado afinal faz falta, mas só porque têm as cuecas a arder.

Parece-me que só os computadores portáteis é que tiveram um ano bom de vendas, ainda que muitas sejam subsidiadas, mas duvido que contribuam para o debelar da crise, para a qual vão contribuir os presos, que vão cultivar hortas para os mais necessitados.

Venha depressa o 2009 para eu atirar com este ano velho para o lixo, que no novo ano vou insistir aqui com todos os que por aqui passarem para afastar esta classe política que nos tem (des) governado nas últimas décadas, utilizando o voto, os protestos sempre que a propósito e os blogues como veículo da sua opinião.



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Imagens Escolhidas
Alinhar ao centroThe Bridge Inn by *reeks

Human Nature by *elizabeth-caffey

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Humor e Trapinhos

sexta-feira, dezembro 26, 2008

NÃO HÁ VERGONHA

O poder, e não importa qual a cor dominante, corrompe quem se julgava acima das tentações, e difícil mesmo é distinguir quem é que tem preocupações sociais e não embarca em interesses óbvios e particulares, que não se podem confundir com os públicos e com preocupações sociais.


As câmaras municipais, e aqui o Porto fica a par de Lisboa, decidiram privatizar a recolha do lixo, sem participar as suas intenções aos cidadãos eleitores, e aos funcionários das respectivas câmaras. É estranho que isto aconteça, e que o processo seja de tal modo sigiloso, que às tantas os trabalhadores se vejam transferidos para empresas privadas, por requisição e sem acordo prévio dos interessados.


Garante o executivo camarário da autarquia do Porto que não há motivos para a impugnação judicial por causa da transferência dos trabalhadores dos serviços de limpeza para empresas privadas. Não conheço o senhor vice-presidente da edilidade portuense, mas aconselho com veemência que consulte os serviços competentes da autarquia antes de falar, porque as leis existem e são para cumprir, e o senhor pode e será com toda a certeza chamado à responsabilidade perante o atropelo à lei que está a ser levado a cabo pela Câmara Municipal do Porto, e do qual não pode alegar desconhecimento à luz da lei que o abrange.




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Humor Interesseiro

segunda-feira, dezembro 22, 2008

DESEJOS NATALÍCIOS


Na impossibilidade de a todos agradecer, nos seus respectivos espaços, deixo aqui o meu postal para todos os amigos, e os meus desejos de Feliz Natal com muita paz, saúde e tudo o mais que cada um deseje.

José Lopes

sexta-feira, dezembro 19, 2008

NATAL

Se considero o triste abatimento
Em que me faz jazer minha desgraça,
A desesperação me despedaça,
No mesmo instante, o frágil sofrimento.


Mas súbito me diz o pensamento,
Para aplacar-me a dor que me traspassa,
Que Este que trouxe ao mundo a Lei da Graça,
Teve num vil presepe o nascimento.


Vejo na palha o Redentor chorando,
Ao lado a Mãe, prostrados os pastores,
A milagrosa estrela os reis guiando.


Vejo-O morrer depois, ó pecadores,
Por nós, e fecho os olhos, adorando
Os castigos do Céu como favores.


Manuel Maria Barbosa du Bocage



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Nota do autor: Como já disse a saúde anda um pouco por baixo, e a minha disposição ressente-se, bem como o esqueleto que pede mais descanso. Desculpem-me por andar arredado dos vossos espaços, mas lá voltarei quando as forças mo permitirem.

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Pinturas
Fly peacefully by StarScream69

Painting 46 by RougeStarCreations

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Humor
Steve Breen

Steve Breen

quarta-feira, dezembro 17, 2008

PATRIMÓNIO A PATACO, MAS COM CHARME

Quando aqui registei a falta de credibilidade do Ministério da Cultura, nas palavras do próprio, dissertei sobre o papel de Pinto Ribeiro à frente da pasta, e apesar de ter recebido umas quantas críticas de pessoas ligadas ao sector, acertei em cheio.


Na altura, e note-se que estávamos a meio de Novembro, estava ainda em discussão pública um diploma sobre a possível alienação, ou pelo menos concessão de direitos a privados sobre edifícios públicos, mesmo os classificados. Claro que para as redacções passou uma versão mais soft, e falava-se de edifícios abandonados e em ruínas.


O Guardião, nessa altura logo, falou dos casos de Tomar, Alcobaça e Mafra, entre outros, e veja-se que um mês depois, e sem a lei ainda estar em vigor, já se fala do hotel de charme no Mosteiro de Alcobaça. Podem perguntar-me se sou a favor ou contra, mas nem isso é relevante.


Que eu saiba, o senhor ministro da Cultura, ainda não é conhecedor de nenhum plano para se fazer um hotel de charme no Mosteiro de Alcobaça. Seria estranho porque a lei não está sequer em vigor, depois penso que irá abrir um concurso público internacional, com regras claras, que prevejam a manutenção do usufruto do monumento pelos portugueses, e respeitem a arquitectura que a UNESCO já distinguiu.


Ou então, como eu, já viu por aí uns esboços interessantes, o de Tomar então é um delírio, que uns quantos se têm entretido a fazer, e que originaram certamente esta notícia da SIC, onde não é citada nenhuma fonte oficial. O charme não virá evidentemente da venda a pataco do Património Nacional, e é por isso que estranho o silêncio do senhor ministro.



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Fotografia - Estátua
milla

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Humor

sexta-feira, dezembro 12, 2008

CURTINHAS

Código do Trabalho – O PS, como todos o sabemos, votou o novo Código do Trabalho, que introduz normas contra as quais votou num passado ainda recente. Não admira que alguns deputados do PS tenham votado contra este código, nem que o PSD e o CDS se tenham abstido. Soube-se agora que Cavaco Silva decidiu enviar este diploma para o Tribunal Constitucional, requerendo a fiscalização preventiva da norma que alarga para os 180 dias a duração do período experimental.


Deputados e faltas – Passada uma semana sobre a polémica das faltas dos deputados, sabemos agora que a Comissão do Orçamento e Finanças foi cancelada por falta de quórum. Desta vez foi o PS que teve maior número de faltas, o que foi logo desvalorizado pela deputada Marta Rebelo, considerando que há assuntos mais importantes com que os deputados se devem preocupar e que esta polémica se relaciona com uma «política com p pequeno». Elucidativo!


Belmiro de Azevedo – Pela primeira vez ouviu-se um empresário criticar abertamente o apoio aos bancos. Chegou ainda mais longe, dizendo que «se caíssem dois ou três bancos em Portugal não se notava» Como conclusão, alertou que «um sistema financeiro sem actividade económica de nada serve». Cá para mim, só me falta ouvir da boca dos empresários, que sem consumo interno é inevitável a falência de muitas empresas, mas isso custa mais a sair das suas bocas, porque implica o aumento dos vencimentos dos portugueses, que afinal é o único modo de criar confiança e compensar os excedentes de produção, que se verificam pela retracção das exportações.



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Pinturas e Música
Guitar by sharonalee

Musical Instruments by EmilyJayne4

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Caricaturas
Naomi Campbell por Larissa Leão

Bette Davis por Larissa Leão

quarta-feira, dezembro 10, 2008

AS FALTAS DOS ELEITOS

Na semana passada, por causa da falta de muitos deputados do PSD, não foi aprovada a suspensão da avaliação dos professores no Parlamento. O caso deu “barraca” e não tardaram a chover as críticas.


Pelo que se sabe, o PS e o PSD são os dois grupos parlamentares que registam mais faltas, mesmo quando analisados percentualmente. Claro que a maior parte das faltas é justificada, bastando para tal alegar-se motivos de doença, ou de trabalho partidário, e já está, porque nem é necessário documentar a justificação, afinal trata-se de deputados da nação.


Para além desta constatação, de que aliás os média deram a devida importância, também acabei por ter a oportunidade de ler, que Guilherme Silva sugeriu a realização de plenários entre terça e quinta-feira. Entre os sublinhados da notícia, lê-se «é preciso perceber que o Parlamento tem uma representação de deputados de todo o país» e que «a deslocação dos deputados para regressarem aos fins-de-semana às suas famílias tem uma componente humana que também é respeitável».


É notável esta compreensão de Guilherme Silva, que encontra para as faltas dos deputados, a desculpa da “componente humana que também é respeitável”, conhecendo-se as leis laborais em vigor para os trabalhadores por conta de outrem, que são penalizados pelas faltas em todas as vertentes, mesmo quando as faltas são justificadas, e que em muitos casos, como são trabalhadores precários, vêem os seus contratos não serem renovados.


Nunca é demais recordar aos senhores deputados, que devem os seus lugares ao voto dos cidadãos, e que estes lhes pagam regiamente para cumprirem as suas obrigações, que aceitaram de livre vontade sabendo à partida quais eram os seus deveres.

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Fotos de Cactos
k.

k.

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Humor Natalício
Jeff Parker

Tab (Thomas Boldt)

segunda-feira, dezembro 08, 2008

AS BAILARINAS

Há determinados temas na pintura que inevitavelmente nos levam a recordar alguns pintores que os abordaram de forma magistral. Edgar Degas, como é vulgarmente conhecido, foi um pintor que sempre ficou na minha memória como um exímio pintor, que nos deixou delicadas pinturas de bailarinas, que o tornaram um pintor de renome.


Muitas vezes classificado como um impressionista, embora não tenha utilizado as cores que caracterizam este estilo, era muito mais conservador e terá tido por isso mesmo menor impacto na opinião pública da época do que Monet, este sim um verdadeiro impressionista.


Degas também se distinguiu na escultura, e A pequena bailarina de catorze anos, esculpida em bronze, terá sido talvez um dos maiores marcos da sua obra, deixando chocados os seus colegas e toda a «boa sociedade da época». Vale a pena ler o texto constante na Wikipedia (AQUI).



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Pintura e Escultura de Degas
The Opera Dance Studio on the Rue Le Peletier

Dance Class at the Opéra

The Star - Dancer on Stage

A pequena bailarina

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Bom Humor Nacional
Rodrigo

Rodrigo

SINAIS DA CRISE

Acabei de ler há pouco que um stand na Bélgica resolver fazer uma promoção inédita no sector, do tipo compre um carro, leve dois. Basta comprar um automóvel com o preço mínimo de 22.800 euros e de pois escolher outro totalmente grátis, de uma selecção cujo valor real ronda os 14 mil euros. Na notícia (esta) não consta que o proprietário venha a perde dinheiro com esta promoção, pois terá conseguido grandes descontos por parte dos fornecedores. O sucesso tem sido enorme.


A crise no sector automóvel é mundial, e nos EUA os grandes fabricantes para conseguirem ajudas do Governo, comprometeram-se reduzir os custos abdicando dos seus salários milionários, reduzindo-os a um dólar, e a vender os jactos das empresas.


As coisas estão realmente más, um pouco por todo o lado. Obama diz que as ainda vamos ter tempos mais difíceis em 2009, na Alemanha são os principais bancos que anunciam 2009 como um ano de más notícias para a Alemanha, e o presidente do BCE, que ainda há pouco a taxa de juros, também diz que a actual crise financeira vai ter um impacto maior do que o previsto na economia real da zona euro.


Os portugueses, segundo José Sócrates, vão sentir “algum alívio” nas suas carteiras, devido à baixa dos juros e à descida dos combustíveis. Talvez ainda se arrependa do que disse, mas isso vai ver-se em breve.

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Pinturas
Swan Lake by 3fukutaicho

Tranquility -Colour- by Robyn89x

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Humor em Crise
R.J. Matson

Patrick Chappatte

Gary Brookins

sábado, dezembro 06, 2008

INDIGNAÇÃO

Alguns dos meus últimos artigos têm-se virado para problemas económicos e para as soluções encontradas pelo Governo para lhes acudir, que muitas vezes são mais do que questionáveis.


Quando a economia corre mal, todos os sectores se ressentem da situação e por essa via, os mais desprotegidos são sempre os que mais sofrem com isso. Nos tempos que correm, e devido às políticas levadas a cabo na última década, os ricos estão cada vez mais ricos e, com a quase extinção da classe média, há cada vez mais pobres.


Os pobres de hoje já não são apenas os sem abrigo de há algumas décadas atrás, ou os marginalizados e os desempregados. A pobreza agora atinge muita gente com empregos mal remunerados, muitos trabalhadores precários, com contratos a prazo ou com recibos verdes, muitos jovens que não conseguem entrar no mercado de trabalho e muita gente de meia idade, considerados velhos para arranjar colocação e muito novos para se poderem reformar.


A pobreza envergonhada é a cada dia que passa mais visível, mas ainda há quem defenda com unhas e dentes o sistema que nos trouxe a este ponto. Defendem ainda mais precariedade no trabalho, o investimento não produtivo, para não dizer especulativo, como o caso do BPP, e menos Estado, embora a ele recorram sem nenhuma vergonha, como agora acontece.


Será que a grande maioria dos portugueses, que vêem com apreensão o seu futuro e o dos seus filhos, continua a acreditar neste sistema, onde aos reais problemas de subsistência, apenas resta a caridade de instituições como o Banco Alimentar e as Misericórdias, bem como outros projectos comunitários, bem intencionados, é certo, mas que distribuem apenas as esmolas que vão angariando junto dos que ainda podem contribuir com algo para ajudar os que estão em grandes dificuldades?


Não é este o futuro que eu quero para os meus filhos e netos. Não acredito em socialistas e sociais-democratas que se dizem liberais quando as coisas correm de feição, e metem a viola no saco quando as coisas ficam negras e chupam sem vergonha o dinheiro que devia servir para prover aos mais necessitados. Foi este sistema que causou tudo isto. Alguém acredita que possa mudar, se os protagonistas são os mesmos? Não com o meu voto!




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Imagens Escolhidas
African Continent by BenHeine

Penniless by BenHeine

Economic Crisis in the US by BenHeine

What Next ? by BenHeine

quinta-feira, dezembro 04, 2008

POUCO SOCIALISTAS

Quando a economia ameaça o bem-estar de toda a sociedade, há acções que não podem deixar de merecer a atenção de todos nós, como sejam os casos do BPN e mais recentemente do BPP. Os dois casos são diferentes e portanto também é diferente o julgamento dos portugueses.

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No assunto BPN estamos perante uma gestão danosa e irregular duma instituição bancária, que é um caso para a Justiça investigar com celeridade e profundidade, condenando quem tenha prevaricado e lucrado com as irregularidades. De qualquer modo, não foi a crise que causou o problema, pelo que a “nacionalização” foi bastante contestada (com razão) ainda que se estivesse perante um banco comercial, ainda que com ligações a muitos outros sectores através da SLN que ao que dizem era o maior accionista.

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Já quanto ao BPP, estamos perante um aval do Estado a outras instituições, objectivamente para salvar um banco gestor de fortunas. Não colhe a explicação de Teixeira dos Santos de que «a operação não visa salvar fortunas de ninguém, mas sim salvar somente os depósitos e financiadores». Perante o desafio dos deputados, o senhor ministro não mencionou uma única pequena empresa ou algum pequeno investidor que pudesse estar em dificuldades, devido à má situação financeira do BPP. Também foi claro e declarado o envolvimento do BdP na solução encontrada.

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Para Teixeira dos Santos e para o Governo de José Sócrates parece que tudo se resume na afirmação do secretário de Estado do Tesouro, «não há despesa pública associada ao aval», como se essa garantia quanto ao futuro da instituição BPP, fosse possível nesta conjuntura.

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Um Governo que se diz socialista, devia saber que os cidadãos vêem com maus olhos salvarem-se os mais favorecidos, enquanto para a grande maioria dos portugueses apenas é anunciada a baixa das taxas de juro, e do preço dos combustíveis, factores que não dependem de qualquer acção do Governo, e que aliás estão no cerne dos problemas que afectaram e ainda afectam a maioria dos portugueses. Governar implica escolhas e prioridades, e o executivo tomou as suas, e pelos vistos escolheu o seu lado da barricada.



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Fotografias com Penas



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Humor Político Variado
YENÝ AKREP

Maria Colino

Ercan Akiol

terça-feira, dezembro 02, 2008

MINISTRO ALIVIADO

O ministro Teixeira dos Santos veio afirmar que a descida das taxas de juro, que o Banco Central Europeu já «deu a entender» constituirão «algum alívio» para as famílias portuguesas. Não se ficou por aqui e acrescentou, «com certeza que as descidas das taxas de juro, juntamente com a descida do preço do petróleo e com a descida das taxas de inflação, são, num momento de grandes dificuldades que todos estamos a sentir, notícias que não deixarão de ser positivas para todos os portugueses.

O alívio, para desgraça do senhor ministro, não se deve a nenhuma medida tomada pelo executivo que integra, chefiado por José Sócrates, mas sim devido à conjuntura internacional, a mesma (conjuntura) que ele invocou quando estes mesmos factores estavam em alta.

Não fica bem a um governante, ainda mais a um ministro das Finanças, ora desculpar-se com a conjuntura, ora “anunciar” «algum alívio» quando o movimento é de sinal contrário. Ao senhor ministro ficava bem anunciar (agora sem aspas), medidas do seu governo no sentido de nos aliviar do sufoco causado pelos baixos vencimentos e pensões, e do desemprego galopante que assola este país.

Sempre julguei que estávamos a pagar a Teixeira dos Santos para ele tomar medidas a bem dos portugueses, e não para anunciar aquilo que não é obra sua e sobre a qual ele próprio já disse que nada controla.





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Pinturas
Alinhar ao centroDublin by fecker

London 02 by szklanytygrys

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Humor por Mordillo