domingo, maio 11, 2025
domingo, fevereiro 04, 2024
domingo, outubro 09, 2022
GOVERNO ENGANA OS PENSIONISTAS
O Governo prometeu em Junho deste ano cumprir a lei que regula o cálculo de aumento das pensões, que mais não é do que a justa reposição do poder de compra face à inflação verificada tendo também em conta o aumento da riqueza produzida. O próprio Presidente chegou a dizer publicamente que os aumentos seriam na ordem dos 10%.
Bastaram dois meses para António Costa vir a dar o dito por não dito, a lei não seria cumprida, e lá veio o truque de dizer que os aumentos eram no mesmo montante, sendo que metade da pensão seria recebida agora em Outubro como bónus, e que os aumentos para 2023 seriam da ordem dos 4% com variações segundo o valor das mesmas. O motivo que o 1º ministro veio a aduzir, depois de muitas declarações vazias e sem sentido, foi que era preciso ter em atenção a sustentabilidade do sistema. Foram pedidos os cálculos do Governo para esta justificação e eis que lá vem mais um número que não corresponde à verdade, o da real arrecadação de receitas do sistema, que como se sabe subiu em linha com o aumento da inflação.
Marcelo veio mais uma vez colocar a mão por baixo do executivo, e mesmo a questão mais pertinente sobre os aumentos das pensões relativas a 2024 (sobre que base iriam ser calculadas) ficou sem resposta por parte de António Costa, o que não augura nada de bom para o futuro das pensões.
O que é verdade e nem o Governo tenta desmentir, é que o excedente das receitas arrecadadas, curiosamente superior ao que o executivo diz ter poupado com esta “manobra”, é de 1.300 milhões de euros, que diz muito sobre a seriedade deste truque que certamente virá a prejudicar os pensionistas deste país para o futuro.
segunda-feira, outubro 03, 2022
IMPRENSA, TÍTULOS ENGANADORES
sexta-feira, julho 08, 2022
GOVERNO ENGANOU OS PENSIONISTAS
Antes deste Governo chefiado por António Costa ter tomado posse, e ainda no rescaldo da campanha eleitoral que deu a maioria absoluta ao PS, recordo-me de ter dito que os eleitores estavam iludidos e que, no caso dos reformados e pensionistas, Costa os tinha usado para alcançar os seus intentos.
Fui naturalmente contrariado por muitos que achavam ainda que era melhor o PS que o PSD ou o retorno a uma geringonça. Nessa mesma altura eu disse que no caso dos reformados e pensionistas não havia nada de bom a esperar do Governo chefiado por A. Costa e que, no máximo, só manteriam a promessa do aumento extraordinário de 10€ que constava do OE anterior que tinha sido chumbado.
Até nisso me enganei, Costa mentiu aos portugueses mesmo quando apresentou o novo OE para 2022, pois lá consta textualmente “para além da actualização regular das pensões nos termos da lei, está previsto também um aumento extraordinário de 10 euros a partir de Janeiro, beneficiando 1,6 milhões de pensionistas cujo montante global de pensões é igual ou inferior a 2,5 vezes o valor do IAS”.
Esta terça-feira foi aprovado por Marcelo o decreto onde se implementa este aumento, e afinal, o aumento extraordinário não é de 10€ pois a essa quantia é deduzido o valor da actualização anual das pensões verificado a 1 de Janeiro de 2022.
O que está escrito no OE para 2022 e que foi aprovado no Parlamento não tem duas leituras possíveis, por isso e objectivamente, Costa e o seu Governo MENTIRAM aos portugueses durante este tempo todo, e quando os pensionistas forem olhar para os aumentos reais que esta medida introduziu, vão sentir-se legitimamente defraudados.
Na fotografia Costa e o Governo saem mal e Marcelo Rebelo de Sousa também, pois não acredito que tenha assinado de cruz, logo ele que é um constitucionalista.
Nota: Se alguém desejar saber na realidade qual o aumento que decorre desta medida AQUI fica um link útil.
sexta-feira, outubro 08, 2021
A INFLAÇÃO EM PORTUGAL
A propósito da proposta de aumento salarial dos funcionários públicos para 2022, o governo acenou a com a inflação prevista para 2021 no valor de 0,9%.
Em Portugal os estudos demoram sempre uma eternidade, mas o Instituto Nacional de Estatística tem sempre valores actualizados para a inflação, o que é muito conveniente para os governos, pois isso dá-lhes sempre uma almofada para as negociações dos Orçamentos de Estado.
Não quero colocar em causa os valores do INE, nem sequer depois duma pandemia como a que vivemos, mas é difícil de acreditar que a inflação do ano de 2021 fique nos anunciados 0,9%.
Alguns números conhecidos desmentem os 0,9%. Os custos da construção civil aumentaram imenso em 2020 e 2021, sendo que só neste ano aumentaram quase 7%, o mesmo se pode dizer das rendas, que não se compadeceram com a pandemia e subiram mais de 11%, também os preços do imobiliaram estão a subir bastante mais de 6,5%. A produção industrial viu os preços subirem 11%, e nem vale a pena fazer as contas aos aumentos dos combustíveis e da energia porque não param de subir.
Falar em inflação anual e atirar com 0,9% como valor previsto para o ano de 2021, é estar a enganar os cidadãos, descaradamente.
terça-feira, outubro 20, 2020
PUBLICIDADE ENGANOSA NA SAÚDE
Bem pode o Presidente apresentar-se sem camisa a levar a vacina contra a gripe, ou a senhora ministra vir dizer sincopadamente que o Governo antecipou a compra das vacinas e a sua administração, que a realidade acaba por desmentir os discursos.
Ontem enviei um mail para o meu Centro de Saúde, e um amigo dirigiu-se ao mesmo, no intuito de marcar a tomada da mesma, pois era o 1º dia indicado para nós, os utentes com mais de 65 anos, a podermos tomar. Ele ficou no exterior do Centro de Saúde durante cerca de 30 minutos (e chovia), para depois ser atendido e ser informado que a marcação ficava para 28 de Novembro.
Eu estava em casa e aguardei o contacto que surgiu hoje, dia 20/10, e a informação era a da marcação para o dia 28/11, um sábado o que estranhei mas que a senhora enfermeira confirmou. Pelo meu amigo soube que o nosso Centro de Saúde ainda nem conseguiu vacinar todos os utentes e funcionários dos lares da zona.
Quem tivesse visto e ouvido o Presidente e a senhora ministra, podia pensar que estava tudo operacional, mas não, nem nos Centros de Saúde, nem nas farmácias onde as remessas chegam aos bochechos.