Quando a economia ameaça o bem-estar de toda a sociedade, há acções que não podem deixar de merecer a atenção de todos nós, como sejam os casos do BPN e mais recentemente do BPP. Os dois casos são diferentes e portanto também é diferente o julgamento dos portugueses.
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No assunto BPN estamos perante uma gestão danosa e irregular duma instituição bancária, que é um caso para a Justiça investigar com celeridade e profundidade, condenando quem tenha prevaricado e lucrado com as irregularidades. De qualquer modo, não foi a crise que causou o problema, pelo que a “nacionalização” foi bastante contestada (com razão) ainda que se estivesse perante um banco comercial, ainda que com ligações a muitos outros sectores através da SLN que ao que dizem era o maior accionista.
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Já quanto ao BPP, estamos perante um aval do Estado a outras instituições, objectivamente para salvar um banco gestor de fortunas. Não colhe a explicação de Teixeira dos Santos de que «a operação não visa salvar fortunas de ninguém, mas sim salvar somente os depósitos e financiadores». Perante o desafio dos deputados, o senhor ministro não mencionou uma única pequena empresa ou algum pequeno investidor que pudesse estar em dificuldades, devido à má situação financeira do BPP. Também foi claro e declarado o envolvimento do BdP na solução encontrada.
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Para Teixeira dos Santos e para o Governo de José Sócrates parece que tudo se resume na afirmação do secretário de Estado do Tesouro, «não há despesa pública associada ao aval», como se essa garantia quanto ao futuro da instituição BPP, fosse possível nesta conjuntura.
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Um Governo que se diz socialista, devia saber que os cidadãos vêem com maus olhos salvarem-se os mais favorecidos, enquanto para a grande maioria dos portugueses apenas é anunciada a baixa das taxas de juro, e do preço dos combustíveis, factores que não dependem de qualquer acção do Governo, e que aliás estão no cerne dos problemas que afectaram e ainda afectam a maioria dos portugueses. Governar implica escolhas e prioridades, e o executivo tomou as suas, e pelos vistos escolheu o seu lado da barricada.
Quem manda afinal? Eles exigiram, o ministro cedeu! Está feito, e sem espinhas. Podes refilar à vontade, mas quem pode manda.
ResponderEliminarLol
AnarKa
José
ResponderEliminarSocialismo e Armani, ou Boss são combinações improváveis. Já agora, quanto ao futuro do BPP, já se adivinha a falência, uns tempos depois de as fortunas terem zarpado dos seus cofres. Para bom entendedor...
Bjos da Sílvia
Manda quem pode, obedece quem deve!
ResponderEliminarE mais Zé segundo as noticias de hoje de manha no Bom dia Portugal, os administradores do BPN , utilizavam o avião particular do banco para traficar prostitutas de leste...e depois das reuniões iam divertir-se para casa de alterne!!!
ResponderEliminarCoisa normal de gente importante deste país e que fica impune a tudo...
Nem sei ja que diga, que pense ou que faça.
Beijão grande
concordo com o salvamento do BPN, discordo do BPP, no entanto em ambos os casos os responsáveis tem de ser encontrados.
ResponderEliminarO país sempre simpatizou com os mais afortunados, caso contrário não os elegeria repetidamente. Ao lado destas verbas, os montantes aplicados no rendimento social de inserção são uma migalha.
ResponderEliminarNo fundo trata-se do rendimento máximo garantido.
Um abraço pelos que mais podem e pelos que mais têm.
Prefiro as fotos e os cartoones, desta situação dos bancos, já nem sei o que pensar
ResponderEliminarSaudações amigas
Li algures, há tempos,um analista que considerava que o País se dividia em beautiful people, people e non-people.
ResponderEliminarPois o critério deve ser mesmo esse: salvar os beautiful people porque os non-people estão bem como estão e os people já acabaram.
Abraço
Caro Guardião,
ResponderEliminarOlha, estou quase como o nosso amigo Valente... dos bancos já não posso ouvir falar, tal é a pouca vergonha. Cada dia que passa, há mais uma história degradante para contar.
Fico por isso, pelos teus "bonecos".
Um abraço