domingo, maio 30, 2021
O GOVERNO NÃO APRENDE COM AS ASNEIRAS
sábado, maio 29, 2021
AS GRANDES PRAGAS E OS MUSEUS
sexta-feira, maio 28, 2021
segunda-feira, maio 24, 2021
PRÉMIO PARA O INCUMPRIMENTO
Quando as coisas pareciam estar a entrar nos eixos e em velocidade de cruzeiro, no que se refere à vacinação, eis que os políticos mais uma vez voltam a meter-se no assunto, e surge a asneira.
Tudo começou com os festejos do Sporting, onde as autoridades meteram a pata na poça e se viram aquelas situações lamentáveis, com multidões sem máscara e a beber bebidas alcoólicas na via pública. É evidente que as molhadas não iriam para por aí, quando todos perceberam que a polícia não iria actuar com o recurso à força (tinha sido desautorizada) em situações de grandes ajuntamentos. Viu-se no miradouro, e logo depois pelo Bairro Alto.
Perante a falta de autoridade e o medo de prejudicar o partido nas próximas eleições, o Governo abdicou de prevenir e de actuar contra os incumpridores, e correu mais uma vez atrás do prejuízo.
Perante o aumento de infectados, muito em especial nos grupos etários mais baixos, toca a misturar as coisas e vai de vacinar os incumpridores, em detrimento dos cumpridores. E surge um Secretário de Estado que atirou para o ar uma mentira de todo o tamanho, “…adiantou que mais de 90% da população acima dos 60 anos está vacinada e perto de 80% dos maiores de 50 anos também…”.
E claro, também não passou ao lado daquilo que já se suspeitava acrescentando, “não sei se faz sentido estar a fazer uma vacinação específica para uma população mais jovem em Lisboa, mas se for preciso, é uma coisa que consideraremos”.
quinta-feira, maio 20, 2021
DIA DA MARINHA
Hoje lembrei-me de recordar um dos mais famosos navios fantasmas da História, o tal que nunca poderia atracar e que foi amaldiçoado a navegar pelos oceanos até à eternidade, o Holandês Voador.
O Holandês Voador
FANTASIA
O barco concebido por um arquitecto
sexta-feira, maio 14, 2021
INCOERÊNCIAS
quarta-feira, maio 12, 2021
ESTÁ TUDO BEM...
Portugal é um país de brandos costumes, é o que se diz e é bem verdade. Infelizmente, e m diversos aspectos, essa realidade não é boa para todos nós.
Os incidentes da festa do título, justamente ganho pelo Sporting, foram uma vergonha, maior ainda do que os ajuntamentos num miradouro de Lisboa, e infelizmente aconteceram.
Alguns vieram minimizar os dois problemas, dizendo que eram inevitáveis, que eram uma reacção compreensível depois de tanto tempo de confinamento, e que as consequências em termos da epidemia, deverão ter pouca expressão.
Não discuto a vontade de socializar, ou de festejar, mas continuamos a braços com a epidemia, a maioria dos portugueses cumpre as regras impostas, e respeita os outros, mas pelos vistos há quem não tenha consciência e ignore o que é mais básico sobre a Liberdade, é que a nossa não pode interferir com a dos outros.
Estas considerações não ilibam os maiores responsáveis, que estão no Governo, na autarquia e no clube em causa.
Também no sacudir de responsabilidades nada de novo, ninguém as assume. António Costa diz que tem um excelente ministro da Administração Interna. Medina ficou-se pelas covas e em silêncio. O Secretário de Estado que disse anteriormente que estavam a planear o acontecimento diz que a responsabilidade dele é o desporto e que não tem nenhuma responsabilidade neste caso. O ministro Eduardo Cabrita manda abrir um inquérito à PSP. Uns quantos comentadores bem conhecidos, vêm imputar todas as responsabilidades aos cidadãos, que deviam seguir as instruções da DGS. O Sporting diz que não sabe quem colocou os ecrãs gigantes no exterior do seu estádio.
Detesto estados autoritários, mas acho que o Estado deve ter autoridade e exercer a mesma de acordo com a Lei, mas quando não actua quando deve, quando não sabe prevenir, acabando por deixar a responsabilidade nas mãos dos cidadãos, faz com que os cidadãos percam o respeito pela autoridade do Estado.
domingo, maio 09, 2021
VACINA CONTRA A HIPOCRISIA
Há vacinas contra a Covid 19 que servem para uns e não servem para outros, ainda que as autoridades de saúde a nível mundial e europeu garantam que são absolutamente seguras, para todos, e que os extremamente raros casos de efeitos secundários graves são largamente compensados pelos benefícios das mesmas.
Esta realidade serve apenas para sustentar a minha opinião de que as restrições para determinados grupos etários é uma decisão de políticos, apoiados pelos “especialistas” do regime que foram sempre dizendo o que os políticos desejavam ouvir, e que já tinham dito tudo e o seu contrário.
Nunca fui um “negacionista”, como já me chamaram, já tomei dezenas de vacinas, e tomei recentemente a da AstraZeneca, esta imposta pelo Governo, que muito democraticamente não me deu hipótese de escolha, nem acesso livre a qualquer outra. Na minha opinião quem está em negação são as autoridades (portuguesas e europeias), pois o seu discurso sobre este assunto tem sido errático, e confuso.
No caso da AstraZeneca chegou-se mesmo ao extremo de se estar a inocular a primeira dose desta vacina a pessoas, que se sabia à partida que nunca teriam uma segunda dose da mesma porque a União Europeia não iria renovar o contrato de compra da mesma já a partir do mês de Junho.
As razões das mudanças de opinião, sobre as vacinas, sobretudo desta, não são claras. Podem existir razões económicas (que aconselham a sua utilização), razões políticas e até razões de ordem técnica e de saúde (a desaconselhar o seu uso). Tudo isto pode ser verdade, mas os cidadãos deviam ser devidamente informados.
Macro veio agora dar uma nova pista, ou talvez não, mas é cada vez mais, difícil acreditar nos nossos políticos e nos seus “especialistas”.
quinta-feira, maio 06, 2021
O PODER ECONÓMICO
Desde há décadas que se discute quem realmente detém o poder, se são os políticos se são os que detêm o poder económico. Eu já não tenho qualquer dúvida, o poder político já se rendeu ao poder económico, porque o dinheiro fala mais alto.
O caso da pandemia da Covid 19 é um bom exemplo para se perceber onde está o verdadeiro poder. Depois de muito financiamento, sobretudo público, apareceram vacinas, algumas até com abordagens diferentes ao que era comum, e iniciaram-se campanhas de vacinação.
Os países desenvolvidos tomaram a dianteira, comprando quase tudo o que ia sendo produzido. Os países menos desenvolvidos ficaram sem qualquer possibilidade de entrar no mercado das vacinas (principalmente nas desenvolvidas pelo Ocidente).
Perante a escassez de vacinas as regras do mercado funcionaram por baixo pano, e Israel (por exemplo) conseguia vacinar mais rápido do que todos os grandes blocos, e logo surgiram países produtores de vacinas que proibiram a exportação das mesmas (por exemplo os EUA e a Reino Unido).
Conforme foi passando o tempo e a produção foi aumentando, a vacinação tomou velocidade nos países desenvolvidos, mas nos menos desenvolvidos a escassez continuou a ser uma realidade. A Índia é um caso muito particular dum país onde se fabricam muitas vacinas, mas onde prevaleceu a lógica economicista da necessidade de produção e de exportação, deixando o país numa situação de catástrofe sanitária sem igual.
Agora que os EUA têm boa parte da população vacinada, Biden propôs o levantamento das patentes das vacinas contra a Covid 19, que a maioria dos países e a própria OMS apoiam, mas lá veio a Alemanha e a Suíça, bem como as grandes farmacêuticas, dizer que não, e que isso não alterava a situação.
Todos sabemos que a pandemia não terá um fim sem que a maioria dos povos deste planeta tenham sido vacinados, e que o perigo de demorar nesta tarefa só pode trazer mais perigos, com novas mutações do vírus a ser a possibilidade mais imediata. Nem assim o poder económico parece querer ceder, tal a ganância do ser humano, e tal a fraqueza dos poder político, afinal os que nos representam…
Cartoon de Patrick Chappatte
quarta-feira, maio 05, 2021
OS NOVOS NEGREIROS
Ainda há poucos dias se discutia o discurso de Marcelo Rebelo de Sousa, porque ele disse que não nos devíamos autoflagelar, nem glorificar, com o nosso passado mas sim olhar para ele com uma visão histórica, aprendendo assim a não cometer os mesmos erros no presente e no futuro.
Houve muito boa gente que o criticou, salientando apenas os factos mais negativos, fazendo deles bandeira duma posição ideológica que sustentam.
A escravatura, a exploração e o racismo que clamavam ao referir-se ao nosso passado, afinal estava mesmo debaixo dos nossos olhos, não em territórios remotos, mas sim cá dentro, minando aquilo que consideramos um Estado Democrático, um Estado de Direito, e numa nação que aboliu a escravatura nos idos do século XVIII.
O passado é já imutável, o que podemos fazer é aprender com ele, e para isso não temos que nos autoflagelar. O que acontece no presente, isso sim, é da nossa responsabilidade enquanto povo, e disso si, devemos manifestar a nossa vergonha, o nosso repúdio e as críticas às entidades com responsabilidades no que acontece.