Quando as coisas pareciam estar a entrar nos eixos e em velocidade de cruzeiro, no que se refere à vacinação, eis que os políticos mais uma vez voltam a meter-se no assunto, e surge a asneira.
Tudo começou com os festejos do Sporting, onde as autoridades meteram a pata na poça e se viram aquelas situações lamentáveis, com multidões sem máscara e a beber bebidas alcoólicas na via pública. É evidente que as molhadas não iriam para por aí, quando todos perceberam que a polícia não iria actuar com o recurso à força (tinha sido desautorizada) em situações de grandes ajuntamentos. Viu-se no miradouro, e logo depois pelo Bairro Alto.
Perante a falta de autoridade e o medo de prejudicar o partido nas próximas eleições, o Governo abdicou de prevenir e de actuar contra os incumpridores, e correu mais uma vez atrás do prejuízo.
Perante o aumento de infectados, muito em especial nos grupos etários mais baixos, toca a misturar as coisas e vai de vacinar os incumpridores, em detrimento dos cumpridores. E surge um Secretário de Estado que atirou para o ar uma mentira de todo o tamanho, “…adiantou que mais de 90% da população acima dos 60 anos está vacinada e perto de 80% dos maiores de 50 anos também…”.
E claro, também não passou ao lado daquilo que já se suspeitava acrescentando, “não sei se faz sentido estar a fazer uma vacinação específica para uma população mais jovem em Lisboa, mas se for preciso, é uma coisa que consideraremos”.
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