Por vezes há frases que não fazem sentido nenhum ou porque são tontas ou porque a resposta é óbvia.
Consegui ler na totalidade o artigo de Helena Pereira no Público (em papel) e confesso que as opiniões do historiador (?) Miguel Cardina me deixaram espantado, mas já estou velho para o tentar classificar.
Vou centrar-me em apenas duas frases, e começo pela do título, "A guerra foi um capítulo violento, mas a violência está inscrita no passado colonial". Se a guerra foi um capítulo, ainda que uma consequência do passado colonial, este também não foi um capítulo? A nossa História teve imensos capítulos, e a maioria foram vividos neste cantinho da Europa, onde aliás estava o poder e para onde eram canalizadas as riquezas obtidas noutras paragens.
A segunda frase que me deixou de boca aberta (é da autoria dum historiador) foi, "não existe um monumento às vítimas que a guerra (colonial) fez." O jovem deve ser pouco viajado e por isso deve ter imaginado em muitos países, monumentos aos povos que por eles tenham sido atacados e aos mortos que lhes causaram. Talvez um monumento em Washington dedicado às vítimas de Hiroshima, ou quem sabe, um monumento numa cidade japonesa dedicado às vítimas de Pearl Harbour.
Quanto ao museu a que alude, talvez venha a ser útil depois de se desmontar o que foi construído pelas ideologias anteriores e posteriores ao 25 de Abril, e se consolidar a História baseada em factos (todos) e analisada com o distanciamento necessário para que as emoções não se sobreponham à razão.
Monumento aos Combatentes do Ultramar
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