Portugal é um país de brandos costumes, é o que se diz e é bem verdade. Infelizmente, e m diversos aspectos, essa realidade não é boa para todos nós.
Os incidentes da festa do título, justamente ganho pelo Sporting, foram uma vergonha, maior ainda do que os ajuntamentos num miradouro de Lisboa, e infelizmente aconteceram.
Alguns vieram minimizar os dois problemas, dizendo que eram inevitáveis, que eram uma reacção compreensível depois de tanto tempo de confinamento, e que as consequências em termos da epidemia, deverão ter pouca expressão.
Não discuto a vontade de socializar, ou de festejar, mas continuamos a braços com a epidemia, a maioria dos portugueses cumpre as regras impostas, e respeita os outros, mas pelos vistos há quem não tenha consciência e ignore o que é mais básico sobre a Liberdade, é que a nossa não pode interferir com a dos outros.
Estas considerações não ilibam os maiores responsáveis, que estão no Governo, na autarquia e no clube em causa.
Também no sacudir de responsabilidades nada de novo, ninguém as assume. António Costa diz que tem um excelente ministro da Administração Interna. Medina ficou-se pelas covas e em silêncio. O Secretário de Estado que disse anteriormente que estavam a planear o acontecimento diz que a responsabilidade dele é o desporto e que não tem nenhuma responsabilidade neste caso. O ministro Eduardo Cabrita manda abrir um inquérito à PSP. Uns quantos comentadores bem conhecidos, vêm imputar todas as responsabilidades aos cidadãos, que deviam seguir as instruções da DGS. O Sporting diz que não sabe quem colocou os ecrãs gigantes no exterior do seu estádio.
Detesto estados autoritários, mas acho que o Estado deve ter autoridade e exercer a mesma de acordo com a Lei, mas quando não actua quando deve, quando não sabe prevenir, acabando por deixar a responsabilidade nas mãos dos cidadãos, faz com que os cidadãos percam o respeito pela autoridade do Estado.
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