Ainda há poucos dias se discutia o discurso de Marcelo Rebelo de Sousa, porque ele disse que não nos devíamos autoflagelar, nem glorificar, com o nosso passado mas sim olhar para ele com uma visão histórica, aprendendo assim a não cometer os mesmos erros no presente e no futuro.
Houve muito boa gente que o criticou, salientando apenas os factos mais negativos, fazendo deles bandeira duma posição ideológica que sustentam.
A escravatura, a exploração e o racismo que clamavam ao referir-se ao nosso passado, afinal estava mesmo debaixo dos nossos olhos, não em territórios remotos, mas sim cá dentro, minando aquilo que consideramos um Estado Democrático, um Estado de Direito, e numa nação que aboliu a escravatura nos idos do século XVIII.
O passado é já imutável, o que podemos fazer é aprender com ele, e para isso não temos que nos autoflagelar. O que acontece no presente, isso sim, é da nossa responsabilidade enquanto povo, e disso si, devemos manifestar a nossa vergonha, o nosso repúdio e as críticas às entidades com responsabilidades no que acontece.
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