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quinta-feira, março 09, 2023

SAÚDE DE MAL A PIOR

O panorama da Saúde e do SNS está cada vez mais negro e não há no horizonte mais próximo nenhum sinal de que vá melhorar.

Já ouvimos mais de uma vez os últimos ministros da Saúde dizer que nos últimos anos foram admitidos centenas de médicos para os hospitais e para os centros de saúde, curiosamente nunca nos dizem se existe algum saldo positivo ou negativo tendo em conta as saídas de médicos pelos mais variados motivos.

Começando pelos centros de saúde, os que conheço e os que vou constatando pelas notícias, têm cada vez menos médicos e há cada vez mais utentes sem médico de família. O meu CS (é uma extensão) tinha 5 médicos há 25 anos e agora tem apenas 2, por exemplo.

Nos hospitais é recorrente ouvir-se que os tempos de espera nas urgências estão cada vez maiores, chegando mesmo às 24 horas para doente urgentes, e as consultas de especialidade estão cada vez mais demoradas, bem como as cirurgias.

Se há mais médicos então temos que concluir que existe má organização, se existem menos médicos o ministério anda a mentir, mas de qualquer dos modos este ministério (não será o único) está a ser mal dirigido e a responsabilidade é evidentemente do ministro em funções.

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sábado, março 04, 2023

O ACTUAL PANTANAL

No início do século XXI o então primeiro-ministro António Guterres decidiu abandonar o poder dizendo que Portugal estava a entrar num pântano, isto depois de ter uma grande derrota nas autárquicas.

Actualmente temos um governo maioritário, ao contrário do de Guterres, mas que enfrenta uma sucessão de casos como o de Guterres, e também está numa situação delicada em que são mais os que o criticam do que os que o apoiam, pelo que a situação que se vive é conturbada, com greves em muitos sectores essenciais, como a educação, a saúde, e os transportes. A maioria dos cidadãos enfrenta problemas no acesso aos sectores onde a instabilidade e a contestação é mais visível, e a isso soma-se outros descontentamentos como a habitação e o alto custo de vida.

António Costa teve na sua primeira legislatura um apoio dos partidos à sua esquerda e beneficiou com isso duma pressão para resolver alguns problemas mais básicos e com isso evitou-se muita contestação, apesar de estar dependente por não ter maioria, mas agora com uma confortável maioria está a ser contestado em quase todas as frentes.

Alguma indiferença e até alguma arrogância, juntando muita incompetência, e muita falta de ética de alguns dos governantes escolhidos tem contribuído para a falta de apoio e confiança por parte dos cidadãos.

Este governo não cai porque Marcelo sabe que a oposição, especialmente o PSD, não tem também o apoio necessário para governar, mas isso faz com que o pântano continue até ao final da legislatura.


 

quarta-feira, janeiro 19, 2022

ASSIM SE GARANTE A SAÚDE PÚBLICA

A decisão sobre o voto de quem está em confinamento (isolamento) vem aí, depois dum parecer do Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República, que concluiu que "os eleitores que se encontrem em confinamento obrigatório decretado pelas autoridades de saúde podem sair do local de confinamento no dia 30 estritamente para exercer o direito de voto".
 
Embora seja consensual que os eleitores confinados devem poder exercer o seu direito, a solução de simplesmente poderem sair do confinamento e de lhes "ser recomendado" um horário para tal exercício, é controversa e abre uma brecha ao argumento que preside à imposição do mesmo isolamento, " a garantia da saúde pública".

Esta decisão é meramente política, e evidencia o facto de tanto a Assembleia da República como o Governo terem ignorado em tempo útil a necessidade de resolverem este problema.

Concluindo, no dia 30 de Janeiro vão certamente cruzar-se nas assembleias de voto e nas imediações, pessoas comprovadamente infectadas e outras não infectadas. 
 
Incompreensível é também o incentivo oficial ao voto antecipado (no dia 23 de Janeiro), mesmo sem qualquer motivo que o justifique, quase que oficializando dois dias de votação, ainda que não se possa abrir as urnas a 29 de Janeiro para os infectados.
 
Coitados do membros das mesas de voto que para estarem em segurança terão que estar com fatos de protecção durante todo o horário de votação... 
 
 


 

sexta-feira, dezembro 03, 2021

CABRITA JÁ VAI TARDE...

Ainda pensei em deixar umas palavras sobre as atitudes de Cabrita e sobre a sua saída do executivo mas, sinceramente, as atitudes do ministro merecem palavras tão fortes que achei melhor não o fazer.

O que se pode dizer é apenas... já vai tarde!


 

sábado, junho 05, 2021

PATRIMÓNIO NA PENÚRIA

Portugal parece que tem uma ministra da Cultura, pelo menos é o que dizem, e tem também uma Direcção Geral do Património Cultural (DGPC), e ambos ocupam boa parte do Palácio da Ajuda, mas os museus, monumentos e palácios que deles dependem estão na absoluta penúria.

Há poucos dias saiu uma notícia sobre salas fechadas no Museu de Arte Antiga (MNAA), e a razão aduzida foi a da falta de pessoal de vigilância. Não foram poucos os que disseram que podia ser por causa das férias, e até que faziam pouca falta podendo ser substituídos pela vigilância electrónica.

Quem conhece bem o funcionamento destes serviços sabe bem que os problemas são outros, e que a sua resolução é da responsabilidade da tutela. Problemas como a falta de meios humanos, meios materiais, e de condições de trabalho não podem ser resolvidos nos serviços.

A situação de penúria não se esgota em salas encerradas, pois também há problemas como a falta de ar condicionado, problemas com elevadores, instalações eléctricas deficientes e perigosas, problemas informáticos, avarias de casas de banho, falta de lâmpadas, e até falta de energia eléctrica.

A senhora ministra não tem peso político, e talvez vontade, para dar recursos para resolver os problemas, e a DGPC é um monstro inoperante (falavam do antigo IPPC), que consome muitos recursos e sendo centralizador, não tem também a agilidade para actuar atempadamente.

Há quem esteja iludido com o dinheiro da raspadinha do Património, mas é uma ilusão, porque sem mudanças radicais não se dará dignidade ao nosso Património.


 

domingo, maio 30, 2021

O GOVERNO NÃO APRENDE COM AS ASNEIRAS

O futebol tem sido mau conselheiro deste Governo, depois dos festejos do Sporting em Lisboa, lá surgiu a final da Liga dos Campeões no Porto, e em ambas as ocasiões as coisas deram para o torto.
 
Em Lisboa foram as molhadas no exterior de Alvalade, e depois a volta triunfal pela cidade com ajuntamentos em vários locais, tudo sem o menor cuidado e sem a intervenção da polícia, que pelos vistos só actua quando são alvo de agressões.
 
No caso da Taça as coisas começaram bem antes, tanto no Algarve como no Porto, e continuaram depois até sábado, se é que já acabou.
 
O ministro Cabrita nem deu as caras, mas aquele jovem secretário de Estado veio, mais uma vez, falar na preparação cuidada do evento, bem secundado pelo senhor Moreira todo ufano pela realização deste evento na cidade, e foi o que foi. Depois do caldo entornado vieram as críticas, e a de Marcelo roçou a anedota, pois resumiu as coisas a problemas de comunicação do governo, e acabou com a tirada moralista , que seja "uma lição para o futuro" para o governo. 
 
Para rematar em tom humorístico temos a DGS a recomendar vigilância a quem contactou com adeptos ingleses, algo parecido com a recomendação feita em Lisboa.
 
Em termos de organização por parte dos dirigentes envolvidos, estamos falados - são umas nódoas, e já não têm cura.


 

terça-feira, março 13, 2018

VAIDADES PROVINCIANAS

Quando todos estamos mais interessados em pessoas competentes, especialmente nas funções governamentais, eis que uns quantos deslumbrados decidem apresentar-se com títulos falsos para impressionar quem acredita mais nas credenciais do que na competência demonstrada pelos indivíduos.

É o que dá estarmos num país onde os títulos abundam e mesmo quando não adequados devem ser usados, porque a vaidade de alguns assim o determina.


domingo, outubro 08, 2017

UMA CHEFIA ESTRANHA II



(Cont.)

Não julguem que eu estava a falar de apenas um serviço no último post, mas desenganem-se, porque consigo encaixar nesta descrição três, sim, três serviços diferentes, um que conheci há cerca de 30 anos e dois outros nos últimos tês anos.

Chefes supremos sem capacidade para planear, escutar, discutir, e estabelecer objectivos são chefes falhados em qualquer lado. Por vezes existem pessoas que não têm perfil para coordenar equipas, e mesmo sem serem más pessoas serão sempre prejudiciais para os serviços.

Os poderes instalados, quer pelo estatuto quer pelo controlo da máquina, não podem empecilhar o funcionamento, nem desestabilizar os grupos de trabalho, e quem o permite não se pode queixar.

A malta cá de baixo também não está isenta de culpas no cartório, porque em geral guerreia-se entre si, em vez de se unir e bater o pé e exigir respeito e condições de trabalho condignas.

A incompetência ainda campeia em lugares de nomeação, ou que resultam de concursos muito pouco isentos, e os altos cargos continuam a ser preenchidos por pessoas que não se comprometem com objectivos, e isso é fatal.



sexta-feira, outubro 06, 2017

ESTRANHA CHEFIA



Imagine-se um serviço com mais de trinta pessoas com um chefe supremo, três ou quatro chefes de segunda linha, meia dúzia de graduados e protegidos que controlam umas coisas, dois fantoches investidos em chefias de base, que não passam de paus mandados, e uns vinte operacionais, sem formação digna desse nome, desmotivados pelo abandono a que são votados, e culpados de tudo o que corre mal, pois são os únicos que dão a cara pelo serviço.

Isto pode parecer uma abstracção mas é uma realidade que conheço bem, onde estão reunidas todas as condições para correr mal.

Analisando do topo da pirâmide para baixo, temos um chefe supremo que tentou delegar funções em pessoas que simplesmente não queriam trabalhar, nem tão pouco queriam que o chefe pudesse levar água ao seu moinho e disso pudesse gozar os louros.

Num piso intermédio temos os graduados e os protegidos, que tendo o domínio sobre os contactos e sobre as burocracias, com ou sem competências estão pessoas cujo poder é efectivo mesmo sem ser oficial, porque acima deles está quem não pesca nada do processo de funcionamento.

Cá por baixo temos os operacionais, literalmente entregues aos bichos, e sem nenhum respaldo na chefia de baixo nível que não reúne nem competência nem estatuto para coordenar ou defender os seus colegas.

Neste caso temos uma chefia fraca e influenciável, dominada por interesses pessoais, que resulta num verdadeiro caos no funcionamento, num crescendo de reclamações, umas mais razoáveis do que outras, e onde as culpas ficam sempre para quem está na base da pirâmide, que afinal é quem o público vê.

(continua)    



domingo, agosto 21, 2016

HUMILHAÇÃO

O governo português passou por uma grande vergonha com as observações feitas pelo BCE quanto aos administradores escolhidos para a CGD.

Passar pelo vexame de ser o BCE a recordar o que diz a nossa legislação quanto às acumulações, é mau, mas o mais humilhante foi ter a recomendação de mandar alguns escolhidos frequentar uma formação específica sob o risco bancário, recomendação inédita tanto quanto se sabe.

Foi uma semana negra para o país, e nem falo das projecções sobre as perdas do BPN, que continuam a subir enormemente...


terça-feira, fevereiro 17, 2015

DEITAR GASOLINA NA FOGUEIRA

A linha dura da Europa mais abastada, liderada pela senhora Merkel, continua a esticar a corda relativamente à Grécia, insistindo sobretudo na extensão do actual programa e das suas políticas, apesar do insucesso de tais medidas.

Não sei qual vai ser o resultado deste braço-de-ferro, o que sei é que a saída forçada da Grécia do euro, será o pontapé de saída para o desmoronar desta Europa onde imperam os egoísmos dos mais fortes.

Depois da saída da Grécia, Portugal fica na 1ª posição para ser o país que se segue, porque a dívida não tem como ser paga, e os mercados ficarão com a certeza de que a ajuda dos credores nunca acontecerá, bem à semelhança do que se passar agora com a Grécia.


A nível internacional a Europa vai perdendo a Grécia, a Turquia, e também a Ucrânia, e não poderá queixar-se dos outros, mas sim das suas próprias políticas e do seu egoísmo.


sexta-feira, novembro 14, 2014

ESTADO E CONFUSÕES



Este governo tem vindo a desrespeitar os funcionários públicos de todas as maneiras possíveis, seja retirando-lhes direitos, seja castigando-os com cortes específicos, mas também os tem desmoralizado sugerindo que são culpados pelo estado das finanças públicas, o que é um perfeito disparate.

Ao afirmar reiteradamente que o Estado é ineficiente, o governo nunca assume as suas culpas, antes continua a nomear cada vez mais gente da sua confiança para os lugares chave da máquina do Estado, afirmando que esses sim são os mais válidos.

As coisas mudam de figura quando existem suspeitas de actos de corrupção, tráfico de influências, branqueamento de capitais, ou favorecimento, porque aí já não se diz que são os dirigentes situados em cargos de nomeação, muitas vezes sem qualquer vínculo ao funcionalismo público, que estão em causa, antes usam termos como altos quadros do Estado, apesar de não ser uma afirmação rigorosa.