Regra geral ouvimos e lemos o que
dizem os especialistas, que estão ligados a Universidades e a instituições
financeiras e políticas, nacionais e estrangeiras, que nos apresentam retratos
da realidade económica e das projecções para os anos que se seguem, e tanto os
média como os governos, baseiam-se nos seus pareceres e conselhos para
construírem os orçamentos com que temos que viver.
Os falhanços dos especialistas
são uma constante, como se pôde constatar com a crise de 2008, que ninguém
conseguiu prever, ou com as projecções erradas do FMI, que prejudicaram mais do
que deviam, as economias dos países em maiores dificuldades. Em Portugal
enquanto a generalidade dos portugueses sofria com os cortes dos rendimentos do
trabalho e com o aumento da carga fiscal, os mais ricos ficaram ainda mais
ricos.
Onde estavam os especialistas
quando era, mais do que nunca, necessário proteger os mais fracos,
redistribuindo a pouca riqueza que era produzida? Todos sabemos que apoiaram as
políticas restritivas, foram até críticos da devolução dos cortes sofridos, e
diabolizaram todos os que queriam um alívio da austeridade.
Como acreditar nos especialistas
se estes raramente acertam? A descrença cria espaço para populismos? Talvez,
mas porque é que os especialistas nunca admitem o erro nas previsões?