terça-feira, julho 12, 2016
sexta-feira, outubro 24, 2014
TIQUES DO PODER
sexta-feira, outubro 07, 2011
RAZÕES DO FALHANÇO
Desde há muito que ando a clamar que as medidas impostas pela troika e aceites pelos três partidos nacionais (PS, PSD e CDS), não podiam ser eficazes, e creio que não estava sozinho.
Os 3 países que estavam em risco e que recorreram a planos de recuperação, Grécia, Irlanda e Portugal, tinham antecedentes e realidades diversas, mas foi-lhes receitada a mesma coisa. A Grécia habituada a driblar as regras desde sempre limitou-se a aceitar, Portugal com a sua mania de ser bom aluno fez o mesmo, já a Irlanda tendo consciência das suas reais potencialidades e vantagens competitivas, não se dobrou no que achou ser-lhe prejudicial e fez valer a sua soberania.
O grande factor de competitividade da Irlanda está precisamente na carga fiscal, que é muito mais baixa do que a nossa, refiro-me a empresas e particulares, e isso está a servir para o relançamento económico que contrasta com a recessão que Portugal e a Grécia estão a atravessar e que vai continuar, se não mesmo piorar.
Será que é muito difícil chegar a estas conclusões, ou será que os nossos governantes preferem mesmo que se perca o resto de soberania que nos resta e desejem entregar a governação às instituições internacionais por manifesta incapacidade?


quinta-feira, março 03, 2011
SÓCRATES O PODEROSO
Que Portugal não deve prestar vassalagem à Alemanha, isso eu não iria contestar, porque prezo muito a nossa independência, mas não creio que o mesmo possa ser dito por José Sócrates, porque ele tem o seu lugar dependente do aval da senhora Merkel.
Não me esqueci da viagem recente de Merkel a Espanha, o que nada tem de comparável à deslocação de Sócrates a Berlim, certamente não para comer umas bolas de Berlim, mas para receber umas palavras públicas de alento da Angela.
Os números que por cá agita freneticamente o chefe do executivo, não têm o mesmo efeito em Berlim, e muito menos nos mercados que só gostam de jogar pelo seguro, ou então de ganhar dinheiro a rodos com aqueles que estão mesmo necessitados de recorrer aos seus préstimos.
O futuro de Portugal está há vários anos nas mãos de Sócrates e os resultados estão bem patentes. Os portugueses vão ter que decidir, mais cedo ou mais tarde, se é de políticos deste calibre que o país precisa.