A Câmara Municipal de Lisboa vai
decidir se os brasões da Praça do Império, fronteiros ao Mosteiro dos
Jerónimos, vão ser substituídos por relva, conforme prevê o projecto vencedor
do concurso de ideias lançado pela edilidade.
Conhecendo-se o que pensa sobre o
assunto José Sá Fernandes e o Antigo presidente, António Costa, nem surpreende
a escolha feita pelo júri, basta recordar o que ambos disseram há uns dois
anos.
José Sá Fernandes disse que a
autarquia não iria despender “recursos financeiros a recuperar os brasões
criados pelo Estado Novo das antigas colónias portuguesas e que há muito não
existem, nem sequer como arranjos florais no local”. António Costa, ao tempo
presidente da CML, não foi tão longe como o seu vereador, mas lá foi afirmando
que se devia tentar encontrar uma solução mais barata, porque a manutenção do
jardim era muito cara, mas salvaguardando a sua componente histórica.
O senhor vereador arranjou uma
desculpa muito esfarrapada e sem qualquer coerência, porque este jardim está
enquadrado por dois monumentos do século XVI que são, conjuntamente com os
Lusíadas, os expoentes máximos da gesta marítima, que culminaria no império
ultramarino, e a praça onde está inserido é, nada mais, nada menos, a Praça do
Império. O antigo presidente comete um erro de palmatória, ignorando o facto
muito simples de que o investimento de qualidade numa área como esta, é factor
de atracção de visitantes, ao contrário da escolha de soluções baratas e sem
qualidade. Vão até Monserrate ou até à Gulbenkian para perceber.
Começa a ficar clara a razão por
que caiu por terra o projecto que chegou a ser aprovado para o Eixo Belém/Ajuda,
em que se previa investir em qualidade e optimização de recursos, que depois se
disse que iria ser substituído por outro com uma intervenção relevante da CML,
mas que ficou adiado por tempo indefinido.
Porque quem passa muito tempo nos
gabinetes não vê as realidades, talvez seja de recomendar uma ida, a pé à zona,
e poderão ver que em dias de sol é muito comum ver grupos de pessoas, nacionais
e estrangeiros, deitados nos relvados em fato de banho, apanhando sol no
intervalo das suas voltas pela zona. O futuro relvado junto à fonte monumental,
quase sempre desligada, é um perfeito solário, apetecível para quem quiser
obter um bronzeado rápido.
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Fotos da net
OBRIGADO pelo apoio e palavras sábias!
ResponderEliminarMas...
não é fácil....só quem passa por elas...é que sabe o que sente!
Está provado, por estudos, que a SOLIDÃO existe e...MATA.
Não sabia?
Essa teoria está errada e ultrapassada:
a solidão só existe na nossa mente
.....
SIM existe comunicação
porque conseguimos comunicar com outros, por textos, imagens ou de outra qualquer maneira, porque a comunicação tem muitas formas de expressão...
Só isso... não invalida que se sinta a SOLIDÃO.
A falta de um ombro amigo - uma palavra - companhia...
Quanto ao seu conselho:
Força, que para a frente é que é caminho!
Meu Amigo, é o que eu faço todos os dias
Mas... também se perdem as FORÇAS.
Não somos de ferro.
Um abraço.
ResponderEliminarignorando o facto muito simples
de que o investimento de qualidade numa área como esta,
é factor de atracção de visitantes,
ao contrário da escolha de soluções baratas e sem qualidade.
Vão até Monserrate ou até à Gulbenkian para perceber.
CONCORDO consigo!!!
Gosto daquela parte em que o vereador disse que aquilo podia ser "ofensivo"... Anda tudo muito sensível, pelos vistos!
ResponderEliminarcada vez se vè tudo mais seco
ResponderEliminarSaudações