A discussão sobre a justeza dos
grandes salários auferidos pelos grandes gestores está sempre inquinada, porque
o argumento da sua competência esbarra sempre na realidade dos salários
praticados pelas empresas a todos os restantes trabalhadores.
É sabido que uma boa gestão e uma
liderança competente de equipas é essencial para alcançar bons resultados, mas
a competência de todos é o factor primeiro para que tudo funcione.
O grande problema nesta discussão
é o existirem grandes empresas onde os salários rondam os mínimos em quase
todos os grupos profissionais representados, e onde os salários dos gestores de
topo ascendem a muitos milhares de euros, como se as competências deles fossem
o único factor responsável pelo sucesso das empresas.
A teoria de que quando se alcança
o sucesso o grande responsável é o chefe, e de que quando se falham objectivos
as culpas são dos trabalhadores, dos mercados e da conjuntura, é uma grande
treta, e é defendida apenas por quem beneficia com isso.
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