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sábado, janeiro 27, 2018

PATRIMÓNIO PRESENTE E FUTURO



Todos os anos assistimos aos anúncios eufóricos do aumento das visitas aos museus, palácios e monumentos portugueses e se os museus apresentam números mais modestos, os palácios sobem a parada e os monumentos arrasam com números muito superiores.

Sabemos que o aumento do número de turistas justifica o aumento do número de visitantes do nosso Património, mas desconhecemos qual o impacto real nas receitas, porque em alguns casos temos a gratuitidades que podem influenciar mais o aumento das entradas do que o aumento das receitas obtidas.

Outra incógnita prende-se com o investimento realizado nestes últimos anos, que podem ou não, estar relacionados com a atractividade dos diversos serviços. Se no caso do Castelo de S. Jorge temos bastante publicidade e o benefício da centralidade, e se nos monumentos de Sintra também temos boa publicidade, investimento elevado em renovação e conservação, no caso do Património dependente do Ministério da Cultura é tudo mais opaco e difícil de aferir, serviço a serviço.

O turismo não aumentará sempre e as crises são sempre imprevisíveis, e em tempos de quebra do turismo serão mais procurados os serviços mais conhecidos, mais bem cuidados e bem apetrechados. 

Em tempos de vacas gordas bem se podia aproveitar o aumento de receitas para investir em conservação, renovação, e modernização, o que não tem sido claro nos serviços sob alçada directa do Estado, apesar das promessas eleitorais dos partidos do governo e da oposição.



quinta-feira, outubro 26, 2017

FORMAÇÃO PROFISSIONAL



À medida que a técnica avança e os processos de produção evoluem, mais se torna evidente que a formação profissional se torna mais específica em todos os sectores.

Ver tanto na indústria, como no comércio, e ainda nos serviços, o patronato a queixar-se da falta de trabalhadores qualificados, deixa-me preocupado.

As universidades, os politécnicos e o ensino em geral, lançam no mercado de trabalho, todos os anos, milhares de jovens que não encontram emprego como os números do desemprego jovem o demonstra, e isso deixa-me ainda mais preocupado.

Ver o patronato a barafustar, exigindo mais aos centros de formação profissional, suportados pelo Estado, sem ver da parte das empresas um envolvimento maior nesse processo, indigna-me bastante.

Será que todos os males residem no Estado? Sabemos que o Estado não é o melhor exemplo, mas será que os privados estão a fazer tudo o que devem fazer?



quarta-feira, julho 20, 2016

JARDINS OU RELVADOS?

A Câmara Municipal de Lisboa vai decidir se os brasões da Praça do Império, fronteiros ao Mosteiro dos Jerónimos, vão ser substituídos por relva, conforme prevê o projecto vencedor do concurso de ideias lançado pela edilidade.

Conhecendo-se o que pensa sobre o assunto José Sá Fernandes e o Antigo presidente, António Costa, nem surpreende a escolha feita pelo júri, basta recordar o que ambos disseram há uns dois anos.

José Sá Fernandes disse que a autarquia não iria despender “recursos financeiros a recuperar os brasões criados pelo Estado Novo das antigas colónias portuguesas e que há muito não existem, nem sequer como arranjos florais no local”. António Costa, ao tempo presidente da CML, não foi tão longe como o seu vereador, mas lá foi afirmando que se devia tentar encontrar uma solução mais barata, porque a manutenção do jardim era muito cara, mas salvaguardando a sua componente histórica.

O senhor vereador arranjou uma desculpa muito esfarrapada e sem qualquer coerência, porque este jardim está enquadrado por dois monumentos do século XVI que são, conjuntamente com os Lusíadas, os expoentes máximos da gesta marítima, que culminaria no império ultramarino, e a praça onde está inserido é, nada mais, nada menos, a Praça do Império. O antigo presidente comete um erro de palmatória, ignorando o facto muito simples de que o investimento de qualidade numa área como esta, é factor de atracção de visitantes, ao contrário da escolha de soluções baratas e sem qualidade. Vão até Monserrate ou até à Gulbenkian para perceber.

Começa a ficar clara a razão por que caiu por terra o projecto que chegou a ser aprovado para o Eixo Belém/Ajuda, em que se previa investir em qualidade e optimização de recursos, que depois se disse que iria ser substituído por outro com uma intervenção relevante da CML, mas que ficou adiado por tempo indefinido.


Porque quem passa muito tempo nos gabinetes não vê as realidades, talvez seja de recomendar uma ida, a pé à zona, e poderão ver que em dias de sol é muito comum ver grupos de pessoas, nacionais e estrangeiros, deitados nos relvados em fato de banho, apanhando sol no intervalo das suas voltas pela zona. O futuro relvado junto à fonte monumental, quase sempre desligada, é um perfeito solário, apetecível para quem quiser obter um bronzeado rápido.

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Fotos da net

quarta-feira, dezembro 21, 2011

FALAR DE BARRIGA CHEIA

Depois de um secretário de Estado, e do primeiro-ministro, eis que vem um deputado ao Parlamento Europeu, de peso e com peso no PSD, exaltar a solução da emigração para quem não encontra trabalho em Portugal.

Aquilo que podia ter sido um mero lapso comunicacional, afinal é uma ideia arreigada neste partido instalado no poder, o que dá um sinal muito negativo deste tipo de governação.

Já se sabia que o ministério da Economia tem sido inoperante, mas faltava ainda ouvir da boca de governantes que não existe qualquer estratégia de crescimento para o país.

Quanto a Paulo Rangel, para quem este tipo de declarações não são “motivo para escândalo”, convém recordar que é um emigrante privilegiado que pouco ou nada sabe das dificuldades ligadas ao desemprego e à emigração forçada. Apetece dizer que para o seu lugar, senhor deputado há mais de 700 mil candidatos.

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Foto - Vermelha

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Humor e Ideias

terça-feira, outubro 21, 2008

E AS SUAS EXPLICAÇÕES?

O ministro Teixeira dos Santos, na sua forma peculiar de falar, disparou contra a oposição de esquerda, devido às críticas contra a garantia de 20 mil milhões de euros concedida pelo Estado a bancos que possam enfrentar dificuldades. Eu não esperava que viesse aplaudir os críticos, mas achei que os termos utilizados “só por cegueira ideológica se pode ver nesta iniciativa uma ajuda aos banqueiros”, um tanto ou quanto excessiva.

Sem defender qualquer ideologia, isto para respeitar a fraseologia do ministro, são muitos os portugueses que esperavam da parte do senhor ministro explicações detalhadas sobre o modo como vai ser controlada esta operação, quais os instrumentos que serão utilizados para fiscalizar a utilização dos dinheiros, e quais as garantias que podem ser accionadas para garantir um bom investimento dos dinheiros dos contribuintes. Em traços gerais estas são as legítimas preocupações dos cidadãos deste país.

Parece-me que sem os esclarecimentos claros e legais por parte do Governo, todas as dúvidas são legítimas. Note-se que qualquer investidor privado ao garantir empréstimos, enquanto fiador ou avalista, impõe naturalmente condições várias e procura garantir uma remuneração adequada, dependente do montante do acordo. Será que as dúvidas sobre as garantias dum negócio, sim porque isto é tipicamente um negócio, podem ser interpretadas como sendo ideológicas?

Já agora, senhor ministro, a tal crise financeira internacional de que fala não terá também, ainda que em parte, a mão de alguns gestores de bancos nacionais que terão investido imprudentemente em fundos estrangeiros de altíssimo risco, transportando para cá os efeitos nefastos da espiral especulativa? É que não me consta que tenham existido demissões em qualquer banco nacional por tais motivos, e isso deixa-me ainda mais preocupado.



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Fotos - Natureza
By Palaciano

By Palaciano
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Humor Armado
Dario Castillejos

Zhu-Cheng