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quarta-feira, junho 06, 2018

DOIS MUSEUS DOS COCHES

Por razões que nos ultrapassam temos dois museus dos coches, o antigo a que agora chamam Picadeiro Real (mas que continua sinalizado como Museu dos Coches), e o Museu dos Coches oficial, que está situado no novo edifício, por acaso quase em frente ao antigo, o que para o turista é uma imensa confusão.

Sei que o antigo edifício tem muito mais charme, e que os coches se enquadravam melhor naquelas instalações, apesar da sua exiguidade tendo em conta a soberba colecção de viaturas que temos, mas depois dos milhões gastos na construção do novo edifício, será que faz sentido manter as duas instalações com coches em exposição?

Já constou por diversas vezes que o antigo edifício ia ser recuperado e que se lhe daria nova utilidade, contudo “quase” tudo ficou na mesma.

Sublinhei o “quase” porque parece que o Picadeiro Real passou a ter uma nova utilidade ( e daí não vem nenhum mal ao mundo), pois está transformado numa sala de recepções da Presidência da República, entre outras utilizações de eventos.


O que mais me intriga é a razão de não se ter ainda recuperado o edifício, que é magnífico, e não se lhe tenha dado um destino definido, adequado à sua importância patrimonial. 


sexta-feira, junho 16, 2017

O NOVO MUSEU DOS COCHES (RENOVADO)

Fui um crítico deste novo museu, e embora ainda não esteja rendido a este espaço que continua a demonstrar algumas fragilidades em aspectos de segurança, especialmente no que respeita a pessoas com mobilidade reduzida, tenho que reconhecer que existem alguns progressos.

Falando de progressos registe-se que existe mais informação, não só nos monitores (poucos), mas também nas próprias barreiras divisórias e na aplicação disponível, que contudo não correu com recurso ao Wi-Fi.

Registe-se que vi, por duas vezes em meia hora, funcionários a chamar à atenção a visitantes de que as barreiras não eram para ultrapassar. 

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segunda-feira, julho 18, 2016

BRINCANDO COM COCHES

Neste país brinca-se com o Património, e cada nova leva de políticos no poder consegue surpreender-nos mais do que a safra anterior.

Durante anos a colecção de coches esteve distribuída por dois locais, uma parte em Vila Viçosa e outra no Museu dos Coches, que manifestamente não tinha espaço para expor toda a colecção.

Em 2015 foi inaugurado o novo museu, com pompa e circunstância, depois de muitos milhões gastos numa obra mais do que discutível, mas que foi feita para albergar toda a colecção, em condições quase ideais de conservação.

Quando todos pensavam que todos os coches iríam estar expostos no novo espaço, eis que se conhece a decisão de manter aberto o antigo Picadeiro Real (antigo museu) com alguns coches ainda em exposição. Paralelamente o Paço de Vila Viçosa continuava a expor alguns coches, o que deixou muita gente confusa e até furiosa.

Soube-se agora, oficialmente, que o landau do regicídio vai estar exposto ano si, ano não, no novo museu e no Paço de Vila Viçosa, devido a um acordo entre a Cultura e a Fundação da Casa de Bragança, à época representada por Marcelo Rebelo de Sousa.

Não quero discutir a justeza da itinerância, pelo menos em termos gerais, contudo duvido que a movimentação constante de peças desta natureza seja saudável para os veículos. Outra perplexidade minha é o facto de, para ver toda a colecção de coches, se tenha que visitar três espaços diferentes, e se tenha que suportar um custo de entradas de 16 euros por pessoa, para além da deslocação.


Nota: Fui visitar a exposição temporária que está no novo museu e deparei-me com uma situação insólita de pilaretes baixos, pontiagudos, que suportam uma corda extremamente fina, que supostamente delimitará os coches como área de protecção. Será que ainda ninguém pensou no perigo de quedas e de ferimentos graves resultantes do uso de material inadequado num espaço público?  

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segunda-feira, outubro 05, 2015

DOMINGO DE ELEIÇÕES



Neste domingo fui dar uma volta com uns amigos que estão no estrangeiro, para onde foram para conseguir ganhar a vida que por cá estava difícil por motivo de desemprego, e escolhemos Belém para passar o dia, que apresentava um aspecto bastante tristonho e cinzento.

A primeira paragem foi perto dos Jerónimos, onde não fomos porque a fila à entrada era monumental, porque as entradas eram gratuitas, penso eu. Como recurso lá rumámos para o Palácio da Ajuda, este muito vazio, mesmo com as entradas grátis. A visita correu satisfatoriamente, e segundo os meus amigos, o palácio é mais bonito por dentro que a Pena ou Queluz.

Descemos novamente para Belém e fomos passear pela feira de velharias, no jardim fronteiro ao mosteiro, onde pude comprar uns postais antigos para a minha colecção. Por conselho dum amigo fui comer um cozido à portuguesa num restaurante da zona, que estava uma delícia.

Com algum tempo ainda livre, fomos ao novo Museu dos Coches, que os meus amigos não conheciam. A visita começou bem, e reparei que estava bastante gente lá. À saída assisti à explicação duma funcionária que se desdobrava em desculpas por estarem avariados os dois elevadores que umas pessoas de idade procuravam. A avaria, segundo percebi, até nem acontece pela primeira vez, e não tem solução rápida, pois um dos aparelhos já estava avariado há dois dias.
 
Bem sei que as entradas eram grátis, e que era o dia das eleições legislativas, mas nada disso desculpa o desleixo e a falta cuidado na elaboração do projecto deste edifício que é um espaço aberto ao público.  

terça-feira, março 24, 2015

MUSEU DOS COCHES



Em Portugal já se conheceram muitos políticos deslumbrados, e quase todos estiveram envolvidos em projectos megalómanos, que custam os olhos da cara e que nunca se sustentarão a si próprios.

Quando falamos de equipamentos culturais, e fizeram-se alguns nos últimos 20 anos, as coisas tomam aspectos que roçam a tragédia, isto apesar do que vemos na imprensa, que nunca contabiliza apenas receitas e custos, como deve ser. Em boa verdade há uma honrosa excepção, que é o Oceanário de Lisboa, que serve para confirmar a regra.

Isto tudo vem a propósito do novo Museu dos Coches, que terá enormes custos de manutenção do edifício, que obrigariam a ter quase um milhão de visitas pagantes/ano para cobrir os custos de funcionamento, o que dificilmente acontecerá nos próximos 5 anos.

A vaidade de muitos governantes é um fardo que todos suportaremos com os impostos que nos vão sufocando. O novo museu foi um erro, e não há como voltar atrás.