Li há pouco uma notícia dizendo
que “25% dos agentes vão deixar a PSP nos próximos cinco anos”, e a razão era o
nível médio de idades dos agentes, que é muito elevado. Nos museus do Estado a
situação é ainda mais grave, pelo mesmo motivo e por outros que nunca vêm a
público.
Durante cerca de duas décadas as
entradas de pessoal para os quadros dos museus, e refiro-me ao pessoal que
garante o seu funcionamento diário e o restauro e manutenção das colecções e do
edifício, estiveram congeladas, e foi-se recorrendo a contratos das mais
variadas naturezas, e a desempregados para manter os serviços em funcionamento.
O envelhecimento do pessoal do
quadro foi uma consequência das más políticas de recursos humanos. Os problemas
não se resumem apenas à idade, mas também aos baixos salários, que em média
estão nos 750 euros, e nos horários que incluem o trabalho aos sábados e
domingos sem qualquer remuneração de trabalho extra nestes dias, ao contrário
do que se passa com todas as outras categorias com horários diferenciados.
A situação actual é péssima e
desmotivante para estes profissionais, mas vai piorar dentro de pouco tempo,
porque com os concursos internos para absorver o pessoal na requalificação, vão
entrar novos elementos, que poderão auferir logo à partida salários superiores
(850 euros) aos dos funcionários que lhes vão ensinar o ofício e que têm
carreiras de mais de 20 ou 30 anos, o que é caricato.
Ministério da Cultura e
sindicatos estão muito distraídos, mas a insatisfação dos funcionários é
imensa, e os novos elementos, diz-nos a experiência, não vão aquecer o lugar, e
depois de adquirirem a categoria, que muitos não tinham, vão rumar a outros
serviços também com necessidades de pessoal, e com horários de segunda a sexta,
e sem obrigatoriedade de trabalho aos feriados.
Branca by Palaciano
É estranho trabalhar aos sábados e domingos a singelo, e creio que não existe paralelo na fp. Eles que se mexam, porra!
ResponderEliminarBjo da Sílvia