quinta-feira, abril 29, 2010

ROBINS DOS BANCOS

Não costumo ter paciência para ouvir ou ler os “especialistas em economia”, e muito menos os comentadores dessa área cujas previsões e conselhos surgem sempre com atraso e ao sabor dos grandes interesses instalados.

Recebi por email um artigo de opinião de Nicolau Santos cujo título era “Cinco medidas imediatas para responder à crise”. Conheço bem a opinião do escriba, e o artigo confirmou a opinião (desfavorável) que tinha sobre ele.

As medidas imediatas que Nicolau Santos avança, são mais do mesmo. Cortes nas despesas do Estado, aumento do IVA e mais congelamentos para os funcionários públicos. Previsível e na linha do que os partidos do centrão vão adiantando.

Se bem me recordo não se prevê ir buscar dinheiro onde comprovadamente ele está, nem sequer penalizar quem durante estes anos todos delapidou o erário público, ou os verdadeiros responsáveis pela crise económica que até beneficiaram de ajudas com o nosso dinheiro.

As soluções destes senhores são há muito tempo as mesmas, e incidem sobre os rendimentos do trabalho, sobre as pensões para as quais descontámos durante muitas décadas, e até sobre os subsídios de desemprego que é um direito adquirido.

Votem nestes senhores, e depois venham queixar-se! Um dia a casa vem abaixo, e eu estou preparado para atirar uns quantos tijolos a estas cabecinhas pensantes.



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Fotos Variadas
Антонио

Солнца

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Humor Variado
Junião

Jalal Pirmarzabad

quarta-feira, abril 28, 2010

OBVIAMENTE!

Um dos direitos adquiridos pelos trabalhadores, quando atingidos pelo flagelo do desemprego, é o de auferirem do subsídio de desemprego de acordo com os descontos por si efectuados enquanto no desempenho activo da sua actividade.

Este direito começa a ser posto em causa pelo patronato, o que até é curioso, pretendendo que se corte no subsídio de desemprego, acabando mesmo com o limite mínimo desta prestação. A argumentação é fraca e prende-se, ao que se sabe, com a intenção de incentivar a procura de emprego por parte dos beneficiários deste subsídio.

As reais intenções da Confederação da Indústria Portuguesa, são bastante claras para quem esteja atento, basta tentar encontrar respostas para algumas questões:

- Não se questiona na proposta da CIP o limite máximo da prestação do subsídio de desemprego.

- Quando se pretende penalizar as recusas de ofertas de emprego, porque não se prevê a penalização de quem faça ofertas com valor abaixo do que está consagrado, ou com outras condições irregulares perante a lei?

- Alegando-se que podem existir situações irregulares por parte de alguns beneficiários da prestação em causa, porque não se propõe a intensificação da fiscalização, no intuito de punir os prevaricadores?

- Como é que se entende que estas medidas sejam sugeridas quando as ofertas de trabalho são ainda inferiores ao número de trabalhadores despedidos, ou que perdem o emprego por via de falências e cortes de pessoal, acrescido do número de jovens em idade e em condições de entrarem na sua vida laboral activa.

A pressão sobre os desempregados com as medidas propostas beneficia objectivamente as entidades patronais, que com o aumento da oferta e das situações cada vez mais difíceis pela escassez de postos de trabalho, esperam conseguir mão-de-obra cada vez mais barata.



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Fotos - Dieta
Apple-a-Day By matstake

Open Wide By matstake

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Humor - Adão e Eva a Caminho do Paraíso

segunda-feira, abril 26, 2010

O DESAGRADO E A GREVE

O direito à greve está consagrado na Constituição, e é uma forma de demonstrar o desagrado e a discordância com situações que são consideradas más para os trabalhadores.

A greve é na sua essência uma desobediência civil enquadrada por um regime legal que lhe dá cobertura. Os funcionários em greve na prática recusam-se a obedecer às ordens dos respectivos empregadores durante o período de vigência constante no pré-aviso de greve.

Há sempre inconvenientes para terceiros durante uma greve, mas isso é inevitável pois o funcionamento dos serviços não pode ser normal com parte, ou mesmo a totalidade dos funcionários em greve.

Há quem não acredite na eficácia das greves e argumente apenas com os inconvenientes, mas a esses nunca ouvi nenhuma alternativa que possa fazer vingar as reivindicações justas dos trabalhadores. Se as há venham daí sugestões praticáveis, ou então para sempre se calem sobre este assunto.

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Foto - Florida


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Humor Russo

920

domingo, abril 25, 2010

ABRIL E A LIBERDADE



O 1º sinal da Revolução dos Cravos, que foi o fim do regime caduco existente. Abril ainda não se cumpriu, mas há quem o recorde para que as gerações futuras saibam que a Liberdade se conquista, não cai do céu.



Abril de sim, Abril de Não
Manuel Alegre

Eu vi Abril por fora e Abril por dentro
vi o Abril que foi e Abril de agora
eu vi Abril em festa e Abril lamento
Abril como quem ri como quem chora.
Eu vi chorar Abril e Abril partir
vi o Abril de sim e Abril de não
Abril que já não é Abril por vir
e como tudo o mais contradição.
Vi o Abril que ganha e Abril que perde
Abril que foi Abril e o que não foi
eu vi Abril de ser e de não ser.
Abril de Abril vestido (Abril tão verde)
Abril de Abril despido (Abril que dói)
Abril já feito. E ainda por fazer.





Liberdade
Sérgio Godinho

Viemos com o peso do passado e da semente
esperar tantos anos torna tudo mais urgente
e a sede de uma espera só se ataca na torrente
e a sede de uma espera só se ataca na torrente

Vivemos tantos anos a falar pela calada
só se pode querer tudo quanto não se teve nada
só se quer a vida cheia quem teve vida parada
só se quer a vida cheia quem teve vida parada

Só há liberdade a sério quando houver
a paz o pão
habitação
saúde educação
só há liberdade a sério quando houver
liberdade de mudar e decidir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir.

sábado, abril 24, 2010

CURIOSIDADES DO BANANAL

Não me apetece dizer quem foram os entusiastas que teceram rasgados elogios ao Autódromo do Algarve, mas fiquei esclarecido quanto à razoabilidade do projecto. Nos últimos dias tornou-se público que o empreendimento nunca será rentável e que Armando Vara terá tentado convencer o Governo de que a nacionalização do autódromo era uma boa solução. Adivinha-se que o BCP é um dos grandes credores da Parkalgar.

Mudando de ramo temos novidades na saúde, onde parece que as figuras VIP aqui do pedaço preferem o SNS. Ao que consta por aí, várias figuras públicas melhoraram o seu aspecto no Hospital Egas Moniz, beneficiando de preços camaradas. Parece me que era disto que falava o PSD quando queria poupanças na saúde!

Numa outra frente tivemos a situação inexplicável da recusa de Rui Pedro Soares em responder às questões da Comissão Parlamentar de Inquérito ao negócio PT/TVI, com o fantástico argumento de não se querer incriminar. É difícil de explicar como é que alguém que não é arguido nem testemunha, porque não existe nenhum processo em curso sobre esta matéria, se refugia nesta figura jurídica. Mais estranho também é que durante a declaração em que se recusava a prestar depoimentos, esclareceu que podia ter eventualmente mencionado abusivamente o nome do 1º ministro, que nada tinha que ver com o assunto.

Tudo isto retrata fielmente o panorama que temos, bem como a opinião que muitos de nós temos sobre a política caseira.






Depois de ver isto o que é que mais nos pode admirar?

sexta-feira, abril 23, 2010

TÍTULO

MORALES: GAYS E CALVÍCIE SÃO CULPA DOS FRANGOS DE AVIÁRIO
AQUI





Uma versão da música de Dylan acima referida

quinta-feira, abril 22, 2010

FALTA DE INSPIRAÇÃO

Por vezes não há inspiração que nos valha, mas resta sempre a boa disposição e alguns amigos para nos salvar o dia.



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Fotografia & Natureza
Sweet Like Candy To My Soul by Dennis-B

We Should Keep This Secret by My-D4

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Humor & Política

terça-feira, abril 20, 2010

EXPLICAÇÃO COXA

O Tribunal Constitucional acabou por dar luz verde à passagem a contrato de trabalho da grande maioria dos funcionários públicos, uma mudança de vínculo que é muito contestada.

Não duvido da idoneidade deste Tribunal, nem da sua competência, mas as suas conclusões nesta matéria deixam mais dúvidas do que certezas. Para o TC esta mudança de vínculo na Função Pública não coloca em causa a segurança no emprego dos funcionários nem as funções públicas.

Confiando na decisão deste tribunal e nos seus considerandos, fica por esclarecer a razão que presidiu ao Governo para ter considerado ser necessário fazer este diploma. Se é verdade que nenhuns direitos que assistiam aos funcionários com o vínculo anterior, são postos em causa por este diploma, então porque é que uma das partes decidiu alterar unilateralmente contratos assumidos e assinados com milhares de portugueses?

Isto, o Tribunal Constitucional não diz, nem o Governo esclarece. A clareza exigia mais destas entidades, porque não se entende que existam mudanças para que tudo fique na mesma.

Será mesmo?



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Fotos - Transportes Alternativos
By Ameivaboy

By tess78

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Caricaturas & Cinema
Sebastian Kruger

UMa Thurman/Kill bill by Davies Niel

segunda-feira, abril 19, 2010

DESENHOS

Enquanto por cá se comemorava o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, no dia 18 de Abril, com algumas actividades interessantes, nos monumentos nacionais, eu entretinha-me a refazer planos para ir ver uma exposição que começa em breve no British Museum, mais precisamente a partir de 22 de Abril.

A tal nuvem de poeiras do vulcão da Islândia pode estragar os meus planos, e até umas merecidas férias, a menos que se dissipe ou que eu abdique de dois dias e mude de meio de transporte.

A exposição de desenhos da renascença italiana está à minha espera, e se não puder ir agora vou apontar para Julho. Para vos adoçar a boca deixo abaixo um vídeo elucidativo que pode influenciar alguém a visitar esta mostra , ou quem sabe todo o museu que é muito interessante.




quinta-feira, abril 15, 2010

COMPETITIVIDADE

Há uma linguagem nova que está para além do entendimento do cidadão normal, mas que é utilizado sempre que os governos nos querem obrigar a apertar o cinto, e chama-se economês.

Em tempos de crise os cidadãos questionam-se acerca dos salários milionários dos altos cargos das empresas, públicas e privadas, tendo como termo de comparação os salários dos restantes trabalhadores, e invariavelmente as respostas derivam do discurso da excelência dos gestores e no mérito dos mesmos.

É curioso que os argumentos utilizados quando o grosso dos trabalhadores reivindicam melhores salários, viram-se para a baixa produtividade das empresas portuguesas quando comparadas com as suas concorrentes a nível global.

Não somos competitivos nem produtivos, mas os gestores têm imenso mérito e comparam muito melhor com os seus congéneres internacionais, aos contrário dos restantes trabalhadores que cada vez mais vão ficando para trás relativamente aos seus colegas de outros países.

As regras do mercado aplicam-se aos altos dirigentes, aos preços dos bens que consumimos, só não se aplicam do mesmo modo aos salários da grande maioria dos nativos. Já me explicaram que É A ECONOMIA, mas eu devo ser mesmo muito estúpido, já que não encontro nenhuma lógica neste discurso em economês.



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Foto - A Tanga
De Tanga por AG64

terça-feira, abril 13, 2010

UM TACHO DE CIMENTO

Os ventos liberais que sopram dentro do PS de Sócrates, e agora também no PSD com esta nova gerência, não descansam nenhum português preocupado com mercados justos e preocupações sociais.

O “S” que ambos partidos usam nas suas siglas é um mero apêndice enganador, que serve apenas para iludir distraídos ou pouco atentos cidadãos. As preocupações sociais são incompatíveis com um liberalismo selvagem, por falta de verdadeira regulação dum Estado descomprometido com quaisquer interesses económicos.

A imagem que estes dois partidos projectam é a de quererem posicionar pessoas das suas hostes em lugares de decisão em empresas chave, para obterem por interpostos indivíduos, cobertura para alcançar objectivos precisos, que não são coincidentes com o interesse público.

Até hoje ainda não se tornou claro se os dois altos quadros da PT que são suspeitos no caso da TVI foram nomeados por indicação do governo, ou não, o que é completamente aberrante, e ainda assim assiste-se ao espectáculo ridículo da guerra de nomes para a administração da Cimpor, onde figuraram ex-políticos, que parece ter terminado com a escolha de um deles, que por acaso, esteve numa pasta ligada ao negócio que a empresa desenvolve.

Será que é necessário alterar a Constituição para obviar a esta promiscuidade entre a política e os negócios, ou será que basta respeitar as incompatibilidades óbvias? É que com este espectáculo ficamos todos com a impressão que a política deixou de ser uma actividade nobre, em que o interesse público está acima de tudo, para se tornar numa profissão onde os interesses pessoais e os do partido estão em 1º lugar.



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Fotografia da Boda
A dog wedding by FullFrame.no

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Caricaturas e Cinema
Jim Carrey by Sebastian Kruger

Brad Pitt By David Pablo Pugliese

SÓ QUERIA ENTENDER...

O governo tem brindado os cidadãos nacionais com o discurso da crise, com os constantes pedidos de sacrifícios, com os cortes nas pensões, o aumento da idade da reforma, o congelamento dos salários e o aumento da carga fiscal, como se os culpados desta situação sejam os cidadãos, e não os responsáveis governamentais e os especuladores e trafulhas que andam por aí impunemente como se nada se tivesse passado.

Aos governantes incompetentes, acrescente-se as autoridades dos mercados, completamente inoperantes e os muitos boys que pululam por tudo o que é direcção de serviços públicos e empresas do Estado ou por ele comparticipadas. Afinal muitos daqueles que nos ofendem dizendo que são da classe média nacional, mas que abicham balúrdios que aos poucos vão sendo conhecidos.

Difícil de entender, e eles nem sequer falam do assunto, é o facto de Portugal ter dinheiro para emprestar à Grécia e, pasme-se, a Angola. Eu só gostava que um dos iluminados deste país me explicasse como é que emprestamos dinheiro a Angola e agora tenhamos a Sonangol a tomar uma posição de 20% na GALP. Nem falo da Grécia porque temos muito a perder com a penalização daquela economia por existir dívida pública grega em mãos nacionais.

A economia deve ser mesmo muito complicada para o cidadão normal entender, mas confesso que nenhum dos nossos gurus vem a terreiro dar umas explicações para que nós entendamos estas jogadas esquisitas.



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Fotos Macro
By Лилия

By Palaciano

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Humor Nacional
Tolerância Papal por Henrique Monteiro

A refeição do PGR por Henrique Monteiro

sábado, abril 10, 2010

POBRES CORRUPTOS...

O estudo conhecido esta semana sobre a corrupção em Portugal tem uma conclusão mais do que estranha: «500 euros é o valor médio nos casos de corrupção». Outra conclusão, também ela estranha, é de que a corrupção se restringe quase que em exclusivo às câmaras municipais e às forças de segurança, melhor dito, aos funcionários destas duas áreas.

A credibilidade deste estudo emparelha bem com uma afirmação que, no DN de sexta-feira, é veiculada e segundo a qual o «enriquecimento ilícito só (existe enquanto crime) no Botswana e na Colômbia». Esta conclusão é atribuída a uma catedrática de Coimbra, certamente conhecedora da matéria, que diz que a proposta da criação do crime de enriquecimento ilícito, em debate na AR, dificilmente passará no crivo do Tribunal Constitucional.

Poder-se-ia concluir, pelo que se conhece a este propósito, que só os pobres são corruptos, ou que os corruptos são, apesar de tudo, pobres. Seguindo o raciocínio da senhora catedrática, também fica mais do que esclarecido porque é que casos de corrupção de grande envergadura nunca acabam em condenação: é por causa da Constituição Portuguesa.

Ler a barbaridade que escrevi, depois de ler a notícia do DN, até a mim me dá arrepios, porque é demasiado mau para ser verdade.





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Pintura Diversa
136 by StudioUndertheMoon

135 by StudioUndertheMoon

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Caricaturas Diversas
Pele por Fernandes

Akira Kurosawa por Fernandes

quarta-feira, abril 07, 2010

A SANGRIA CONTINUA

Durante muitos anos a função pública foi engordada com a admissão de boys e girls, da absoluta confiança de quem lá os colocava. Concursos simplesmente não eram necessários, e criava-se logo um vínculo ao Estado que garantia o futuro dos nomeados mesmo que o poder mudasse de cor.

Quando se começou a falar no monstro, prevaleceu a ideia de diminuir o número de funcionários, mas está claro que apenas aconteceu uma diminuição dos funcionários que tinham ingressado nas suas carreiras por concurso e não por nomeação.

Os gastos do Estado com as funções de que é responsável aumentaram, ao mesmo tempo que diminuía o número de funcionários, mostrando que as aquisições de serviços a entidades externas, não significam qualquer poupança.

Demagogicamente penalizaram-se as reformas, que deixaram de respeitar os tempos de serviço em detrimento da idade. Os direitos foram atropelados, e as reformas deixaram de ser calculadas em função do tempo de serviço, passando a haver penalizações em função da idade, acrescida da penalização relativa ao tempo de trabalho que também aumentou.

Admiram-se agora que o número dos que pedem reformas antecipadas seja altíssimo, e que os serviços, se vejam a braços com falta de pessoal. Os funcionários optam por um mal menor, que é a actual penalização, porque no futuro ela será maior e os cálculos das pensões serão certamente menos favoráveis (ainda), do que actualmente.

O desmantelamento da função pública serve alguém, muito provavelmente determinadas empresas, interesses partidários e políticos que são muito perigosos para a Democracia.



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Fotos - O Fantástico
Sea Castle By Deconstructed Harry

Pipe Dream By boofhead

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Humor de Batina
Simanca Osmani

Simanca Osmani

terça-feira, abril 06, 2010

MALANDROS...

O DN já conheceu dias de verdadeira isenção e de jornalismo sério. Não me apetece falar de política, pelo menos hoje, mas sim da utilização de títulos que induzem em erro os mais distraídos e muito, convenientes para alguns que ficam à espera de reacções induzidas por esses títulos.

O título que escolhi dizia “Museus encerram na Páscoa”, sendo que no corpo da notícia se descobre que afinal só estiveram encerrados no domingo de Páscoa.

Aquilo que podia ser uma notícia, é apenas um comentário do jornalista, que partindo de um título enganador suscita opiniões apressadas e incorrectas. Eu tive o cuidado de ler os comentários dos leitores à notícia em epígrafe, e pude constatar que os “malandros” são os funcionários dos museus, que “não querem trabalhar”.

Objectivamente o que se pretendeu foi acicatar o egoísmo de cada um, como se isso prejudicasse gravemente as famílias (nacionais) e os turistas, que maioritariamente eram espanhóis.

Tudo podia ser diferente se o senhor jornalista tivesse o cuidado de informar os leitores, de que os museus estão abertos em todos os outros domingos do ano, cinquenta e um, e que em Espanha os museus estão encerrados 3 dias por ocasião da Páscoa. Também posso acrescentar que a imprensa espanhola não noticia o fecho dos seus museus nesta quadra, apesar de terem muita atenção ao turismo, muito mais dinâmico, organizado e lucrativo que o nosso.



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Imagem a Condizer
Magical Birds V by FrodoK

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Humor a Propósito
Os Mentirosos por Florian Doru

O Malandro por Florian Doru

A Marioneta por Florian Doru

segunda-feira, abril 05, 2010

É DE LOUCOS!

O país está de tanga, ainda que o termo utilizado seja diverso, mas há por aí uns quantos deslumbrados que fazem figura de ricos enquanto nós apertamos o cinto.

É público que na empresa mais endividada do país, a EDP, o presidente não se exime de receber num ano a módica quantia de 3,1 milhões de euros. Claro que para atingir uma dívida de mais de 14.000 milhões de euros é preciso ser-se um génio.

Um monopólio privado, com garantia de lucro e praticando tarifas das mais altas da Europa, como é a EDP, dá-se ao luxo de ter um presidente com salários milionários, num país onde se discute um aumento do salário mínimo em 25 euros.

A treta de premiar o mérito não justifica esta remuneração escandalosa a apenas um pequeno grupo de pessoas, quando o sucesso ou o insucesso de qualquer empresa é sempre resultado do esforço colectivo da grande maioria dos seus colaboradores.



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Imagem Curiosa
Forest Guardian by FrodoK

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Humor Com Espinhas
Xiao Qiang Hou

German Ponce