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sábado, junho 05, 2021

PATRIMÓNIO NA PENÚRIA

Portugal parece que tem uma ministra da Cultura, pelo menos é o que dizem, e tem também uma Direcção Geral do Património Cultural (DGPC), e ambos ocupam boa parte do Palácio da Ajuda, mas os museus, monumentos e palácios que deles dependem estão na absoluta penúria.

Há poucos dias saiu uma notícia sobre salas fechadas no Museu de Arte Antiga (MNAA), e a razão aduzida foi a da falta de pessoal de vigilância. Não foram poucos os que disseram que podia ser por causa das férias, e até que faziam pouca falta podendo ser substituídos pela vigilância electrónica.

Quem conhece bem o funcionamento destes serviços sabe bem que os problemas são outros, e que a sua resolução é da responsabilidade da tutela. Problemas como a falta de meios humanos, meios materiais, e de condições de trabalho não podem ser resolvidos nos serviços.

A situação de penúria não se esgota em salas encerradas, pois também há problemas como a falta de ar condicionado, problemas com elevadores, instalações eléctricas deficientes e perigosas, problemas informáticos, avarias de casas de banho, falta de lâmpadas, e até falta de energia eléctrica.

A senhora ministra não tem peso político, e talvez vontade, para dar recursos para resolver os problemas, e a DGPC é um monstro inoperante (falavam do antigo IPPC), que consome muitos recursos e sendo centralizador, não tem também a agilidade para actuar atempadamente.

Há quem esteja iludido com o dinheiro da raspadinha do Património, mas é uma ilusão, porque sem mudanças radicais não se dará dignidade ao nosso Património.


 

sábado, fevereiro 25, 2017

A PENÚRIA DA CULTURA

A Cultura tem sido o parente pobre dos Orçamentos de Estado dos últimos anos, tenham sido eles do PSD ou do PS, mas tendo chegado a um ponto tão baixo no ano passado, houve quem julgasse que agora com um governo apoiado pelas esquerdas houvesse uma inversão de tendência, pelo menos tendo em conta o que a esquerda tem vindo a dizer sobre o assunto.

As últimas notícias sobre os dinheiros disponíveis são decepcionantes, e como as unhas já foram roídas até ao sabugo, só resta mesmo cortar as carnes.

As alternativas são poucas e o silêncio do Ministério da Cultura é ensurdecedor, e mais ensurdecedor ainda é o silêncio da DGPC, onde a escassez de verbas pode levar ao encerramento de equipamentos.


É mesmo isto que querem os partidos que apoiam este governo? Também aqui o silêncio é muito estranho, ou talvez não…

Leitura recomendada AQUI


quarta-feira, janeiro 09, 2013

RECEITA PERIGOSA



O tema mais quente do momento é sem dúvida o relatório do FMI com propostas para cortar 4 mil milhões na despesa.

A primeira questão é a de descobrir o porquê dos 4 mil milhões, e não qualquer outra quantia, o que não tem uma resposta concreta, parecendo que se trata de um axioma. Nesta questão cabe também a interrogação sobre a oportunidade e sobre se o prazo para o corte não podia ser alargado no tempo, mas também aí não existe resposta directa.

Outra questão prende-se com a estranheza deste relatório ser coincidente com o que já ouvimos da boca de alguns gurus deste governo e oposto às declarações recentes de membros do próprio FMI.

A última questão é sobre os sujeitos que vão pagar o tal corte, quando existem muitas outras despesas do Estado, exageradas e lesivas do interesse público, onde parece que se não mexe, a crer no conteúdo do relatório em causa.

A intenção é de, objectivamente, cortar no Estado social, nos salários dos funcionários públicos, no emprego público, nas pensões e nas prestações sociais. As rendas excessivas, os encargos da dívida, as regalias dos governantes e dos detentores de altos cargos públicos e de empresas públicas são vacas sagradas a quem “a emergência nacional” não pode beliscar, como se percebe.

Mais cortes nesta ocasião são um convite claro à revolta de quem já pouco ou nada tem a perder. Eu diria que estão mesmo a pedi-las, e pode ser que seja desta que terão o tratamento que necessitam.



terça-feira, março 06, 2012

QUERO FÉRIAS IGUAIS ÀS DO PASSOS

O optimismo do primeiro-ministro quando disse que os portugueses iriam gozar as suas férias, bastando para isso gerir os seus recursos, foi uma argolada de todo o tamanho de quem ignora as dificuldades dos cidadãos.

Depois de uma série de afirmações enganosas, dizendo –se que os portugueses andavam a gastar mais do podiam, como se todos o pudessem fazer, só faltava mesmo querer que se vá gerir recursos que não existem.

A realidade acaba sempre por se encarregar em repor a verdade, e o “número de portugueses que desiste de ir de férias cresce 400%”, como divulgou agora a Comissão Europeia. No ano passado eram apenas 7,7% os portugueses que diziam não ir de férias, agora são 40%.

Estamos à frente no ranking dos que não podem ir de férias por carências económicas, mas Passos Coelho deve estar a preparar-se para tirar algum coelho da cartola, e em conjunto com o ministro Vítor Gaspar deve vir dar alguma conferência de imprensa explicando como gerir a nossa falta de graveto.

Eu estou à espera, porque trabalhando há 42 anos também me acho no direito de ir passar umas férias ao Algarve como o 1º ministro, que trabalha há muito menos tempo e tem por obrigação ajudar os portugueses a gozar as férias a que têm direito.

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Humor de Cartola

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Foto - Flor Exótica

sábado, março 03, 2012

A IGNORÂNCIA

Costuma dizer-se que cada um acredita no que quer, o que não significa na verdade que esteja certo ou errado. Há também os que acreditam em coisas para as quais não há uma explicação lógica ou científica, e a isso chama-se fé.

O homem devido à sua própria natureza necessita de acreditar em alguma coisa, chegando mesmo a acreditar no contrário daquilo que é evidente para os outros, o que pode ser devido a uma ilusão ou a pura ignorância.

Passos Coelho foi intérprete de uma tirada daquelas que evidencia a distância enorme existente entre os actores da política nacional e a realidade do país, ao dizer que acredita que os portugueses vão fazer férias de Verão.

Perante comentários negativos e alguns apupos, o primeiro-ministro questionado sobre se pensava que os portugueses ião fazer férias este ano e com que dinheiro, atirou com duas frases lapidares: “Então a senhora acha que o Governo ia decretar que não houvesse férias” e “fazendo uma boa aplicação dos recursos que têm, como é evidente.”

Apetece aqui dizer que a ignorância demonstrada é inadmissível atendendo à posição que ocupa, não só pelo número de desempregados que temos, mas também porque temos boa parte dos que têm trabalho a auferir vencimentos miseráveis, muitos em situações precárias e ainda pensionistas com pensões miseráveis.

Passos Coelho faz mal em fingir que a situação da maioria dos portugueses não é já extremamente difícil, e que já há muita gente que mesmo com empregos só já consegue sobreviver. Fazer uma boa aplicação dos recursos que têm, já não é uma opção para a maioria dos portugueses, por muito que o senhor nos queira fazer acreditar, senhor primeiro-ministro!

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Humor Mal Cheiroso

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Foto - A Flor do Dia

terça-feira, abril 13, 2010

SÓ QUERIA ENTENDER...

O governo tem brindado os cidadãos nacionais com o discurso da crise, com os constantes pedidos de sacrifícios, com os cortes nas pensões, o aumento da idade da reforma, o congelamento dos salários e o aumento da carga fiscal, como se os culpados desta situação sejam os cidadãos, e não os responsáveis governamentais e os especuladores e trafulhas que andam por aí impunemente como se nada se tivesse passado.

Aos governantes incompetentes, acrescente-se as autoridades dos mercados, completamente inoperantes e os muitos boys que pululam por tudo o que é direcção de serviços públicos e empresas do Estado ou por ele comparticipadas. Afinal muitos daqueles que nos ofendem dizendo que são da classe média nacional, mas que abicham balúrdios que aos poucos vão sendo conhecidos.

Difícil de entender, e eles nem sequer falam do assunto, é o facto de Portugal ter dinheiro para emprestar à Grécia e, pasme-se, a Angola. Eu só gostava que um dos iluminados deste país me explicasse como é que emprestamos dinheiro a Angola e agora tenhamos a Sonangol a tomar uma posição de 20% na GALP. Nem falo da Grécia porque temos muito a perder com a penalização daquela economia por existir dívida pública grega em mãos nacionais.

A economia deve ser mesmo muito complicada para o cidadão normal entender, mas confesso que nenhum dos nossos gurus vem a terreiro dar umas explicações para que nós entendamos estas jogadas esquisitas.



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Fotos Macro
By Лилия

By Palaciano

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Humor Nacional
Tolerância Papal por Henrique Monteiro

A refeição do PGR por Henrique Monteiro

terça-feira, dezembro 15, 2009

O ESPÍRITO DA ÉPOCA

A época natalícia costuma ser uma altura em que os portugueses se esquecem um pouco das cautelas e abrem os cordões à bolsa para terem a alegria e o prazer de ofertarem devidamente a família e alguns amigos. Tem sido assim até este ano mas, sim há um grande MAS, agora a situação é diferente, e mesmo que alguns o não consigam explicar, o “mas” é um verdadeiro travão que se sente mesmo.

A taxa de desemprego é simplesmente aflitiva, e são cada vez mais os portugueses que deixam de ser apoiados socialmente e no futuro não há esperanças de melhorias. Os que trabalham sabem bem que os salários são dos mais baixos da União Europeia, e que o miserável salário mínimo está ameaçado pelos mesquinhos patrões, que querem mais apoios mas não abrem os cordões à bolsa.

Ouço uns quantos falarem da diminuição da despesa corrente do Estado, cortando-se nos vencimentos, mas porque é que não se corta nas aquisições de serviços e nas Parcerias Público-Privadas (PPP) onde só os privados têm lucros garantidos? Atente-se ao que diz o Tribunal de Contas, se não acreditam no que digo.

Meus caros, se os portugueses cortarem substancialmente nos presentes de Natal, como se diz, os senhores empresários podem começar a arranjar espaço nos armazéns para guardar os monos, podem preparar-se para pedir uns dinheiros para a próxima colecção, com um spread mais alto como convém, e também podem começar a elaborar mais uns papéis para o fundo de desemprego.

Portugueses sem dinheiro para gastar no Natal é sinal de tudo o que disse, e talvez mais alguma coisa que mais à frente se verá.

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Fotos - Prova de Força
Happy meal By castiza

bestfriend By aheadmon

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Humor Caceteiro
À força...

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Música

domingo, abril 12, 2009

CURIOSIDADES PASCAIS

O ridículo não mata senão teríamos por uns quantos cadáveres na liderança de alguns serviços públicos, os mesmos que repescaram a moral e os bons costumes que imperaram no passado, sendo substituídos em Democracia pelo bom senso dos funcionários.

Mesmo na Páscoa, e quando alguns por questões de fé procuram evitar a refeição à base de carne, o peixe só é opção nas variantes menos dispendiosas, ou mesmo com o recurso a enlatados.


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Fotos Flores da Época
Весна пришла

Надежда Лернер