quarta-feira, agosto 31, 2016
segunda-feira, agosto 29, 2016
DESPORTO, SAÚDE, SEGURANÇA E TRÂNSITO
Andar de bicicleta é bom e
recomenda-se a quem tem uma vida sedentária e procura queimar umas gorduras dum
modo saudável e seguro.
Quando falamos em actividades
saudáveis e seguras, não falamos em percursos perigosos e em situações que
colocam em causa quem gosta de andar de bicicleta, e infelizmente é o que mais
vemos pelas nossas estradas dentro, e em redor das grandes urbes.
Os “atletas” das duas rodas
gostam muito de rodar pelas estradas mais congestionadas onde circula mais
gente, lado a lado se tiverem companhia, engarrafando o trânsito o que lhes dá
uma maior plateia, sem dispositivos de segurança, como capacetes, coletes
reflectores, luzes ou superfícies reflectoras, e sem espelhos que lhes permitam
ver quem vem atrás, o que nem é obrigatório, segundo me dizem.
Para quem procura um transporte alternativo,
menos poluente e que é benéfico para a saúde, acho que a abordagem é desastrosa
e coloca em perigo todos os que andam pelas estradas, especialmente os que
menos protecção têm, e esses são os ciclistas.
Talvez seja útil rever as
condições em que circulam os nossos ciclistas, e tratar de os proteger,
responsabilizando-os e exigindo que cumpram regras que contribuem para a sua
própria segurança. As estradas já são muito pouco seguras, não é necessário
colocar em perigo quem circula em veículos que não oferecem qualquer protecção
aos seus utilizadores.
Nota: Vou de férias e desejo aos meus eventuais leitores muito bom tempo e boas leituras. Até breve.
Quintal By Palaciano
sábado, agosto 27, 2016
NATUREZA
A natureza nunca nos engana; somos sempre nós que nos enganamos.
Jean Jacques Rosseau
Rosa By Palaciano
Rochas By Palaciano
terça-feira, agosto 23, 2016
JUVENTUDE E CULTURA
Os jovens portugueses não são
grandes frequentadores de museus, palácios e monumentos, se excluirmos as
visitas em âmbito escolar, e isso não é um bom sinal para o futuro.
Há quem justifique que é por
causa do preço das entradas, apesar dos descontos para estudantes e para o
cartão jovem, há quem diga que a Cultura não é atractiva para os jovens, e
ainda há quem diga que não há dinheiro para promover a Cultura junto da
juventude e que isso sai muito caro.
Os italianos, que atravessam
também uma grande crise, de que pouco se fala por cá, pensam de modo diverso, e
parecem dispostos a conceder aos jovens que completem 18 anos em 2016, a
quantia de 500 euros para gastar em Cultura.
A medida pode ser discutível, mas
digam-me o que é que se faz por cá para motivar os jovens a conhecer o nosso
Património?
domingo, agosto 21, 2016
HUMILHAÇÃO
O governo português passou por uma grande vergonha com as observações feitas pelo BCE quanto aos administradores escolhidos para a CGD.
Passar pelo vexame de ser o BCE a recordar o que diz a nossa legislação quanto às acumulações, é mau, mas o mais humilhante foi ter a recomendação de mandar alguns escolhidos frequentar uma formação específica sob o risco bancário, recomendação inédita tanto quanto se sabe.
Foi uma semana negra para o país, e nem falo das projecções sobre as perdas do BPN, que continuam a subir enormemente...
sexta-feira, agosto 19, 2016
AFINAL É SÓ QUERER…
Quantas vezes já todos ouvimos
dizer que “não há nada a fazer”, ou “lamento, mas a lei não prevê o seu caso”,
quando temos um problema e a razão está claramente do nosso lado? Depois destas
frases lá surge o inevitável, “sabe como são as coisas, existe muita
burocracia, e daqui até à aprovação duma nova lei…”.
Tudo parece difícil e moroso
quando estão em causa os interesses do cidadão comum. O processo legislativo é
sempre “muito complexo”, e o tempo que decorre desde a proposta legislativa até
à aprovação e promulgação de uma lei, é sempre uma eternidade e pelo caminho
pode encontrar inúmeros escolhos.
Na realidade as coisas nem sempre
são assim tão difíceis e tão complicadas, como se pode ver com a lei que impõe
limitação à acumulação de cargos para administradores do banco público, porque
o governo já decidiu mudar a lei para poder nomear mais oito administradores,
que devido à lei e ao BCE não foram agora aprovados.
Não acredito que não exista mais
ninguém com conhecimentos, capacidade, e sem incompatibilidades para os lugares
em causa, mas pelos vistos o senhor ministro das Finanças quer estes e por isso
muda-se a lei sem qualquer problema.
Alterar uma lei é difícil? Só
quando os governantes querem, como se percebe...
quarta-feira, agosto 17, 2016
CURIOSIDADE - BIBLIOTECAS
É muito curioso que tenha sido o mesmo rei, D. João V, a mandar construir as duas maiores e mais belas bibliotecas de Portugal.
A importância das obras da biblioteca de Mafra foi reconhecida pelo papa Bento XIV, que concedeu uma Bula que para além de proibir sob pena de excomunhão, o desvio ou empréstimo de obras impressas ou manuscritas sem licença do Rei de Portugal, concede-lhe autorização para incluir no seu acervo livros proibidos pelo Index.
Biblioteca de Mafra
segunda-feira, agosto 15, 2016
sábado, agosto 13, 2016
PROMESSAS POR CUMPRIR NA CULTURA
A Cultura teve direito a um
ministério, e foi notório o foguetório de promessas que surgiram de imediato,
deixando quem anda nestas coisas com a pulga atrás da orelha.
Em geral o tempo costuma ser o
melhor juiz nisto de promessas, e no sector dos museus, palácios e monumentos
as coisas são por demais evidentes.
A promessa do arranjo dos
carrilhões de Mafra, está por cumprir, e o tricentenário que se comemora em
2017, decorrerá sem os concertos de carrilhão que todos desejavam ouvir.
A conclusão do Palácio da Ajuda
foi outra promessa, que incluía um museu dedicado às Jóias da Coroa, também não
avançou, e nem se fala no assunto.
Estas duas promessas estavam de
algum modo ligadas à indemnização recebida por causa do roubo das jóias da
coroa, durante uma exposição na Holanda, mas pelos vistos o dinheiro está
amealhado, ou então foi gasto, porque as coisas entraram no rol dos esquecidos.
Há mais promessas por cumprir
nesta área, por exemplo o complemento multimédia do novo Museu dos Coches, ou a
alternativa ao Eixo Belém/Ajuda que também ainda não tomou forma, apesar das
críticas ao anterior projecto.
O Verão está no seu auge, os
incêndios dominam as notícias, mas haverá sempre quem esteja atento ao que se
prometeu e não foi cumprido, senhor ministro da Cultura.
quinta-feira, agosto 11, 2016
JUIZ E O CONSELHO INFELIZ
Um senhor juiz conselheiro do
Tribunal de Contas, numa sentença, dá o conselho aos arguidos: se querem ser
autarcas deve ter “qualificações”. Se as não tiver, ou arranja ou abre caminho
a outros profissionais mais capazes.
O senhor juiz conselheiro sabe,
ou pelo menos devia saber, que não existe nenhuma formação específica para
autarcas ou para ministros, bem como para qualquer dos candidatos propostos a
eleições para cargos públicos, executivos ou não.
Lendo o que saiu nas notícias
podia-se pensar que para este senhor, só deveria candidatar-se a uma autarquia
alguém com formação em Direito, ou Gestão, para poder estar à altura das
inerentes responsabilidades.
Foi um conselho muito infeliz,
porque não é comparável o número de assessores e técnicos nos gabinetes
ministeriais, ou nas grandes autarquias, com o que existe numa pequena
autarquia, onde muitas vezes nem gabinete jurídico existe.
Não conheço o caso em particular,
nem os autarcas, nem a Câmara em questão, pelo que falo apenas com base nas
notícias vindas a público.
terça-feira, agosto 09, 2016
IMPOSTOS CASTIGAM MAIS OS RICOS?
Uma boa parte da nossa esquerda,
certamente bem-intencionada, pensa que os impostos castigam mais os mais ricos,
que aproveitam a embalagem e se choram muito, mas é tudo um grande engano.
Começando pelos rendimentos e
lucros, temos que os ricos mesmo tendo salários altos, recebem extras e têm
despesas, como viaturas, viagens, seguros, almoços e jantares, e outras, pagas
pelas empresas, enquanto os trabalhadores mais modestos pagam segundo os seus
salários, geralmente baixos, sem outras benesses, se não forem trafulhas. Registe-se que os capitais dos portugueses
mais modestos são devidamente tributados cá dentro, já os lucros dos grandes
patrões e gestores, viajam para o exterior e são lá taxados, não contribuindo
para a riqueza nacional.
Os impostos indirectos são cegos
e atingem pobres e ricos de igual modo, pelo que nem aí os ricos contribuem
mais.
Dois exemplos da cegueira na
arrecadação de impostos são as novas regras do IMI e do Imposto Sucessório,
porque ao contrário dos pobres, os ricos não têm os seus imóveis e empresas em
seu nome individual, e serão muito poucos os que não tenham as sedes das
empresas e as propriedades em offshores, bem protegidas dos ataques do fisco.
A esquerda necessita de se
modernizar e de ter uma visão mais actual da realidade, porque neste momento
está a penalizar cada vez mais quem vive do seu trabalho e não foge aos
impostos. Taxar a riqueza só será possível com a inversão do ónus da prova,
tendo o contribuinte que justificar os sinais exteriores de riqueza, e por aí
não me parece que esta esquerda esteja preparada para seguir. Por cá qualquer
magnata pode dizer-se falido e viver à grande, declarando o ordenado mínimo
nacional ou recebendo uns empréstimos de amigos.
domingo, agosto 07, 2016
MÚSICA PORTUGUESA
Porque sou português e porque gosto de música, aqui ficam músicas de que gosto e que divulgo porque acho que há muito quem não conheça música boa feita neste rectângulo.
sexta-feira, agosto 05, 2016
INDIGNAÇÃO E CÓDIGOS DE CONDUTA PARA POLÍTICOS
Na política as asneiras resolvem-se com mais normas, como se elas não existissem já e em demasia, e depois diz-se que o assunto está encerrado.
Pouco me importam as viagens pagas pela Galp, e estou-me lixando para a devolução do dinheiro pela parte dos secretários de Estado, o que me preocupa mesmo é a acção, pois aceitaram uma oferta duma empresa que está em litígio com o Estado, e em dívida segundo as normas em vigor, pois os senhores são membros do governo em funções.
Claro que o ministro dos negócios estrangeiros pode vir dizer que não houve nenhuma incompatibilidade, mas eu pergunto: o que é que aconteceria a um funcionário das finanças que recebesse uma viagem paga pela Galp, assim sem mais nem ontem, para ir ver as olimpíadas?
Não era necessário nenhum código de conduta para obviar casos desta natureza, o que faltou foi o bom senso e sobretudo a certeza de sair incólume duma asneira desta natureza, que colocaria em muito maus lençóis qualquer funcionário público, subordinado destes senhores.
quarta-feira, agosto 03, 2016
A IDADE E O TEMPO DE TRABALHO
Foi feito um estudo sobre os
hábitos de trabalho de pessoas com mais de quarenta anos, e chegou-se à
conclusão que os melhores resultados de testes ao cérebro tinham sido os
daqueles que trabalham apenas 3 dias por semana.
Todos conhecemos o stress e a
exaustão que resulta no final do dia de trabalho, e aqueles que já
ultrapassaram os 60, como eu, sabem que dificilmente se consegue focar a
atenção para outras actividades intelectuais, que estejam para além do
trabalho, porque os lapsos de memória e a dificuldade de concentração se tornam
evidentes ao fim de vários dias de trabalho.
A experiência de quem tem muitos
anos de trabalho é importante, e deve ser bem aproveitada, fazendo o
acompanhamento e dando formação aos novos trabalhadores, mas é necessário
equilibrar a juventude com a experiência para se atingir a máxima produtividade
e um melhor desempenho.
Sei que cada caso é um caso, mas
nem todos se limitam a dar uns palpites de vez em quando, passando o resto do
tempo em escritórios climatizados a assinar papéis que nunca leram…
segunda-feira, agosto 01, 2016
PORQUE FALHAM OS ECONOMISTAS?
A economia já não se esgota
apenas nos cálculos matemáticos, nem nas tendências da bolsa, ou nos negócios
da moda. Na economia existe uma variável que é completamente imprevisível mas
que acaba por ditar o rumo das coisas.
Os economistas fazem cálculos
baseando-se no que é conhecido e já foi experimentado, mas o ser humano é muito
diverso, bem como o seu pensamento e as suas experiências.
Para obviar à diversidade
optou-se pela padronização, ou pela globalização se preferirem, mas o ponto de
partida dos povos era muito diferente, e o resultado tem sido muito mau, já que
os mais ricos ficaram ainda mais ricos, e os pobres ficaram ainda mais pobres.
As assimetrias que resultam, ou
se agravam, com a globalização, que interessa obviamente aos mais poderosos,
são o combustível que acabará com a padronização das políticas, da moeda única,
das regras iguais para todos, menos para os mais poderosos.
Na Europa, as tensões vão
aumentar entre o norte e o sul, países há que vão ter problemas internos com
regiões a quererem separar-se de alguns países, com as economias de alguns
países a colapsarem completamente, e também veremos problemas crescentes no
mercado laboral resultantes da insegurança dos postos de trabalho, e da perda
de poder de compra que resulta da pressão sobre os salários, já de si muito
degradados.
O que é bom para a Alemanha pode
não ser bom para a Grécia, ou para Portugal, e vice-versa, e as contas que
resultam num país, podem ser um desastre enorme num outro a pouca distância.
A próxima grande crise Europeia não será política, mas sim social, se a economia ignorar os problemas das populações.
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