A economia já não se esgota
apenas nos cálculos matemáticos, nem nas tendências da bolsa, ou nos negócios
da moda. Na economia existe uma variável que é completamente imprevisível mas
que acaba por ditar o rumo das coisas.
Os economistas fazem cálculos
baseando-se no que é conhecido e já foi experimentado, mas o ser humano é muito
diverso, bem como o seu pensamento e as suas experiências.
Para obviar à diversidade
optou-se pela padronização, ou pela globalização se preferirem, mas o ponto de
partida dos povos era muito diferente, e o resultado tem sido muito mau, já que
os mais ricos ficaram ainda mais ricos, e os pobres ficaram ainda mais pobres.
As assimetrias que resultam, ou
se agravam, com a globalização, que interessa obviamente aos mais poderosos,
são o combustível que acabará com a padronização das políticas, da moeda única,
das regras iguais para todos, menos para os mais poderosos.
Na Europa, as tensões vão
aumentar entre o norte e o sul, países há que vão ter problemas internos com
regiões a quererem separar-se de alguns países, com as economias de alguns
países a colapsarem completamente, e também veremos problemas crescentes no
mercado laboral resultantes da insegurança dos postos de trabalho, e da perda
de poder de compra que resulta da pressão sobre os salários, já de si muito
degradados.
O que é bom para a Alemanha pode
não ser bom para a Grécia, ou para Portugal, e vice-versa, e as contas que
resultam num país, podem ser um desastre enorme num outro a pouca distância.
A próxima grande crise Europeia não será política, mas sim social, se a economia ignorar os problemas das populações.
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