quinta-feira, julho 31, 2008

COISAS DO “MERCADO”

Ouvi há dias um comentador económico afirmar a propósito da baixa de preços do petróleo, “que para desespero dos que são contra o liberalismo económico, o mercado funcionou no caso do crude”. É uma conclusão discutível, porque todos sabem que um produtor só tem mercado assegurado se houver dinheiro para o comprar, e portanto «só pode esticar a corda» até níveis que não inibam o consumo do dito produto. Não vou debruçar-me sequer sobre a especulação em torno do mercado, que existe e não pode ser negada, para vos dizer que os mercados devem ser livres, mas com regras.

A inflação que tem subido muito acima do esperado, a nível europeu, deriva das distorções e desequilíbrios dos mercados, de bens alimentares e energéticos bem como da depreciação do dólar. Estes factores não explicam tudo bem entendido, porque ainda há a acrescentar a abertura dos mercados à concorrência desleal, que originou imensas deslocalizações e consequentemente aumento do desemprego nos países mais desenvolvidos. Falo em concorrência desleal, porque é impossível concorrer em pé de igualdade com países onde a mão-de-obra é explorada e não tem praticamente direitos.

A falta de regras no mercado apenas beneficia o capital, e é na defesa dos interesses desse mesmo capital que o mercado do trabalho tem vindo a sofrer sucessivos golpes, sendo clara a intenção de nivelar por baixo salários e direitos, dizem-nos que a favor de uma maior competitividade.

Será que é este o caminho que queremos, e que beneficia a maioria dos cidadãos? Não creio que seja este o caminho, nem creio que isto contribua para a melhoria das condições de vida, embora vá encher ainda mais os bolsos dos mais abonados.



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Fotos Com Asas
foglia

foglia

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Humor Russo

terça-feira, julho 29, 2008

EXEMPLO DE POUPANÇA

Segundo o DN de ontem, terça-feira 29/7, «os encargos com a remuneração das administrações das empresas públicas subiram 30%». É claro que o senhor ministro das Finanças mandou uma fonte oficial dizer que os dados não são comparáveis, porque os referentes a 2007 têm um âmbito mais alargado, pois não revelam apenas a remuneração base, mas também outras regalias e compensações e encargos com benefícios fiscais, o que não acontecia com o anterior relatório.

Ficámos a saber que este relatório apresenta mais dados, mas também que agora as empresas do Estado têm agora mais administradores que no ano passado, embora sejam não executivos e com salários menos altos.

Não sei onde está a verdade destes números, porque me dizem que não são comparáveis os relatórios, mas tenho a certeza de que são cada vez mais os bafejados com cargos nas empresas do Estado, como confirmou a fonte oficial do Ministério das Finanças, o que me faz pensar que as poupanças se fazem afinal não são feitas nestes cargos bem remunerados. Também não sei se os tais administradores ganham muito, porque para alguém como o Victor Constâncio talvez até recebam pouco, mas para mim eles são pagos a preço de ouro, tudo depende do ponto de vista.

Será por causa de exemplos destes que Portugal tem a maior assimetria salarial da União Europeia? Será que esta é a justiça social que os nossos governantes tanto apregoam? Eu sei lá, só vou lendo o que se escreve por aí e que eles não desmentem na globalidade, limitando-se a dizer que não são dados comparáveis, pelo que suponho serem verdadeiros. Irrita-me, mas eu até nem gostava deles (os governantes), mesmo antes de conhecer estes números.



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Fotografia de Autor
Mabry Mill III by *meross

LA RUEDA by *meross

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Humor e Cidades
Amorim
Sidnei Marques
Valentin Druzhinin
624

domingo, julho 27, 2008

PASSAGEM POR SINTRA

Por razões profissionais lá me desloquei a Sintra na passada sexta e sábado, o que até foi bastante agradável por significar ter-mos “agarrado” mais um trabalho interessante, e ainda por poder rever os amigos de longa data e companheiros de trabalho.

Houve uma reunião séria, onde se fizeram as distribuições de tarefas e foram estabelecidos prazos, que correram como de costume em ambiente sério e profissional, e depois lá fomos nós para uma jantarada

O sábado foi passado a visitar Sintra, na companhia dos nossos guias locais, e fomos fazer uns percursos bem diferentes do habitual, grande parte a pé, para mal das minhas ricas pernas, mas também pudemos ver coisas que grande parte dos visitantes não descobre em nenhum roteiro.

Só cheguei agora ao meu cantinho, apesar de ter voltado cedo, e resolvi deixar aqui umas linhas porque desconfio que vou estar muito ocupado nos próximos tempos, até ter direito às tão almejadas férias.



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Fotos de Azulejos
Pormenor da Sala dos Brasões do Palácio de Sintra by Palaciano

Pormenor da Sala dos Brasões do Palácio de Sintra by Palaciano

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Humor Actual
Uma crise de verdade por Gilmar
Gilmar

quinta-feira, julho 24, 2008

ÊXITOS E EMBUSTES

O primeiro-ministro, para consumo interno do seu partido, resolveu auto-elogiar o governo a que preside considerando um êxito o Código do Trabalho, e classificou de embustes os ataques à precariedade e aos recibos verdes.

Ninguém esperaria que José Sócrates viesse a público criticar as medidas do seu executivo, mas mesmo de «coração e espírito abertos», é impossível deixar passar em claro a acusação de «embustes», com que classificou quem tem opinião diferente da sua.

Segundo ouvi de fonte segura, o pessoal contratado recentemente pelos museus para vigilância, está recibos verdes por um período de quatro meses, o que podendo não ser um embuste, que eu não gosto da palavra, é pelo menos uma habilidade para contornar a lei, já que eles têm horários a cumprir e estão sob dependência hierárquica como é óbvio.

Do êxito do Código do Trabalho ao embuste proclamado pela palavras de Sócrates, todos podemos ter opinião num Estado democrático, sem ter-mos de nos sujeitar aos epítetos que roçam o insulto de alguém que não gosta de ser contestado, ainda que seja o primeiro-ministro de Portugal. Há limites para o vocabulário, e penso que a confirmar-se o caso do pessoal dos museus, as afirmações de José Sócrates foram muito infelizes.



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Fotos - Os Cisnes
jedzer

yossarian01

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Humor do Brasil
Biratan
Biratan

terça-feira, julho 22, 2008

CULTURA E NÚMEROS

Não tenho por hábito entrar em contabilidades do número de visitantes dos museus, palácios e monumentos, para aquilatar a qualidade da oferta, quer em termos de conservação, quer pelo número e qualidade das actividades desenvolvidas. Pode parecer-vos estranho, mas na realidade temos duas actividades distintas, uma mais centrada nos museus e outra muito diferente nos palácios e monumentos.

Há que distinguir a diferença entre os museus, onde se podem encontrar colecções expostas segundo épocas, estilos ou temáticas, e os monumentos em geral onde predomina a arquitectura, a história, as vivências e a sua utilização. É que os museus nacionais competem com os museus por esse mundo fora, em particular com os europeus, e a dimensão e importância dos nossos museus é pouco conhecida além fronteiras, e compete com alguma desvantagem com os seus congéneres. Os nossos palácios e monumentos, pelo contrário, competem no mercado do Turismo Cultural, em igualdade de circunstâncias com os seus congéneres europeus e mundiais, pelas suas características ímpares e por serem marcos característicos das zonas onde se inserem.

Ouvir falar num aumento de visitas, ainda por cima de 1%, em relação a 2007 não me diz absolutamente nada, porque todos sabemos que com a crise dos combustíveis e das viagens aéreas, e não só, o número de turistas vai forçosamente baixar, em 2008 e 2009, e portanto isso vai reflectir-se no número de visitantes dos museus e palácios, é inevitável. As variações percentuais vão notar-se mais nos palácios e monumentos, mas também se vai sentir nos museus, ainda que aí (à excepção do Museu dos Coches), o público nacional possa equilibrar mais os números já que representa a maioria dos seus públicos.



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Fotografias
Stairway to... by mainsprite (Louvre)

Autor desconhecido(...)

Legacy by refan-chan

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Humor da Rússia

domingo, julho 20, 2008

CURTINHAS

O Hermitage voou – Já era conhecido, mas agora foi confirmado, que a 2ª exposição do museu russo que devia acontecer este ano, no Museu Soares dos Reis, já não vai acontecer, e que segundo o director do museu Hermitage é porque Portugal não tem dinheiro para este tipo de exposições. Não foi uma grande surpresa para mim, mas o que é difícil de entender é porque é que se criou esta expectativa, se gastou dinheiro, e depois temos este desfecho. A mudança de ministro não explica absolutamente nada, porque o executivo é o mesmo e o 1º ministro é o mesmo, mas explicações oficiais, essas não existem.

Pobreza e novas tecnologias – Segundo pude ler na comunicação social, já há pedidos de ajuda alimentar que chegam por via electrónica às misericórdias. A situação económica é má, todos sabemos, e são cada vez mais os portugueses que recorrem a ajudas alimentares, independentemente de estarem ou não a trabalhar. Não quero debruçar-me sobre os pormenores de terem netcabo ou de passarem férias onde quer que seja, mas a verdade é que já não são apenas as pessoas com mais baixas qualificações académicas e profissionais que passam por situações de fome e de grande endividamento.



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Fotos e Natureza
Autumn Ethereal by autumn-ethereal

colours of summer by nakedlady

natural bouquet by *ariseandrejoice

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Humor Aquático
Laszlo Dluhopolszky

Laszlo Dluhopolszky

sexta-feira, julho 18, 2008

POLÍTICA MONETARISTA

Se a política é muitas vezes comparada a uma porca onde mamam muitos porquinhos, também é verdade que os economistas são comparados a futebolistas, que só fazem previsões no final dos jogos.

Vivemos tempos difíceis a nível económico e são cada vez mais frequentes «os palpites» da horda de economistas e analistas económicos para que se controlem as actualizações salariais, como se elas de facto tivessem sido reais, ou esse fosse o factor essencial para afastar o espectro da recessão, palavra que evitam pronunciar.

Falo a propósito do endividamento externo, que se quer controlado, e bem, mas que se pretende combater com um processo de asfixia do poder de compra dos portugueses que trabalham por conta de outrem, sem se intervir directamente sobre quem «facilita o endividamento» com grandes campanhas publicitárias onde a facilidade é rainha. Nós, portugueses, podemos ser facilmente iludidos, mas nem todos são ingénuos ao ponto de não perceberem que a preocupação está situada muitos degraus acima, nos bancos e nas grandes empresas cotadas em bolsa, e seus accionistas, que neste momento estão a perder grandes quantias.

Há dois erros clamorosos de análise, o primeiro quanto ao tratamento, que não pode continuar a ser por via da compressão dos salários, a menos que se pretenda afectar a paz social, e o segundo, porque se continua a querer ignorar que as grandes empresas e bancos agora em risco, amealharam em tempos muito recentes lucros milionários, tendo por isso contribuído em larga escala para o endividamento e para a situação económica que atravessam. O lucro em si mesmo é legítimo, quando obtido por vias legais, mas o risco também tem que ser assumido por quem o correu.

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Fotos - O Novo e o Velho
Алексей Н (navey)

Сергей Савинов

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Humor Internacional
Frederick Deligne
Tab (Thomas Boldt)

quarta-feira, julho 16, 2008

“SALÁRIOS NÃO DEVEM AUMENTAR”

Como está bom de ver esta afirmação não é minha, mas sim do governador do Banco de Portugal e foi repetida por José Sócrates. Devo confessar que não é nada que verdadeiramente me espante, já que conheço bem a cartilha que estes senhores recitam, e a que indevidamente chamam de socialismo.

Devo recordar os meus amigos, de que falo exactamente do mesmo José Sócrates que quando apresentou o último Orçamento de Estado, ainda há menos de um ano, afirmou peremptoriamente que em 2008 nenhum funcionário público iria perder poder de compra. Apresentou aos portugueses o cálculo para a inflação de 2,1%, que quase todos contestaram por ser irrealista, e ainda agora afirma que as previsões do BdP eram os “números esperados” face ao “abrandamento económico”.

Eu sei que o senhor 1º ministro diz que os que previram uma inflação muito superior à que ele “decretou” fizeram um exercício de bruxaria, porque era impossível prever tal coisa, mas como os factos lhes vieram dar razão, parece que José Sócrates, e o seu executivo, errou rotundamente, afinal «… lá que as há (bruxas), isso há».

Numa coisa José Sócrates tem razão, “existe crescimento” e não se vive um “retrocesso”, porque há crescimento dos preços, e consequentemente de pobreza e isto são factos que também demonstram que não há retrocesso nestes indicadores, apesar de toda a propaganda e estatísticas em que ninguém acredita.

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Pinturas Suaves
St. Polten by GreeGW

mlynn by Galandir

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Humor Explosivo
Tab (Thomas Boldt)
Patrick Corrigan

segunda-feira, julho 14, 2008

O ESTADO DOS NOSSOS BOLSOS

Na semana passada discutiu-se no Parlamento o Estado da Nação, mas como de costume nestas coisas, falou-se muito mas disse-se pouco sobre o assunto. Os intervenientes debitaram os seus discursos partidários, cada um propõe-se fazer melhor que o outro e todos são unânimes em deitar as culpas de tudo, aos outros. O habitual.

Cá fora do hemiciclo os cidadãos metem as mãos nos bolsos, cada vez menos abonados, e começam a fazer contas à vida, tentando manter-se à tona. Uns quantos ainda vão conseguindo manter-se, enquanto muitos outros se vão afundando em dívidas e em incumprimentos sucessivos.

Nesta altura já são mais de 70% os portugueses que admitem ter dificuldades em pagar as suas contas, segundo dados internacionais, e isso deixa-nos na cauda da Europa, não obstante nos terem prometido estar no pelotão da frente. Quem falhou nesta embrulhada toda? Terão sido os portugueses na sua generalidade, ou terão sido os que dirigiram o País durante estes últimos anos?

Falem-me de crise, que eu gosto, mas não se esqueçam que outros países começaram ao mesmo nível que Portugal, uns até muito depois, e estão em melhor situação. Pensem nisto antes de darem o vosso voto de confiança a qualquer formação partidária.

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Fotos - Centragem
icten by LimpidD
Light in the Beginning by Jules1983

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Humor Nacional
In Cartoonices por António Sabão
Ana Malhoa por Henrique Monteiro

sábado, julho 12, 2008

GRANDE BARRACA

Já todos tínhamos percebido que os partidos políticos tinham entrado em campanha eleitoral, e que o governo tinha sido o primeiro a ar o tiro de partida. A situação económica está má, as condições sociais degradam-se na exacta proporção em que o custo de vida vai aumentando.

Tentação das tentações, apresentar medidas a rodos, ainda que o seu impacto orçamental seja diminuto, ou que sejam a médio ou longo prazo, o que nada garante que venham a efectivar-se.

José Sócrates foi nessa onda, ainda que tenha vindo a público que a informação era do Ministério das Finanças, e veio prometer descontos nos impostos dos carros movidos a energia eléctrica, e deu-se mal. Afinal esses veículos já estavam isentos dos tais impostos, pelo que os benefícios fiscais prometidos eram impraticáveis. Foi uma monumental barracada, o pessoal partiu o coco a rir, e já não há quem não tenha uma piada na ponta da língua sobre o assunto.

Infelizmente não foi só José Sócrates que se enganou, a restante oposição assistiu ao anúncio e não demonstrou ter conhecimento das leis aprovadas, e não teve um só comentário sobre o assunto na altura devida.

De políticos estamos bem servidos, como ficou bem evidente com mais esta barracada.



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Fotos Manipuladas
Roses Are Blue by *LeftySteve
Dream Land by Cyanee

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Humor Ambiental
Pawel Kuczynski

Antonio Mongiello

quinta-feira, julho 10, 2008

MUSEU SÓBRIO

Em Portugal a sobriedade na voz dos políticos pode atingir os 40 milhões de euros, e isto apenas para as obras do futuro Museu dos Coches, sem contar com outras despesas associadas à mudança de outros serviços do extinto Instituto Português de Arqueologia, que ainda têm o destino indefinido.

Espero que não se infira das minhas palavras que eu estou contra a construção de um museu de raiz para uma colecção fabulosa de coches, que é das melhores do mundo. O que me deixa perplexo, é que todo este alarido em torno do novo Museu dos Coches, não revela qualquer preocupação cultural, mas sim algum folclore político e interesses menos claros ligados a um projecto ligado à frente ribeirinha de Lisboa, cujos contornos são ainda muito nebulosos.

É muito estranho que o custo previsto da obra seja de 31,5 milhões de euros num órgão de comunicação social, e um outro venha adiantar um valor de cerca de 40 milhões. Também me espanta que a Lusa obtenha dados sobre um museu junto do Turismo de Portugal, e não do Ministério da Cultura, e que o ministro Manuel Pinho tome as rédeas do caso, notando-se alguma indecisão de José Pinto Ribeiro quanto ao destino a dar aos serviços do IPA que estão ainda no local onde se vai construir o novo museu.

Muito do que se leu na comunicação social sobre o novo Museu dos Coches, é confuso e não tranquiliza quem se interessa por estes assuntos. Por último, gostava que alguém me desse garantias sobre o pagamento desta factura, supostamente com dinheiros provenientes das receitas do Casino de Lisboa, porque este dinheiro já foi prometido para outros projectos que entretanto ficaram na gaveta.

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Fotos - Jogos de cores
Arlequin bis by Mademoiselle-Kee
Art Attack by sutoll

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Humor na Restauração


R.J. Matson


Mike Baldwin

quarta-feira, julho 09, 2008

ISTO É CULTURA?

Quando criei este blog confesso que pensei dedicar mais espaço à Cultura, em especial ao que respeita ao Património. Faço-o por vezes, não tantas quanto desejaria, mas quase sempre me deparo com assuntos que acabo por criticar, tal o estado de degradação do Património, ou porque as políticas seguidas não são as que eu julgo mais adequadas.

É difícil falar de Cultura neste país, mas decidi fazer hoje um esforço, recorrendo ao diferendo público entre Isabel Pires de Lima e Luís Miguel Cintra, sobre a Cinemateca Portuguesa. Não vou aqui expor a minha opinião sobre o caso, mas apenas pretendo registar um título de jornal relativo à polémica «Pires de Lima propôs Bénard só para “agradar” a Sócrates». Interessante no mínimo!

Noutra área da Cultura, e segundo a imprensa diária, ficámos a saber que Diogo Infante que acabou de deixar o Teatro Maria Matos por falta de condições, estará confirmado à frente do Teatro D. Maria II, por convite de José António Pinto Ribeiro, actual ministro da Cultura.

Não alimento “fofocas” sobre quem quer que seja, mas a coincidência no tempo destas duas notícias, fez-me reflectir sobre uma frase da ex-ministra Pires de Lima no DN de ontem, «Não tenho de estar arrependida (pela recondução de João Bénard da Costa como director da Cinemateca Portuguesa). Só propus a sua recondução ao senhor primeiro-ministro na sequência de uma atitude normal na vida de um Governo, que é o dever de respeitar a opinião do senhor primeiro-ministro. Só não entende isso quem nunca fez parte de um Governo.»

Como nunca passei por nenhum Governo, juro que não entendi, mas lá que foi uma afirmação muito polémica e inoportuna, isso foi mesmo!



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Fotos do Mosteiro da Batalha
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Humor Variado
Cameron (Cam) Cardow
Brian Fairrington