Quando criei este blog confesso que pensei dedicar mais espaço à Cultura, em especial ao que respeita ao Património. Faço-o por vezes, não tantas quanto desejaria, mas quase sempre me deparo com assuntos que acabo por criticar, tal o estado de degradação do Património, ou porque as políticas seguidas não são as que eu julgo mais adequadas.
É difícil falar de Cultura neste país, mas decidi fazer hoje um esforço, recorrendo ao diferendo público entre Isabel Pires de Lima e Luís Miguel Cintra, sobre a Cinemateca Portuguesa. Não vou aqui expor a minha opinião sobre o caso, mas apenas pretendo registar um título de jornal relativo à polémica «Pires de Lima propôs Bénard só para “agradar” a Sócrates». Interessante no mínimo!
Noutra área da Cultura, e segundo a imprensa diária, ficámos a saber que Diogo Infante que acabou de deixar o Teatro Maria Matos por falta de condições, estará confirmado à frente do Teatro D. Maria II, por convite de José António Pinto Ribeiro, actual ministro da Cultura.
Não alimento “fofocas” sobre quem quer que seja, mas a coincidência no tempo destas duas notícias, fez-me reflectir sobre uma frase da ex-ministra Pires de Lima no DN de ontem, «Não tenho de estar arrependida (pela recondução de João Bénard da Costa como director da Cinemateca Portuguesa). Só propus a sua recondução ao senhor primeiro-ministro na sequência de uma atitude normal na vida de um Governo, que é o dever de respeitar a opinião do senhor primeiro-ministro. Só não entende isso quem nunca fez parte de um Governo.»
Como nunca passei por nenhum Governo, juro que não entendi, mas lá que foi uma afirmação muito polémica e inoportuna, isso foi mesmo!
Caro Guardião,
ResponderEliminarO que é que se há-de fazer quando a Cultura é dos "produtos" menos lucrativos que o mercado neoliberal tem para oferecer? Claro que ele há aqueles grandes shows - supostamente pertencentes à categoria de "culturais" ???!!! - patrocinados por marcas comerciais, que sempre rendem alguma coisa à multinacional Coca-Cola ou à nacional TMN, mas têm que juntar muito público, ou então não vale a pena sequer investir "nisso"...
Que belo mundo iletrado se anda a construir...
Um abraço
Post scriptum: Melhorei o link d' O Guardião a partir do meu blogue anarquista. E será o primeiro link do Alternativas.
A isabelinha foi muito malandra. Será que ela queria sugerir que o infante também foi convidado para agradar ao nosso 1º? Isso não se faz, grande marota!...
ResponderEliminarBjos da Sílvia
Também não entendi, mas há muito que já desisti de entender toda a situação do estado.
ResponderEliminarNão entendo. Devo tentar um lugar no governo para entender?
ResponderEliminarNão, porque eu não tenho uma cultura de governo!
Um abraço e que se acabe de vez com a cultura
E depois são «os outros» que andam a sugerir relações de favoritismo que favorecem os amigos...
ResponderEliminarFui
Joca
Caro Guardião,
ResponderEliminarFaz algum tempo que não passo neste espaço devido a questões profissionais e tempo, mas hoje voltei e deparo-me com uma afirmação que subcrevo plenamente. A motivação para a criação do seu blog e ela ser por vezes desviada. Confesso que me queixo da mesma situação devido ao que se passa em Alcobaça em termos de politicas AD-HOC criadas por quem governa...Provavelmente Alcobaça é um bom exemplo para fazer um retrato robot do país e da sua "coltura".
Um abraço
António
Saudações amigas
ResponderEliminarSaudações amigas
ResponderEliminarGostei do que li. Um abraço!
ResponderEliminarOh caro Guardião,
ResponderEliminarEntão não compreendeu? Olhe que é lógico.
Vamos pelo princípio. A carreira de político nasce e cresce à sombra de um patrono que tem de ser bajulado, lambendo-lhe as botas até à última partícula de saliva. Os maus estudantes, sem perspectiva de êxito numa profissão, aderem a uma juventude partidária, onde aprendem a arte de agradar ao líder, indo aos comícios aplaudir, colando cartazes, recitando em voz alta os slogans da propaganda do partido, etc. Depois, podem ir para assessores e para deputados e daí para secretários de Estado e para ministros, ou até PM ou PR.
Com esta escola de formação profissional, a atitude de Pires de Lima está correcta, aprendeu bem a lição de que tem de se colar ao chefe para ter garantido um «tacho dourado» e uma «reforma milionária»
Será que estou errado?
Um abraço
A. João Soares