quarta-feira, julho 09, 2008

ISTO É CULTURA?

Quando criei este blog confesso que pensei dedicar mais espaço à Cultura, em especial ao que respeita ao Património. Faço-o por vezes, não tantas quanto desejaria, mas quase sempre me deparo com assuntos que acabo por criticar, tal o estado de degradação do Património, ou porque as políticas seguidas não são as que eu julgo mais adequadas.

É difícil falar de Cultura neste país, mas decidi fazer hoje um esforço, recorrendo ao diferendo público entre Isabel Pires de Lima e Luís Miguel Cintra, sobre a Cinemateca Portuguesa. Não vou aqui expor a minha opinião sobre o caso, mas apenas pretendo registar um título de jornal relativo à polémica «Pires de Lima propôs Bénard só para “agradar” a Sócrates». Interessante no mínimo!

Noutra área da Cultura, e segundo a imprensa diária, ficámos a saber que Diogo Infante que acabou de deixar o Teatro Maria Matos por falta de condições, estará confirmado à frente do Teatro D. Maria II, por convite de José António Pinto Ribeiro, actual ministro da Cultura.

Não alimento “fofocas” sobre quem quer que seja, mas a coincidência no tempo destas duas notícias, fez-me reflectir sobre uma frase da ex-ministra Pires de Lima no DN de ontem, «Não tenho de estar arrependida (pela recondução de João Bénard da Costa como director da Cinemateca Portuguesa). Só propus a sua recondução ao senhor primeiro-ministro na sequência de uma atitude normal na vida de um Governo, que é o dever de respeitar a opinião do senhor primeiro-ministro. Só não entende isso quem nunca fez parte de um Governo.»

Como nunca passei por nenhum Governo, juro que não entendi, mas lá que foi uma afirmação muito polémica e inoportuna, isso foi mesmo!



««« - »»»
Fotos do Mosteiro da Batalha
Imagem DAQUI

Imagem DAQUI

««« - »»»
Humor Variado
Cameron (Cam) Cardow
Brian Fairrington

10 comentários:

  1. Caro Guardião,

    O que é que se há-de fazer quando a Cultura é dos "produtos" menos lucrativos que o mercado neoliberal tem para oferecer? Claro que ele há aqueles grandes shows - supostamente pertencentes à categoria de "culturais" ???!!! - patrocinados por marcas comerciais, que sempre rendem alguma coisa à multinacional Coca-Cola ou à nacional TMN, mas têm que juntar muito público, ou então não vale a pena sequer investir "nisso"...
    Que belo mundo iletrado se anda a construir...

    Um abraço

    Post scriptum: Melhorei o link d' O Guardião a partir do meu blogue anarquista. E será o primeiro link do Alternativas.

    ResponderEliminar
  2. A isabelinha foi muito malandra. Será que ela queria sugerir que o infante também foi convidado para agradar ao nosso 1º? Isso não se faz, grande marota!...
    Bjos da Sílvia

    ResponderEliminar
  3. Também não entendi, mas há muito que já desisti de entender toda a situação do estado.

    ResponderEliminar
  4. Não entendo. Devo tentar um lugar no governo para entender?
    Não, porque eu não tenho uma cultura de governo!
    Um abraço e que se acabe de vez com a cultura

    ResponderEliminar
  5. E depois são «os outros» que andam a sugerir relações de favoritismo que favorecem os amigos...
    Fui
    Joca

    ResponderEliminar
  6. Caro Guardião,
    Faz algum tempo que não passo neste espaço devido a questões profissionais e tempo, mas hoje voltei e deparo-me com uma afirmação que subcrevo plenamente. A motivação para a criação do seu blog e ela ser por vezes desviada. Confesso que me queixo da mesma situação devido ao que se passa em Alcobaça em termos de politicas AD-HOC criadas por quem governa...Provavelmente Alcobaça é um bom exemplo para fazer um retrato robot do país e da sua "coltura".
    Um abraço
    António

    ResponderEliminar
  7. Oh caro Guardião,
    Então não compreendeu? Olhe que é lógico.
    Vamos pelo princípio. A carreira de político nasce e cresce à sombra de um patrono que tem de ser bajulado, lambendo-lhe as botas até à última partícula de saliva. Os maus estudantes, sem perspectiva de êxito numa profissão, aderem a uma juventude partidária, onde aprendem a arte de agradar ao líder, indo aos comícios aplaudir, colando cartazes, recitando em voz alta os slogans da propaganda do partido, etc. Depois, podem ir para assessores e para deputados e daí para secretários de Estado e para ministros, ou até PM ou PR.
    Com esta escola de formação profissional, a atitude de Pires de Lima está correcta, aprendeu bem a lição de que tem de se colar ao chefe para ter garantido um «tacho dourado» e uma «reforma milionária»
    Será que estou errado?
    Um abraço
    A. João Soares

    ResponderEliminar