

Comemora-se no próximo dia 18 de Maio, segunda-feira, mais um Dia Internacional dos Museus, e o tema deste ano é “Museus e Turismo”.
As comemorações começam já no dia 16, e prolongam-se até ao dia 18. Vão haver aberturas fora dos horários habituais, actividades diversas, e até um autocarro dos Museus que no sábado e domingo, gratuitamente, vai fazer um percurso que abrange a maioria dos museus da cidade de Lisboa.
Porque a Cultura é um dos temas que procuro focar por aqui, sempre que possível, embora não seja um adepto de dias especiais para o que quer que seja, aqui fica uma sugestão para os meus leitores – Visitem museus e palácios neste fim-de-semana.
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Não tenho por hábito entrar em contabilidades do número de visitantes dos museus, palácios e monumentos, para aquilatar a qualidade da oferta, quer em termos de conservação, quer pelo número e qualidade das actividades desenvolvidas. Pode parecer-vos estranho, mas na realidade temos duas actividades distintas, uma mais centrada nos museus e outra muito diferente nos palácios e monumentos.
Há que distinguir a diferença entre os museus, onde se podem encontrar colecções expostas segundo épocas, estilos ou temáticas, e os monumentos em geral onde predomina a arquitectura, a história, as vivências e a sua utilização. É que os museus nacionais competem com os museus por esse mundo fora, em particular com os europeus, e a dimensão e importância dos nossos museus é pouco conhecida além fronteiras, e compete com alguma desvantagem com os seus congéneres. Os nossos palácios e monumentos, pelo contrário, competem no mercado do Turismo Cultural, em igualdade de circunstâncias com os seus congéneres europeus e mundiais, pelas suas características ímpares e por serem marcos característicos das zonas onde se inserem.
Ouvir falar num aumento de visitas, ainda por cima de 1%, em relação a 2007 não me diz absolutamente nada, porque todos sabemos que com a crise dos combustíveis e das viagens aéreas, e não só, o número de turistas vai forçosamente baixar, em 2008 e 2009, e portanto isso vai reflectir-se no número de visitantes dos museus e palácios, é inevitável. As variações percentuais vão notar-se mais nos palácios e monumentos, mas também se vai sentir nos museus, ainda que aí (à excepção do Museu dos Coches), o público nacional possa equilibrar mais os números já que representa a maioria dos seus públicos.