sexta-feira, novembro 30, 2007

INCAPACIDADE


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Fotos Diversas

perdahl

Ancient Artifact By LatueofStiberty

my tree by Hey-Bud-Joey

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Humor Pacifista

YDEL (Yohan Delpech)

YDEL (Yohan Delpech)

quinta-feira, novembro 29, 2007

TODOS IGUAIS?

Tornou-se recorrente dizer que os funcionários públicos são muito bem pagos e que o Estado gasta grande parte dos seus recursos no pagamento dos seus salários. Nos últimos anos contudo, temos sabido que os seus salários sobem abaixo da inflação e que as carreiras têm ficado congeladas, como medida de poupança do depauperado erário público. Também tem sido estranho, e nunca foi explicado, pelo menos que me tenha chegado ao conhecimento, que o aumento dos gastos em remunerações gastos pelo Estado tenha sempre aumentado percentualmente mais do que aquilo que foram os aumentos dos funcionários.
A minha estranheza quando manifestada perante amigos que até são funcionários públicos, tem suscitado muitos risos e até me chegam a gozar pela minha ingenuidade. Ontem recebi por correio electrónico uma notícia que me deixou siderado. O título é «Grupo Águas de Portugal pede reposição de salários dos gestores».
Li com a máxima atenção, e fiquei a saber que estavam em causa os PPR que lhes tinham sido retirados devido ao novo Estatuto do Gestor Público. Esses PPR parece que significam um aumento de 15% nos salários desses gestores, e significam uma perda da remuneração fixa que tinham até meados de Junho, e portanto seria apenas uma reposição da situação salarial anterior. Como exemplo, a notícia dizia ainda que em 2006, o presidente do grupo AdP SGPS, auferiu 126.686 mil euros de remuneração, mais 19.003 euros de PPR, além de despesas com telefone, viatura, combustível e seguros de saúde e de vida.
Bolas, afinal pela amostra, é verdade que os funcionários públicos ganham muito bem. Claro que nem todos têm este cargo, nem as mesmas regalias, mas fazendo umas médias manhosas, até que se chega a um salário médio bem agradável.
Lugares destes até há mais, mas quando excluímos estes senhores, que até nem são na sua maioria funcionários públicos, embora para efeito de despesa assim sejam contabilizados, ficamos com salários bastante mais próximos da média nacional, ainda que com um maior número de profissionais com maiores qualificações.
Não ficaram todos desgostosos e indignados com o corte dos PPR dos gestores do grupo AdP?

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Fotografia
Julia

Парамоша

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Humor de Autor

Raed Khalil

Raed Khalil

Raed Khalil

quarta-feira, novembro 28, 2007

VISITANTE INCÓMODO

A visita de Mugabe a Portugal justificada por uma cimeira política entre a Europa e a África causa grande incomodidade, para não dizer que é simplesmente indesejável. Há quem argumente com os mais diversos motivos, a inevitabilidade do convite que lhe foi endereçado, e outros afirmam-se completamente contra a sua presença em Portugal, até porque está formalmente impedido de o fazer, pelo que só com o levantamento desta proibição, e devido a esta cimeira, é que cá se poderá deslocar.
A diplomacia internacional tem destes paradoxos, mas os cidadãos podem e devem expressar as suas opiniões livremente. Há quem repudie veementemente a presença de Mugabe, e quem se limite a dizer que ele não é o único tirano no seu continente.
Opiniões à parte, há um argumento que li num jornal de ontem que me deixou extremamente preocupado. Dizia um leitor que não sabia se “o regime é assim tão ditatorial”, o que é uma opinião difícil de aceitar, mas mais à frente pergunta se as pressões contra a presença de Mugabe, seriam “por causa da expropriação de fazendeiros de origem inglesa? Afinal os ingleses, quando colonizaram aquele território, não tiraram as terras aos seus autóctones? Se agora quem manda são eles, porque razão havemos de estar chocados?”.
É preciso muito cuidado com este tipo de argumentos, não pelo facto de encerrarem em si mesmo uma contradição profunda, mas porque se estão recordados, foi este o argumento usado por um dos maiores terroristas dos nossos dias, Bin Laden, quando ameaçou a Espanha, por ocasião do fatídico 11 de Março.

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Fotografia
Strawberries and Cream by RichAllen

its one of those nights by sayoko-yukinko

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Humor Made in USA


Mike Thompson

Jeff Parker

Paul Combs

terça-feira, novembro 27, 2007

O FAR WEST, ONDE ?

João César das Neves voltou a atacar a Internet e os blogs, classificando o meio como “a maior colecção de insultos, mexericos, boatos e disparates alguma vez reunida na história da humanidade”. Talvez se pudesse ter redimido com a segunda frase onde dizia “existem também coisas excelentes, belas e grandiosas, com uma qualidade única e inovadora”, mas não, preferiu a crítica.
Todos os que frequentam a Internet com assiduidade sabem que há por cá muito lixo e lugares pouco recomendáveis, mas a liberdade permite-nos aceder e frequentar o que nos interessa, fazendo a nossa própria triagem segundo os nossos interesses e sensibilidades. No fundo todos conhecemos o bom e o mau que povoa as nossas sociedades, e também fazemos escolhas ao nível das companhias, das amizades e até dos lugares que frequentamos. A nossa vida está cheia de escolhas que consciente ou inconscientemente fazemos e por vezes nem nos detemos a pensar nelas.
Como já o afirmei aqui, a Internet é um reflexo do que se passa no resto da sociedade em geral, nem melhor nem pior, até porque são pessoas, as mesmas com que nos cruzamos todos os dias, que produzem os conteúdos que se podem ver aqui.
O professor João César das Neves preferiu generalizar ao afirmar que “a Net tende a trazer ao de cima os instintos mais baixos dos que a frequentam”, demonstrando que tem uma especial aversão por este meio de comunicação e de partilha de experiências e conhecimento. Já estou habituado mas devolvo ao remetente as acusações e termino com uma alteração de uma frase por ele utilizada:
Mas a liberdade descontrolada e irresponsável torna-se embriagante e desvirtuadora.

Nota – Na última frase foi substituída a palavra destruidora por desvirtuadora, liberdade a que me permiti, por achar que JCN também se excedeu nos comentários.

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Fotografia
hegs

Strømling

o9501

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Humor Curioso

Zlaticanin

segunda-feira, novembro 26, 2007

MARCELO PROGRESSISTA

Já não sou um “cliente” habitual do espaço ocupado na RTP pelo professor Marcelo Rebelo de Sousa, mas como passa à hora do jantar acaba por ser quase incontornável. No domingo passado o comentador veio dizer que compreende o descontentamento dos funcionários públicos, embora discorde das razões apresentadas pelos sindicatos. Mas não ficou por aqui o senhor professor, porque acrescentou que o governo acabou por ficar com o fardo de ter posto todos os funcionários públicos com o credo na boca, e com medo de serem considerados excedentários, ainda que pouco tenha reformado de facto, e que portanto mais valia que o tivesse feito, porque os estragos já foram feitos na sua imagem. É inegável que a sua costela partidária falou mais alto do que a razão, e a isenção de que faz alguma gala, e também se ficou a saber que o senhor professor ou não se acha dispensável, ou então não precisa para nada do emprego público que ocupa.
O que mais me espantou, ou talvez não, neste seu comentário semanal, foi a atribuição do hipotético apoio de algum patronato à luta protagonizada pelos sindicatos, à desorientação do patronato em geral. Desengane-se professor Marcelo, porque os pequenos empresários já se deram conta de que estão à beira de também perderem os seus negócios e proventos.
Os trabalhadores deste país já foram tão espremidos como a azeitona num lagar, e o azeite (lucro), foi direitinho para o mercado (grandes empresas), restando apenas o bagaço sem grande valor económico, e portanto um subproduto destinado a adubar as terras.
A análise terminou com outro momento alto, quando a propósito da igreja portuguesa o comentador diz que o prelado não é de esquerda, como se afirma, mas sim cristão reformista, classificação em que gostaria certamente de ser incluído, fato que lhe assenta muito mal, e não me refiro obviamente às suas crenças e devoções.


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Antecipar o Natal

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Fotografias de Borboletas

Кораблик_2000

GALAKSI

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Humor Diferente

Gobble Wobble by ChadRocco

Now look what you did. by delya

domingo, novembro 25, 2007

A REJEIÇÃO INESPERADA ?

A simples possibilidade de se ver uma união de esforços, e de protestos bem entendido, entre sindicatos e patronato contra a política de emprego prosseguida pelo governo, deixou em alvoroço alguns sectores menos atentos à realidade.
As análises políticas e sociais, feitas pelos analistas nunca previram uma eventualidade destas, de poder haver uma rejeição conjunta de dois sectores que em princípio se situam em lados contrários de contendas laborais. Na realidade não é normal que isto aconteça, pelo menos em economias desenvolvidas e onde o Estado cumpre a sua função de regulador independente e fiscaliza devidamente as relações entre empregadores e empregados.
Hoje, em Portugal, temos uma política de emprego completamente desregulada, e assistimos às intenções dos dois maiores partidos em desregularem ainda mais as relações laborais. Junte-se a isto a péssima distribuição da riqueza, a proliferação das grandes superfícies, a galopante concentração de poder em diversos sectores da economia e temos criado o caldo onde este tipo de fenómeno pode facilmente germinar. Já não são só os trabalhadores por conta de outrem que se sentem descontentes e marginalizados pelo poder político, mas também os pequenos comerciantes e outros pequenos empresários que se vêm também condenados a curto ou a médio prazo, porque estão em clara desvantagem competitiva neste modelo económico e laboral, onde os trunfos estão todos do lado “dos grandes”.
Os salários desceram a níveis miseráveis, os pequenos empresários esmagaram os custos até ao limite, o consumo interno não tem hipótese de subir com estas premissas, o desemprego continua a aumentar, tal como o endividamento familiar, e não só, pelo que a depressão ameaça a grande maioria dos portugueses. O modelo económico está profundamente errado, e mesmo que esta união de vontades entre patronato e sindicatos seja muito difícil de gerir, o descontentamento terá que ter algum escape, a menos que demore muito tempo e se transforme numa explosão social.

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Pinturas
Sunday Morning by blu-paws

Somewhat Colourful by hue-tone

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Caricaturas Excelentes

Bernhard Prinz

Bernhard Prinz

sábado, novembro 24, 2007

CURTINHAS

Correia de Campos – O tribunal de Contas arrasou as contas do Serviço Nacional de Saúde, confirmando que as dívidas globais eram superiores ao anunciado em mais 225 milhões, que os Hospitais EPE subiram a dívida, de 2005 para 2006, em 51,9%, que o saldo de 27 milhões é afinal um défice de 86 milhões, ao que junta também as críticas de falta de transparência e e falta de rigor. Perante tudo isto o ministro Correia de Campos diz-se optimista, e acrescenta que em dois anos e meio não se reforma o SNS, mas talvez daqui a dez anos. Eu como contribuinte e utente deste serviço, a quem foi exigido pelo senhor ministro um maior esforço financeiro nos cuidados de Saúde fico com a ideia que o seu optimismo apenas me indica que daqui a dez anos, ou talvez menos, já não teremos Serviço Nacional de Saúde.

Ofertas indecentes – As ofertas do IEFP têm salário médio de 516€, o que é um valor 40% inferior à média nacional, apesar de ter até uma oferta para um salário de 5000€ de salário base. Queixa-se o Ministério do Trabalho, e também alguns empresários, do facto de cerca de 3.600 ofertas de emprego terem caducado em 2006 por desajustamento dos candidatos ou simplesmente porque eles não apareceram. Uma breve auscultação às ofertas num dos Centros de Emprego, feito logo pela manhã de ontem deu como resultado a oferta de apenas 17 ofertas de emprego com salários proposto que íam dos 403€ aos 500€, outros havia em que a oferta não era divulgada. Quando será que os empresários portugueses começam a valorizar o factor trabalho e se deixam de lamúrias, ao mesmo tempo que oferecem salários de miséria?


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Fotografia

Max Ash

Trond

taz

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Homenagem dos Humoristas

Burki

Hermann

sexta-feira, novembro 23, 2007

DIZ QUE ATÉ NÃO É UM MAU BLOG


Aqui está mais um prémio, que muito honra este meu espaço. Os meus amigos Adrianeites e C. Valente resolveram presentear-me com ele, e daqui fica também o meu Obrigado.
As regras são simples, como convém, e aqui ficam:
1. Este prémio deve ser atribuído aos blogs que consideras serem bons, entende-se como bom os blogs que costumas visitar regularmente e onde deixas comentários.
2. Só e somente se recebeste o prémio “Diz que até não é um mau blog”, deves escrever um post:
- Indicando a pessoa que te deu o prémio com um link para o respectivo blog;
- A tag do prémio;
- As regras;
- E a indicação de outros 7 blogs para receberem o prémio.
3. Deves exibir orgulhosamente a tag do prémio no teu blog, de preferência com um link para o post em que falas dele.
4. (Opcional) Se quiseres fazer publicidade à criatura com demasiado tempo livre para gastar em parvoíces, e que teve a ideia de inventar este prémio, ou seja – Skynet, podes fazê-lo no post que ele fica agradecido :)


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OUTRA DISTINÇÃO

Da amiga Maria Faia do Querubim Peregrino, recebi também o Prémio Escritores da Liberdade, que já consta da Sala de Troféus deste meu espaço.
Renovo o meu agradecimento.


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Fotografia

феюшка

SEVB

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Humor Ácido

Frederick Deligne


Harry Harrison

quinta-feira, novembro 22, 2007

ALTERAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO

Dois membros desta comissão (do trabalho) demitiram-se por razões que só agora foram tornadas públicas pela comunicação social. Pelo depoimento de um dos demissionários concluo que a razão que sintetiza melhor a sua decisão foi a de deixar de acreditar que seja ainda possível conseguir-se um consenso favorável aos trabalhadores.
Já tinha ficado claro, mesmo antes da constituição desta comissão que o equilíbrio de forças entre as duas partes, empregadores e empregados, estava demasiado desequilibrado a favor dos primeiros,
A Europa com verdadeiras preocupações sociais começa a ficar restrita aos países nórdicos, onde a consciência cívica é matriz desde os bancos da escola e o bem comum é uma característica civilizacional. No resto do continente começamos a ver o avanço para um capitalismo selvagem, que passo-a-passo vai tomando forma, enquanto os direitos dos trabalhadores e dos pequenos empresários, vão soçobrando com o beneplácito dos governantes.
A médio prazo esta é uma estratégia suicida, não só porque a contestação social vai aumentar e as verbas para a acção social também vão escassear por esta via, mas sobretudo porque o envelhecimento das populações se vai agravar ainda mais com as políticas de baixos salários e mais precariedade. A Europa com estas políticas economicistas está condenada ao fracasso económico, por não poder competir com as mesmas armas os países emergentes, e a União que alguns sonharam, mas que está a ser construída sem a participação dos cidadãos, irá desagregar-se quando os Estados deixarem de ter capacidade para o apoio social, ou quando a contestação subir a patamares mais difíceis de conter.
Os sinais já começam a manifestar-se em diversos países, como a Alemanha, a França, a Inglaterra e Portugal, mas os governantes e o grande poder económico teimam em não ver a realidade.


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Fotografias de Escadas


Nautilus by sm64




Too Easy to Fall by dinojrfrk2


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Caricaturas


Stavro


Stavro

quarta-feira, novembro 21, 2007

AGRADECIMENTO

Recebi da minha amiga do Silêncio Culpado o Prémio Amizade que muito agradeço. É agradável ver-me incluído numa lista onde constam muitos outros blogues que visito com regularidade pela sua qualidade e pelo modo cortês com que sempre tenho sido recebido.
À autora do Silêncio Culpado desejo as maiores felicidades, esperando continuar a merecer a sua estima.


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Fotos "O Jardim"

scorpio

Limet

jens

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Caricaturas - Democracia

Thomas Fluharty

Cox&Forkum