Tornou-se comum ao abordar o tema da produtividade, focar as horas de trabalho não produtivas. É evidente que há uma razão subjacente a esta associação e prende-se sempre ao desejo de desregulamentar os horários de trabalho, e acrescentar mais umas horas de trabalho, sem um aumento de custos.
A estratégia cega de querer mais lucros alterando apenas as leis, é um grande disparate porque está provado que não é o maior número de horas trabalhadas, que conduz por si só a um aumento da produção e a melhorias de qualidade.
Na óptica patronal a estratégia parece fazer algum sentido, mas com no processo produtivo também estão envolvidos os que na prática produzem os produtos, fica uma das partes de fora nesta equação. Este é o calcanhar de Aquiles destes intentos.
Analisando bem os grandes factores ligados à produtividade, mesmo falando de empresas de 1ª linha, temos como principais fragilidades o planeamento, a competência e o conhecimento, e a motivação dos colaboradores. O planeamento ao nível de quem dirige tem de ser consistente, implica o conhecimento perfeito dos mercados e dos dos clientes, bem como das capacidades da empresa no seu todo. A competência e o conhecimento, aliados à capacidade de liderança, são factores indispensáveis às chefias intermédias, que têm que fazer a ponte entre a gestão de topo e a produção mantendo a confiança das duas partes, o que exige tacto e muita experiência. Por último temos o factor motivação, que é precisamente um equilíbrio de interesses, entre o desejo de aumentar os lucros da empresa e a satisfação natural de quem produz, vendo recompensado com mais justiça o seu empenhamento e dedicação.Este equilíbrio neste momento já não existe na maioria das empresas, e a tendência parece ser a de aprofundar ainda mais o desequilíbrio, prejudicando-se assim a produtividade e criando tensões sociais que a curto ou médio prazo terão de vir à tona.
A estratégia cega de querer mais lucros alterando apenas as leis, é um grande disparate porque está provado que não é o maior número de horas trabalhadas, que conduz por si só a um aumento da produção e a melhorias de qualidade.
Na óptica patronal a estratégia parece fazer algum sentido, mas com no processo produtivo também estão envolvidos os que na prática produzem os produtos, fica uma das partes de fora nesta equação. Este é o calcanhar de Aquiles destes intentos.
Analisando bem os grandes factores ligados à produtividade, mesmo falando de empresas de 1ª linha, temos como principais fragilidades o planeamento, a competência e o conhecimento, e a motivação dos colaboradores. O planeamento ao nível de quem dirige tem de ser consistente, implica o conhecimento perfeito dos mercados e dos dos clientes, bem como das capacidades da empresa no seu todo. A competência e o conhecimento, aliados à capacidade de liderança, são factores indispensáveis às chefias intermédias, que têm que fazer a ponte entre a gestão de topo e a produção mantendo a confiança das duas partes, o que exige tacto e muita experiência. Por último temos o factor motivação, que é precisamente um equilíbrio de interesses, entre o desejo de aumentar os lucros da empresa e a satisfação natural de quem produz, vendo recompensado com mais justiça o seu empenhamento e dedicação.Este equilíbrio neste momento já não existe na maioria das empresas, e a tendência parece ser a de aprofundar ainda mais o desequilíbrio, prejudicando-se assim a produtividade e criando tensões sociais que a curto ou médio prazo terão de vir à tona.
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Fotografia
Escravatura.
ResponderEliminarLol
Olá Amigo Guardião,
ResponderEliminarExcelente e pertinente este seu post.
Na verdade, terá que ser no equilíbrio dos factores de produção, coadjuvado com uma responsável e bem formada chefia, que as nossas empresas conseguirão singrar económica e socialmente.
Hoje, o desiquilíbrio é grande porquanto nos pratos da balança existem diferenças substanciais e os objectivos não são entendidos e vivdos de igual ou semelhante forma. É o mundo capitalista que temos. Mas, se fizermos um round pela história das antigas republicas socialistas, o quadro não era nada melhor, o que me leva a pensar que, tanto uns como outros estão errados e não conseguiram encontrar o equilíbrio.
Penso que uma das opções mais importantes a efectuar será a de formar os empresários e chefias e desenvolver práticas de gestão que conduzam a uma maior equidade na participação e na distribuição dos lucros resultantes da actividade, isto no presuposto que existe algo essencial - a motivação de todos para os objectivos que não podem ser injustos mas participados, aceites e dignificantes.
Na secção das imagens e cartoons, copiei o post sobre o Ruanda, aquele drama humano e político que envergonhou e ainda envergonha a humanidade.
Um abraço amigo,
Maria Faia
Acredito que os factores nunca serão equilibrados, as mentalidades são mais fortes, quem manda quer mais e mais, quem trabalha quer regalias e não procura se modernizar.
ResponderEliminarA fome por dinheiro de quem já tem muito é superior à inteligência necessária para se darem conta deste problema.
ResponderEliminarBjos
Peço desculpa mas vou 'roubar' a ultima imagem.
ResponderEliminarEstamos à beira de um colapso e não de um equilíbrio. Gostei muito deste post que subscrevo na íntegra.
ResponderEliminarNão posso deixar de concordar com o teu Post., no entanto deixo uma pergunta.
ResponderEliminarSerá que o salário que o patrão paga aos seus trabalhadores é algo de subjectivo, que depende da “humanidade” deste ou daquele patrão, ou será algo mais concreto com razões e fundamentos muito objectivos?
O salário é sempre objectivo e representa uma troca comercial, e tratada como tal. Mais valor, maior quantia. A humanidade está para além do salário ou do trabalho, mas se não existir. nunca mais terá fim o querer mais e mais com ordenados miseráveis para que uns poucos tenham cada vez mais. Consciência ou humanidade, como preferirem são essenciais para se valorizar devidamente o trabalho.
ResponderEliminarCumps