Apesar de tudo o que penso sobre algumas privatizações, nunca me passou pela cabeça que um governo deste País viesse a considerar a hipótese de privatizar as estradas de Portugal, ou pelo menos deixar nas mãos de privados a decisão sobre empreitadas a realizar sem concurso público. Se o que tem vindo a público nos últimos dias tem algum fundo de verdade, estamos nessa iminência.
Há muitos séculos atrás, o rei D. João II queixou-se dizendo que o seu pai lhe tinha deixado apenas as estradas de Portugal. O monarca queria dizer com isto, que D, Afonso V se tinha empenhado, e à coroa, em prol dos seus intentos, que se vira obrigado a dar aos nobres que o apoiavam as terras do reino, bem como os seus proventos. História é história, vamos aos tempos actuais.
Nos termos que conhecemos, os intentos do governo levam-nos até a pagar mais um imposto para o financiamento desta nova fórmula da sociedade anónima que vai gerir as estradas, o que não me surpreende a mim, mas já está a gerar a apreensão de alguns dos nossos comentadores. Um novo imposto para as estradas, quando já se paga quase tudo, dizem eles? Claro, digo eu.
Onde andam com a cabeça estes senhores que agora se arrepiam com a possibilidade de haver um novo imposto, ou um aumento dos já existentes para financiar esta sociedade anónima com gestão do tipo privado?
Estou mesmo a ver estes defensores da excelência e da racionalidade da gestão económica das empresas privadas, virem agora exigir que essas mesmas empresas tenham consciência social e que não encarem o lucro como um fim em si mesmo. Há muito que se sabe que a maioria dos serviços contratualizados com empresas privadas, em substituição dos serviços públicos extintos e com as mesmas funções, se tornaram muito mais caros para o erário público, geralmente a partir da primeira renovação, e bastas vezes perdem qualidade ao fim de dois ou três anos.
Querem serviços privados, preparem-se para os pagar, porque sem lucros garantidos, não há nada para ninguém.
Há muitos séculos atrás, o rei D. João II queixou-se dizendo que o seu pai lhe tinha deixado apenas as estradas de Portugal. O monarca queria dizer com isto, que D, Afonso V se tinha empenhado, e à coroa, em prol dos seus intentos, que se vira obrigado a dar aos nobres que o apoiavam as terras do reino, bem como os seus proventos. História é história, vamos aos tempos actuais.
Nos termos que conhecemos, os intentos do governo levam-nos até a pagar mais um imposto para o financiamento desta nova fórmula da sociedade anónima que vai gerir as estradas, o que não me surpreende a mim, mas já está a gerar a apreensão de alguns dos nossos comentadores. Um novo imposto para as estradas, quando já se paga quase tudo, dizem eles? Claro, digo eu.
Onde andam com a cabeça estes senhores que agora se arrepiam com a possibilidade de haver um novo imposto, ou um aumento dos já existentes para financiar esta sociedade anónima com gestão do tipo privado?
Estou mesmo a ver estes defensores da excelência e da racionalidade da gestão económica das empresas privadas, virem agora exigir que essas mesmas empresas tenham consciência social e que não encarem o lucro como um fim em si mesmo. Há muito que se sabe que a maioria dos serviços contratualizados com empresas privadas, em substituição dos serviços públicos extintos e com as mesmas funções, se tornaram muito mais caros para o erário público, geralmente a partir da primeira renovação, e bastas vezes perdem qualidade ao fim de dois ou três anos.
Querem serviços privados, preparem-se para os pagar, porque sem lucros garantidos, não há nada para ninguém.
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Fotografias de Rosas
Ps e PSD não são diferentes assim, no caso das privatizações, o que não querem explicar é que alguém vai ter de pagar mais para que os privados tenham lucro. Mas saebmos bem que eles têm que assegurar o seu futuro, porque a política é uma profissão de desgaste rápido pelo que há que manter todas as opções em aberto.
ResponderEliminarBjos
Muito interessante, então é suposto o governo achar que temos de financiar uma empresa privada ?
ResponderEliminarEsses senhores lembram-se de cada uma.
É fartar vilanagem, é fartar!
ResponderEliminarE preparem-se que se anuncia a privatização da água...
Concluindo, pagamos os serviços e ainda os impostos...!
ResponderEliminarCáfila de saqueadores
Lol
Querido Guardião, as tuas postagens são lindas e inéditas.
ResponderEliminarAdoroooooooooooooooo
Muitos Beijinhos,
Fernandinha
Bem pelo menos o 'outro' disse que só se iria pagar nas portagens. Pergunto eu - Será? Daqui a 10 anos já se esqueceram disto...e o negócio está por 92...
ResponderEliminarUm Abraço e Boa Semana
Esta questão das privatizações à custa do dinheiro de todos nós é algo que me põe possesso. As imagens como sempre são muito apropriadas. Critica à exploração das crianças e trabalho infantil. às mortes no Iraque. Contradição entre musica e violencia e as sublimes flores na qualidade de Rosas...tudo um catalogo de uma estetica pessoal relativa a determinados problemas.
ResponderEliminarUm abraço
António
Um abraço
António
Depois das auto-estradas SCUT, as estradas SCUT. Sem custos o raio que os parta, pagamos todos e até aí tudo bem. A questão agora é para quem pagamos, para uma entidade privada que nem sequer vai precisar de fazer a cobrança em portagens, o Estado amigo encarregar-se-á de fazer a cobrança por eles através de impostos - é só facilidades!
ResponderEliminar- Nacionalizem as estradas! A água a quem se lava!
Eu alguma vez pensei de um dia vir a gritar palavras de ordem destas!?
Incrível, não é? Quando seca a teta leiteira da CEE, quando dos tísicos dos contribuintes nada mais há a extrair e quando já as jóias da coroa já se foram, só sobram mesmo os caminhos de cabras.
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