A credibilidade dos políticos, a nível mundial, está pelas ruas da amargura, e eles nem se podem queixar de quem quer que seja, excepto deles próprios. Populismo, autoritarismo, arrogância, não assumpção dos compromissos e negação das suas responsabilidades, são apenas alguns dos factores que minam irremediavelmente a sua credibilidade.
Ao ouvir as recentes declarações de Durão Barroso, admitindo agora, o que toda a gente sabia desde há muito, que tinha acreditado em informações erradas no caso do Iraque, muito depois de já ter-mos ouvido o mesmo da boca de Blair e até de Bush, ficamos com uma ideia da falta de humildade em reconhecer o erro, e de aceitar as críticas justas de quem logo na altura denunciou que estávamos apenas a alinhar numa estratégia montada por Bush. Não foram apenas as oposições que manifestaram a sua discordância, pois até os observadores da ONU o disseram claramente, pelo que as declarações tardias de Durão Barroso, soam hoje a falso.
Também soa a falso, vir agora declarar que não existe um acordo sobre a forma de ratificação do Tratado Reformador, quando afirma textualmente «se houve (acordo), não dei por esses acordos», quando todos constatamos que os governos europeus fogem do referendo como o diabo foge da cruz. Não há maior cego do que aquele que não quer ver, e Durão Barroso é reincidente na matéria. Já agora, também podia ter sido mais coerente e não ter declarado que não se pode aceitar que «se desvalorizem os parlamentos, senão teríamos um populismo permanente», quando a própria União Europeia desvaloriza os parlamentos nacionais constantemente.
Mas não são só os políticos que estão no governo ou nas oposições que desacreditam a sua classe, muitas vezes também as chamadas reservas que os secundam, com as suas credenciais académicas e jurídicas decidem ajudar, causando ainda maiores estragos na já de si pouca credibilidade. O exemplo desta semana veio pela voz de Vital Moreira, dizendo que o novo Tratado é «um documento ilegível» e que «referendá-lo seria desrespeitar o povo».
O senhor professor universitário e respeitado constitucionalista só agora se apercebeu de que um tratado internacional é por natureza complexo? Onde estava quando o PS se comprometeu em referendá-lo?
Para complicar ainda mais a vida dos dirigentes do partido do governo, decidiu ainda declarar que «há certos compromissos que o pior que lhes pode acontecer é serem cumpridos». Então resta ao senhor Vital Moreira, se quer ser coerente com as suas próprias afirmações, dizer como classifica os compromissos tomados quando o PS, e também os restantes partidos, se propuseram às últimas eleições legislativas.
A ética política devia levar os políticos a respeitarem os compromissos assumidos, ou a declararem e assumirem os seus erros de análise, antes de virem com desculpas sobre legitimidades que nunca foram postas em causa, a não ser pelas suas próprias promessas.
Será que Vital Moreira ou Durão Barroso também querem pôr em causa a legitimidade do Referendo nesta matéria, mesmo depois da última revisão constitucional em que ambos até participaram? Era só o que faltava agora.
Ao ouvir as recentes declarações de Durão Barroso, admitindo agora, o que toda a gente sabia desde há muito, que tinha acreditado em informações erradas no caso do Iraque, muito depois de já ter-mos ouvido o mesmo da boca de Blair e até de Bush, ficamos com uma ideia da falta de humildade em reconhecer o erro, e de aceitar as críticas justas de quem logo na altura denunciou que estávamos apenas a alinhar numa estratégia montada por Bush. Não foram apenas as oposições que manifestaram a sua discordância, pois até os observadores da ONU o disseram claramente, pelo que as declarações tardias de Durão Barroso, soam hoje a falso.
Também soa a falso, vir agora declarar que não existe um acordo sobre a forma de ratificação do Tratado Reformador, quando afirma textualmente «se houve (acordo), não dei por esses acordos», quando todos constatamos que os governos europeus fogem do referendo como o diabo foge da cruz. Não há maior cego do que aquele que não quer ver, e Durão Barroso é reincidente na matéria. Já agora, também podia ter sido mais coerente e não ter declarado que não se pode aceitar que «se desvalorizem os parlamentos, senão teríamos um populismo permanente», quando a própria União Europeia desvaloriza os parlamentos nacionais constantemente.
Mas não são só os políticos que estão no governo ou nas oposições que desacreditam a sua classe, muitas vezes também as chamadas reservas que os secundam, com as suas credenciais académicas e jurídicas decidem ajudar, causando ainda maiores estragos na já de si pouca credibilidade. O exemplo desta semana veio pela voz de Vital Moreira, dizendo que o novo Tratado é «um documento ilegível» e que «referendá-lo seria desrespeitar o povo».
O senhor professor universitário e respeitado constitucionalista só agora se apercebeu de que um tratado internacional é por natureza complexo? Onde estava quando o PS se comprometeu em referendá-lo?
Para complicar ainda mais a vida dos dirigentes do partido do governo, decidiu ainda declarar que «há certos compromissos que o pior que lhes pode acontecer é serem cumpridos». Então resta ao senhor Vital Moreira, se quer ser coerente com as suas próprias afirmações, dizer como classifica os compromissos tomados quando o PS, e também os restantes partidos, se propuseram às últimas eleições legislativas.
A ética política devia levar os políticos a respeitarem os compromissos assumidos, ou a declararem e assumirem os seus erros de análise, antes de virem com desculpas sobre legitimidades que nunca foram postas em causa, a não ser pelas suas próprias promessas.
Será que Vital Moreira ou Durão Barroso também querem pôr em causa a legitimidade do Referendo nesta matéria, mesmo depois da última revisão constitucional em que ambos até participaram? Era só o que faltava agora.
»»» - «««
Fotos no Outono
os politicos colhem o que vêm plantando...
ResponderEliminarboa semana...
e bom natal..lol
Podem esse senhores dizerem o que quiserem, um não viu ou o que vi de informações sobre o Iraque eram verdadeiras, na altura, pois nós acreditamos.
ResponderEliminarO Sr. Vital Moreira, resolveu chamar estúpidos aos portugueses, a única estupidez que eu vejo é nós aturarmos estes "estadistas".
Ética? Quem? Eles? Essa é boa...
ResponderEliminarMeu querido amigo, linda postagem.
ResponderEliminarAdorei!!!
As duas partes!
Guardião, visitar o teu blogue é entrar no Paraíso.
Muitos Beijinhos,
Fernandinha
O Vital está a ficar esclerosado, ou pelo menos esquecido. Quem o ouviu e quem o ouve!
ResponderEliminarLol
Olá, pois eu também fiquei estupefacta com a revelação de Durão " deram-me informações sobre o Iraque que não correspondiam à verdade ".
ResponderEliminarSerá que é moço para crer em tudo o que lhe dizem ?
Adorei as imagens do seu Outuno : lindo como poucos !
Beijinho
Maria