Ao deparar com uma entrevista com Isabel Pires de Lima no Expresso de ontem, fiquei logo com a sensação de que o dia me ía correr mal, e que a minha disposição iria piorar consideravelmente. Engano meu!
Comecei logo por admirar o título “não há razões para ser remodelada”, que me fez soltar uma gargalhada, já que eu não diria melhor de certeza. Divergimos na interpretação e no sentido da frase, mas isso são apenas pormenores.
Logo a seguir reparei que a entrevista tinha sido obtida durante um almoço no Pabe, e dei comigo a sorrir, mesmo sem me importar com quem tinha pago a conta do repasto.
Porque tenho o horrível hábito de primeiro passar os olhos pelos destaques e fotos, vislumbrei também a frase “nunca pus o marxismo na gaveta…”, e logo me questionei sobre a competência dos decoradores do seu gabinete, porque fiquei com sérias dúvidas sobre se tinham concebido uma secretária sem gavetas, o que também não seria inédito.
O sumo da entrevista, na minha óptica, fica-se pelas frases “foi ela (Dalila Rodrigues) que se autoavaliou e proclamou a sua excelência” e “onde há reacção, é porque há lóbis instalados”. Fica-lhe mal, senhora ministra, vir à posteriori tecer comentários sobre a acção de Dalila Rodrigues à frente do Museu das Janelas Verdes, quando ficou perfeitamente claro que a sua não recondução no cargo foi motivada por evidentes divergências políticas ligadas ao modelo de gestão dos museus. E ao mencionar a reacção dos lóbis instalados, e da sua reacção à mudança, devia ter previsto que no caso dos museus, essa reacção consubstanciada por um abaixo-assinado foi protagonizada pelos directores de alguns museus, a quem não seduz precisamente mudanças no tipo de gestão que certamente os iriam responsabilizar por resultados, o que agora não acontece e lhes vai garantindo os lugares, desde que não façam grandes ondas.
Não me desiludiu a senhora ministra, já que é difícil retirar-me sorrisos logo pela manhã, ainda por cima num dia acinzentado como foi este sábado.
Comecei logo por admirar o título “não há razões para ser remodelada”, que me fez soltar uma gargalhada, já que eu não diria melhor de certeza. Divergimos na interpretação e no sentido da frase, mas isso são apenas pormenores.
Logo a seguir reparei que a entrevista tinha sido obtida durante um almoço no Pabe, e dei comigo a sorrir, mesmo sem me importar com quem tinha pago a conta do repasto.
Porque tenho o horrível hábito de primeiro passar os olhos pelos destaques e fotos, vislumbrei também a frase “nunca pus o marxismo na gaveta…”, e logo me questionei sobre a competência dos decoradores do seu gabinete, porque fiquei com sérias dúvidas sobre se tinham concebido uma secretária sem gavetas, o que também não seria inédito.
O sumo da entrevista, na minha óptica, fica-se pelas frases “foi ela (Dalila Rodrigues) que se autoavaliou e proclamou a sua excelência” e “onde há reacção, é porque há lóbis instalados”. Fica-lhe mal, senhora ministra, vir à posteriori tecer comentários sobre a acção de Dalila Rodrigues à frente do Museu das Janelas Verdes, quando ficou perfeitamente claro que a sua não recondução no cargo foi motivada por evidentes divergências políticas ligadas ao modelo de gestão dos museus. E ao mencionar a reacção dos lóbis instalados, e da sua reacção à mudança, devia ter previsto que no caso dos museus, essa reacção consubstanciada por um abaixo-assinado foi protagonizada pelos directores de alguns museus, a quem não seduz precisamente mudanças no tipo de gestão que certamente os iriam responsabilizar por resultados, o que agora não acontece e lhes vai garantindo os lugares, desde que não façam grandes ondas.
Não me desiludiu a senhora ministra, já que é difícil retirar-me sorrisos logo pela manhã, ainda por cima num dia acinzentado como foi este sábado.
Ilustração