Hoje devo estar doidinho por levar porrada.
Ao ler o editorial do DN de ontem e as notícias de vários outros órgãos de comunicação social, escrita e falada, confesso que fiquei zangado.
A moderação sindical de que se falou, foi a proposta inicial do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, que propõe aumentos para 2008 de 3,5%. Esta proposta, realista segundo alguns comentadores, deriva do valor de 2,3% da inflação prevista pelo governo, acrescida de 1,2% que é o ganho de produtividade global previsto pelo próprio executivo.
Esta é a proposta desta estrutura sindical, e há outras também representativas dos trabalhadores da função pública, pelo que é extemporânea a apreciação. Para ser realista, a própria proposta é irrealista e acarreta um truque que é abordado no DN, que é a componente variável (prémios), que beneficiarão quase que exclusivamente os altos quadros da Administração Pública.
As contas feitas por António Perez Metello a que diversos aludiram, de que as perdas reais dos funcionários públicos desde 2000 serão no máximo de 10,3%, também não correspondem à verdade, pois o factor de congelamento da maioria dos concursos e das promoções foi subestimada. Ainda subestimada está a reestruturação das carreiras e a progressão nas mesmas, que pode, e vai com toda a certeza, diminuir as espectativas de por essa via poder haver algum ganho para os trabalhadores.
Sabendo-se que o governo aponta para aumentos de apenas 2%, não é segredo nenhum, a proposta agora conhecida não é uma base negocial credível, mas sim o mínimo exigível depois do sacrifício pedido nos últimos anos. Mesmo assim há quem fique prejudicado, pois independentemente do seu empenho, avaliação e produtividade, nunca poderá aspirar aos prémios pecuniários que foram anunciados, e aqui encontram-se a maioria dos funcionários, mais de ¾ do total.
Ao ler o editorial do DN de ontem e as notícias de vários outros órgãos de comunicação social, escrita e falada, confesso que fiquei zangado.
A moderação sindical de que se falou, foi a proposta inicial do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, que propõe aumentos para 2008 de 3,5%. Esta proposta, realista segundo alguns comentadores, deriva do valor de 2,3% da inflação prevista pelo governo, acrescida de 1,2% que é o ganho de produtividade global previsto pelo próprio executivo.
Esta é a proposta desta estrutura sindical, e há outras também representativas dos trabalhadores da função pública, pelo que é extemporânea a apreciação. Para ser realista, a própria proposta é irrealista e acarreta um truque que é abordado no DN, que é a componente variável (prémios), que beneficiarão quase que exclusivamente os altos quadros da Administração Pública.
As contas feitas por António Perez Metello a que diversos aludiram, de que as perdas reais dos funcionários públicos desde 2000 serão no máximo de 10,3%, também não correspondem à verdade, pois o factor de congelamento da maioria dos concursos e das promoções foi subestimada. Ainda subestimada está a reestruturação das carreiras e a progressão nas mesmas, que pode, e vai com toda a certeza, diminuir as espectativas de por essa via poder haver algum ganho para os trabalhadores.
Sabendo-se que o governo aponta para aumentos de apenas 2%, não é segredo nenhum, a proposta agora conhecida não é uma base negocial credível, mas sim o mínimo exigível depois do sacrifício pedido nos últimos anos. Mesmo assim há quem fique prejudicado, pois independentemente do seu empenho, avaliação e produtividade, nunca poderá aspirar aos prémios pecuniários que foram anunciados, e aqui encontram-se a maioria dos funcionários, mais de ¾ do total.
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Fotografia
A dependência política dos sindicatos não serve os interesses dos trabalhadores. A proposta do SQTE defende corporativamente os seus associados à espera dos tais prémios, esquecendo que os subordinados não vão ter grandes possibilidades de sequer poderem pensar nessa hipótese.
ResponderEliminarLol
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarisso ainda vai dar pano para mangas...
ResponderEliminarcp's
As propostas sindicais valem o que valem porque nunca são levadas a sério.
ResponderEliminarNos últimos anos (e por últimos não se leia apenas estes dois mais recentes) a coisa costuma passar po chegar-se à mesa das negociações e declarar: o Governo oferece 0,5% e a Nação não aguenta pagar nem mais uma décima!!!
É inegável e inquestionável que existem sectores da Função Pública com perdas assinaláveis de poder de compra (a Administração Local em toda a sua estrutura não dirigente é um bom exemplo), mas a realidade é que ainda hoje muitos são os que entendem que a Função Pública ganha demais.
Prémios?
Só para o topo da hierarquia?
E aos prémios os dirigentes ainda vão juntar as despesas de representação?
Eu seria a favor dos sindicatos se eles fossem independentes, como seria a favor do partido "Verdes", se eles fossem independentes, não me parece que este tipo de sindicalismo seja o mais favorável para o trabalhador, imaginem, na minha antiga empresa os aumentos desde à sete anos foram de 0%.
ResponderEliminarDependendo da cor os sindicatos cedem ou não às imposições do patrão Estado. Negociação na Função Pública? Deves estar a gozar, amigo.
ResponderEliminarSaudações
Gosto de passarinhos mas...detesto mochos!!!
ResponderEliminar;-)
Abraços!******
Caro Guardião,
ResponderEliminarA capacidade negocial sindical, em particular na função pública, anda como tudo o que possa conjugar-se com o nome "público"...nos nossos dias.
São muito relevantes os elos de proximidade e dependência do poder.
O heroísmo é difícil e ter voz tem os seus custos...
A grande maioria desses "sindicatos" são meros "centros do poder possível" dentro do centro de poder do Estado...
Adorei o passarinho, mas também o mocho. Que porte majestático !
Beijinhos, meu querido amigo
Maria
%%%%%%%%%%%percentagens?
ResponderEliminarnão necessito de números nem de percentagens para concluir se estou melhor ou pior, as contas cá da casa é que contam: a coisa está preta!