Invariavelmente as discussões sobre o tema, Cultura, centram-se na discussão de dinheiros a distribuir pelos criadores e por estruturas ligadas ao seu trabalho. Eu respeito muito os criadores e o seu trabalho, e frequento com alguma assiduidade espectáculos teatrais, de dança, de música e de cinema, onde pago sempre o meu bilhete, embora constate que muitos dos enfarpelados se limitam a apresentar convites ou a serem acompanhados por gente ligada aos espectáculos em causa sem pagarem um reles cêntimo. São precisamente estes enfarpelados borlistas, que enchem as salas onde se discute a política cultural deste nosso país.
Eu sei que a visibilidade dos artistas e dos tais senhores e senhoras que os bajulam, ou por eles são bajulados, resulta em fotos e artigos das revistas do jet 7 nacional, conferindo-lhes um pretenso estatuto de grandes artistas, grandes apreciadores de Cultura, ou de beneméritos nessa áreas, o que em regra não corresponde à realidade.
A Cultura tem outras vertentes mais polarizadoras e com muito mais importância económica para o País, que são atiradas para segundo plano, porque aos agentes dessas áreas não é dada voz, nem oportunidade para se pronunciarem.
É lamentável que tenhamos de ler nos jornais que há monumentos nacionais em risco de ruir, outros com falta de pessoal, ainda mais onde não estão a ser feitas as necessárias obras de manutenção, etc.
Não basta dizer que a Cultura gera uns tantos por cento do PIB. O que é necessário é identificar quais são os pólos de atracção que mais potenciam essas receitas, não só atraindo turistas, como servindo de âncora para o comércio, para a restauração, para as agências de viagens, e para a hotelaria. Directa e indirectamente os nossos monumentos contribuem para todas estas actividades, e até para outras, sustentando muitas vezes comunidades que sem esses serviços corriam o risco de definhar por falta de sustentáculo para fixar as suas populações e actividades complementares dependentes dos fluxos turísticos.
A feira de vaidades que domina a política e os fóruns, ditos culturais, ameaça gravemente o nosso Património, parecendo ignorar a sua importância económica e cultural. Enquanto isso o Património degrada-se e aliena-se.
Eu sei que a visibilidade dos artistas e dos tais senhores e senhoras que os bajulam, ou por eles são bajulados, resulta em fotos e artigos das revistas do jet 7 nacional, conferindo-lhes um pretenso estatuto de grandes artistas, grandes apreciadores de Cultura, ou de beneméritos nessa áreas, o que em regra não corresponde à realidade.
A Cultura tem outras vertentes mais polarizadoras e com muito mais importância económica para o País, que são atiradas para segundo plano, porque aos agentes dessas áreas não é dada voz, nem oportunidade para se pronunciarem.
É lamentável que tenhamos de ler nos jornais que há monumentos nacionais em risco de ruir, outros com falta de pessoal, ainda mais onde não estão a ser feitas as necessárias obras de manutenção, etc.
Não basta dizer que a Cultura gera uns tantos por cento do PIB. O que é necessário é identificar quais são os pólos de atracção que mais potenciam essas receitas, não só atraindo turistas, como servindo de âncora para o comércio, para a restauração, para as agências de viagens, e para a hotelaria. Directa e indirectamente os nossos monumentos contribuem para todas estas actividades, e até para outras, sustentando muitas vezes comunidades que sem esses serviços corriam o risco de definhar por falta de sustentáculo para fixar as suas populações e actividades complementares dependentes dos fluxos turísticos.
A feira de vaidades que domina a política e os fóruns, ditos culturais, ameaça gravemente o nosso Património, parecendo ignorar a sua importância económica e cultural. Enquanto isso o Património degrada-se e aliena-se.
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Imagens de Monumentos Nacionais
A coluna social.
ResponderEliminarA coluna social.
A coluna social.
A coluna social.
Repeti-me para ver se entendias o que realmente importa na política Cultural em Portugal. Andas distraído, ou iludido?
Abraço do Zé
Mas esses "penetras" da cultura, fazem a mínima ideia das prioridades da política cultural? Eles vão lá somente para serem vistos e se possível, para comer uns croquetes e uns rissóis à borla! Tudo resto lhes passa completamente ao lado!
ResponderEliminarAquele abraço infernal!
Cultura neste país significa - reunião de uma recula de passa fomes , sem ter onde cair mortos á volta de uma mesa cheia de croquetes , rissois e afins.
ResponderEliminarBeijão grande
Eu estou quase a ficar como o outro em matéria de agentes culturais, seus discursos e as suas políticas... o outro era aquele que quando ouvia falar de cultura, sacava logo do revólver... afinal, não. Se dá coluna social, vou mas é virar agente cultural... ÓÓÓ rriiicaaa, venha cá!
ResponderEliminarQue mauzinho que tu estás hoje. Então onde é que se hão-de encontrar esses mortos de fome, de modo a ser fotografados pelas revistas de glamour, como a Maria ou a Caras, senão em torno duma mesa com croquetes e rissóis? Num ca reparaste nas malas das pindéricas com aquelas marcas vistosas, mas sempre bem grandinhas? Há que prever o almoço do dia seguinte...
ResponderEliminarBjos
Infelizmente a Cultura neste país é 'grupe'... A Cultura tem muitasvertentes, mas a mediatização de alguns 'patetas' transforma-a num ninho de corjas...
ResponderEliminarA alternativa existe, por todo o país, e Cultura também é...
Boa postagem (como sempre)
Um Abraço
Eu, adorador confesso de croquettes e rissóis, como sabe quem me conhce, venho protestar em seu nome pelas alusões de que só são papados pelos manequins de feira das revistas.
ResponderEliminarOs croquettes e os rissóis são dignos e deixam-se papar democraticamente por toda a gente.
Vivam os Croquettes, Vivam os rissóis, Viva aCultura Popular de aproveitamento de restos para os cozinhar!
E Vivam os verdadeiros e desinteressados amantes dos Salgadinhos!
DIXIT!
Boa Tarde!
ResponderEliminarSou a autora da fotografia "Petrid Beauty II".. É sempre agradável encontrar um nosso trabalho publicado na internet, sobretudo num blog de cultura, pela qual me interesso vivamente. Apenas lamento o facto de a foto ter sido publicada neste seu blog sem o devido pedido de autorização, uma vez que as minhas fotos estão ao abrigo de uma licença de direitos de autor, cuja violação é punível por lei.. Peço um pouco de consideração nas próximas publicações!
Bem haja
Bruna Silva